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Bolsonaro e o sequestro da independência
Reportagem Seriada

Bolsonaro e o sequestro da independência

Em uma análise histórico-visual da independência, professor reflete sobre os usos políticos do 7 de Setembro ao longo da história brasileira
Episódio 74

Bolsonaro e o sequestro da independência

Em uma análise histórico-visual da independência, professor reflete sobre os usos políticos do 7 de Setembro ao longo da história brasileira
Episódio 74
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A independência brasileira foi sequestrada. Não apenas agora, mas sucessivamente, em etapas diferentes. Foi sequestrada no próprio ato que a instituiu, materializado na pintura de Pedro Américo, do final do século XIX. A tese é defendida pelo historiador e professor de Museologia da PUC-SP, Carlos Lima Júnior.

Ao lado de Lilia Schwarcz e de Lúcia Klück Stumpf, o pesquisador percorre a memória iconográfica do 7 de setembro no curso do tempo para mostrar que, por trás do discurso oficial, houve apropriações, tensões e apagamentos. A independência nunca foi uma só.

“São vários sequestros da independência, seja de discursos narrativos em torno da história, mas também e sobretudo visual”, explica Lima, para quem a mais recente dessas capturas foi promovida pelo governo de Jair Bolsonaro.

Em conversa com O POVO por vídeo, o docente aponta que a ênfase militar do presidente nas celebrações do feriado nacional o vinculam ao mesmo tipo de postura que os governos da ditadura assumiram quando da comemoração dos 150 anos da independência, em 1972.

“Dentro de uma quantidade infinita de imagens que a gente pode selecionar em relação à independência”, argumenta Lima, “o símbolo que é selecionado é militar, uma espada, que dialoga tanto com os pressupostos do próprio governo Bolsonaro”.

>> Assista ao vídeo da entrevista 

 

 

O POVO – O título do seu livro recém-lançado é “O sequestro da independência”. De que maneira exatamente a gente pode ler a independência do Brasil como um sequestro?

Carlos Lima Junior – Tem uma questão que a gente tem que pensar que é o 7 de setembro como data da independência e feriado nacional e também a tela do Pedro Américo como um ícone, como um grande símbolo da independência. A tela do Pedro Américo é um sequestro em relação a uma construção visual da independência, que ficou tão disseminada.

"A gente pode falar até de independências, já que não foi algo apenas em São Paulo, mas também no Nordeste e Norte do país. Existiram várias independências e guerras, na Bahia, no Piauí, no Grão-Pará. Ou seja, ela termina, dentro desses movimentos de guerras, em 1895." Carlos Lima Júnior, historiador, ao comentar a construção do processo de independência do Brasil

Ao mesmo tempo, quando a gente tem essa tela e esse feriado, a gente sequestra o feriado e a independência como algo paulista, algo acontecido em São Paulo às margens do rio Ipiranga. Como a gente discute no livro, o 7 de setembro não pode ser o ponto de chegada, ele é o ponto de partida ou de meada para entender o longo processo que foi a independência. A gente pode falar até de independências, já que não foi algo apenas em São Paulo, mas também no Nordeste e Norte do país. Existiram várias independências e guerras, na Bahia, no Piauí, no Grão-Pará. Ou seja, ela termina, dentro desses movimentos de guerras, em 1895.

O reconhecimento da independência só se dá nesse ano. Se a gente for pensar, temos vários sequestros em relação à data. Primeiro, em 1822, ainda nesse processo inicial. Como o Rio de Janeiro e a própria figura do Dom Pedro construíram para si esse protagonismo? A gente tem então uma independência carioca. Em 1922, no centenário da independência, a gente vai ter uma grande disputa entre Rio e São Paulo. O Rio era a capital federal, que era tida como a capital cultural, e São Paulo, nesse debate sobre protagonismo, já era considerada a maior economia do país e, para usar os termos da época, queria se mostrar como a locomotiva do país. A gente tem dois debates, um no Rio de Janeiro que vai se organizar para fora, numa exposição universal e de remodelagem. E, do outro lado, a gente tem São Paulo recriando o Museu do Ipiranga. Aquela configuração do museu é de 1922.

A tela do Pedro Américo já estava ali desde 1895, mas existiu toda uma construção imagética em 1922 para fortalecer no imaginário que a independência aconteceu aqui em São Paulo. O outro sequestro que a gente tem é em 1972, nos 150 anos da independência, quando os militares agora sequestram o episódio e fazem uma releitura desse passado muito militar. Ao trazer novamente os restos mortais do Dom Pedro I e rememorar a imagem desse monarca de uma maneira muito militar, organiza-se um pouco desse imaginário fazendo uma leitura do passado a partir do presente, quando os militares estavam de uma maneira obscura no poder. E aí a gente chega até 2022, pensando nessa atualidade e nessa releitura da efeméride neste ano. São vários sequestros, seja de discursos narrativos em torno da história, mas também e sobretudo visual.

OP – Teríamos um novo sequestro em 2022?

Lima Junior – Teríamos um novo sequestro. Se a gente for pensar, por exemplo, nos símbolos que são mobilizados, o Governo Federal criou uma espécie de cartilha. É interessante porque também foi criada em 1972 uma cartilha. O que era essa cartilha? Era pra publicidade, pra revistas e jornais usarem o símbolo dos 150 anos da independência, que tinha 1972 quase como uma flâmula. Pra agora não é diferente, é criado também. E quando se abre a cartilha, o símbolo que existe ali também evoca muito a questão militar, e não a civil.

O selo mobilizado pelo governo é um braço em punho que remete muito ao braço e à mão do Dom Pedro I na tela do Pedro Américo segurando a espada. Dentro de uma quantidade infinita de imagens que a gente pode selecionar em relação à independência – por exemplo, a participação popular –, o símbolo que é selecionado é militar, uma espada, que dialoga tanto com os pressupostos do próprio governo Bolsonaro.

Pedro Américo já era um artista importante na corte de Dom Pedro II, tem toda uma formação financiada pelo próprio imperador. A tela é produzida em 1888, nos momentos pré-Abolição da escravatura, e fica pronta até meses depois. Chega ao Brasil quase às vésperas da proclamação da República.

OP – Historicamente esse sequestro da independência fez largo uso de uma iconografia, tanto no passado quanto no presente, não é isso?

Lima Junior – Total. Vou voltar um pouquinho pra gente conversar sobre a tela do Pedro Américo, que é uma tela que é nacionalmente reconhecida e foi muito veiculada nos livros didáticos. Mas, como a gente costuma conversar, é uma tela que sempre aparece muito como ilustração e não como um documento ao qual a gente pode fazer perguntas e entender o momento em que foi produzido. Ela aparece em 1922, quando deveria aparecer no fim do império, porque foi produzida em 1888.

Ela foi feita então 66 anos depois da proclamação da independência, ali nos campos do Ipiranga, como temos na narrativa oficial. Pedro Américo já era um artista importante na corte de Dom Pedro II, tem toda uma formação financiada pelo próprio imperador. A tela é produzida em 1888, nos momentos pré-Abolição da escravatura, e fica pronta até meses depois. Chega ao Brasil quase às vésperas da proclamação da República. É uma tela que é pensada para um lugar específico, que é hoje o Museu do Ipiranga, que não foi pensado naquele momento como um museu, mas como um edifício-monumento. Ele foi construído naquele lugar para celebrar a fundação da nação como um feito da casa dos Bragança, de Dom Pedro, ou seja, é um edifício que era também um monumento. E foi pensado para o salão de honra o trabalho do Pedro Américo.

Não bastava ser um monumento feito de pedra, mas era fundamental que aquele fato fosse recordado visualmente. A tela do Américo foi pensada para aquele lugar 66 anos depois da independência. Ele não foi uma testemunha ocular daquilo que aconteceu na tarde do 7 de setembro, mas, como ele mesmo comenta sobre a tela, vai lidar com a verdade e com a idealização. Tem uma frase do Pedro Américo em que ele vai dizer que a realidade inspira, e não escraviza o pintor. Às vezes a gente encontra nos sites por aí, principalmente próximo à data do 7 de setembro, os sete erros da pintura do Pedro Américo.

Dom Pedro não estava montado num cavalo, estava numa mula; o riacho não estava próximo etc. Mas é interessante porque o Américo era muito consciente de tudo aquilo que ele estava fazendo. A pintura de história era feita para elevar justamente aquele momento e deixar fixado na memória um momento grandioso. Ele fala: “Eu sei que naquela tarde o príncipe estava com incômodos gástricos”... A gente sabe da história da dor de barriga do Dom Pedro. Mas Américo diz: “Eu não vou dar essa fisionomia para o augusto moço, eu vou dar uma fisionomia que o enobrece”. Ou seja, ele lida o tempo com a verdade e a idealização, mas, quando a gente olha pra pintura, tudo volta para o Dom Pedro.

Por mais que a gente passeie nossos olhos por vários detalhes, é o Dom Pedro quem está ao centro da cena, com a espada em punho e com a sua guarda muito enfatizada na pintura. Nesses momentos, a imagem é muito mobilizada. O Américo dá um destaque para a guarda do imperador porque estamos ali muito próximos da República e a tela é feita num momento em que o exército está pressionando muito o próprio governo do Pedro II.

Independência ou Morte, por Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888. Exposta no Museu Paulista(Foto: Acervo Museu Paulista)
Foto: Acervo Museu Paulista Independência ou Morte, por Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888. Exposta no Museu Paulista

OP – Houve um esforço deliberado de construir um discurso fundacional? Esse cenário idealizado cumpre função política muito clara naquele momento.

Lima Junior – Exato. A tela diz muito daquele momento em que a pintura é produzida. No momento em que o império está abalado e vem sofrendo críticas, ele não vai bem, faz-se uso de uma pintura para demarcar uma fundação atrelada ao pai daquele imperador que está no poder. Cria-se uma fundação, mas se cria essa fundação a partir de um lugar, que é São Paulo. E é interessante o quanto essa pintura vai ser mobilizada em vários momentos subsequentes para mostrar a importância de São Paulo como uma terra predestinada para os grandes eventos e mais, para o discurso de que os grandes homens da história brasileira vêm de São Paulo. A independência acontece em São Paulo.

Quando a gente entrar no museu, que vai ser reaberto agora em 2022, a gente vai ver, por exemplo, que ali tem um monte de retrato do José Bonifácio e seus irmãos, que eram paulistas. A gente coloca a importância neles, que não estão tão distantes dos bandeirantes, ou seja, toda a narrativa que é colocada dentro do museu paulista é o tanto da importância dos homens de São Paulo construindo a história nacional. A tela se cola totalmente a esse discurso ufanista sobre a cidade. É um discurso tão forte que reverbera até os dias atuais.

OP – Que outras imagens ajudaram a moldar esse discurso além da tela do Pedro Américo? Há outras tão importantes quanto essa que sedimentaram esse mito nacional em torno da independência?

Lima Junior – Tem um historiador muito importante que vai lançar o livro “A outra independência”, o Evaldo Cabral de Mello (obra sai pela editora Todavia). Ele está pensando em Pernambuco. Quando a gente se desloca um pouco de São Paulo e vai pensar outros acervos dos nossos estados, que eram as províncias na época do império, a gente começa a perceber uma proliferação muito maior dessas imagens dos estados alçando a memória daquelas guerras e os seus heróis e heroínas. Cria-se um panteão a partir dos estados.

Vou tomar o exemplo do 2 de julho, na Bahia. Enquanto a gente tem uma celebração do 7 de setembro, a Bahia celebra, de maneira muito festiva e cívica, o 2/7 como a data da independência, que é a data do fim da guerra da independência na Bahia. Lá, uma figura muito popular é a Maria Quitéria, que é alçada como uma heroína, um grande símbolo. Outra figura é a Maria Felipa, uma mulher escravizada que também participou dos embates.

O que é interessante, por exemplo, é que a imagem da Maria Quitéria que circula foi feita por uma artista inglesa, a Mary Graham, quando vem ao Brasil e se encontra com a Maria Quitéria. Ela faz um retrato que vai ser utilizado em 1922 para a imagem de Maria dentro do museu paulista. A gente tem uma divulgação dessa imagem também em São Paulo. Se a gente for pensar no Piauí, a Batalha de Jenipapo também é retratada por um artista contemporâneo. O que é muito interessante é esse movimento também de uma arte contemporânea que revisita o passado, também constrói e fabrica visualidade sobre esse passado das independências feitas por esses estados. Assim vai acontecer no Maranhão, no Grão-Pará e na Bahia.

OP – Voltando à imagem do Pedro Américo. Ela ganha releituras, e o próprio episódio da independência vai desempenhar papéis diferentes. Por exemplo, na ditadura foi relido de maneira específica. Como a ditadura se apropriou desse episódio?

Lima Junior – A gente tem dois lados. É interessante, por exemplo, porque em 1922, no centenário da independência, por mais que a gente tenha uma divulgação da imagem, ela vai virar tapete, relógio, postais, ou seja, houve uma vulgarização. Em 1972 não foi diferente, a gente teve o filme “Independência ou morte”, com Tarcísio Meira e a Glória Menezes, o casal-estrela do momento, um filme que teve bilheteria e teve apoio militar. A cena da independência que teve ali é baseada na tela do Pedro Américo, ou seja, a tela do Américo ganha movimento no cinema.

Cartaz do filme Independência ou Morte com Tarcísio Meira e Glória Menezes(Foto: Divulgação )
Foto: Divulgação Cartaz do filme Independência ou Morte com Tarcísio Meira e Glória Menezes

O próprio realizador, numa entrevista, diz que não poderia fugir da tela do Américo, senão as pessoas não reconheceriam aquela cena. Ao mesmo tempo, em 1972, a gente tem um outro lado. É um momento em que a tela, vista com sacralidade e de uma maneira canônica, também é contestada.

O Pasquim, que é uma imprensa crítica do governo, vai pegar a tela, fazer uma gravura, uma estampa para o jornal, e, em vez de ter independência ou morte, Dom Pedro está gritando “eu quero mocotó”, que era a grande música do momento. Aquilo vira o estopim para que todo o grupo fosse preso. Eles estão desrespeitando a questão de um símbolo. Então a gente tem esses dois lados de fricção, o governo militar alçando essa pintura e o Dom Pedro como uma grande figura e essa mídia contestatória dessacralizando essa imagem da tela e do próprio Dom Pedro.

O ápice dessa celebração – é muito estranho o país comemorar 150 anos, uma data tão quebrada – é o presente do governo de Portugal, que também estava enfrentando uma questão militar naquele momento, dos restos mortais do Dom Pedro I, que estava enterrado em Lisboa. É interessante porque esses restos mortais vão passar em desfile por todas as capitais brasileiras, vão chegar ao Brasil em abril, o Médici saudando a recepção desse monarca-defunto. Eles passam por todas as principais capitais até chegar no 7 de setembro em São Paulo e ele ser depositado dentro do monumento do Ipiranga. O monumento do Ipiranga, construído em 1922, vira uma espécie de berço da nacionalidade, mas também o túmulo, com a figura do Dom Pedro ali colocada.

Ao trazer novamente os restos mortais do Dom Pedro I e rememorar a imagem desse monarca de uma maneira muito militar, organiza-se um pouco desse imaginário fazendo uma leitura do passado a partir do presente, quando os militares estavam de uma maneira obscura no poder. E aí a gente chega até 2022, pensando nessa atualidade e nessa releitura da efeméride neste ano.

O que o governo não esperava é que, quando chega o caixão do Dom Pedro I, ele não vai caber no nicho que foi preparado. Por alguns centímetros, ele vai ter que ficar numa mesa ao lado da cripta. Ele só vai ser colocado em 1976, quando Portugal já não está numa ditadura. Se naquele momento, em 1972, o governo brasileiro teve todo apoio da embaixada de Portugal, em 1976 o próprio governo português vai falar “olha, não participamos mais dessa questão”.

Então em 1976 vai ter uma grande encenação pra cobrir um pouco esses centímetros errados. Vão colocar um dragão da independência ali próximo, vão chamar algumas autoridades, vão colocar uma banda de música para disfarçar um tanto do constrangimento que é enterrar novamente esse monarca.

Livro O sequestro da Independência: Uma história da construção do mito do Sete de Setembro, de Carlos Lima Júnior, Lilia Schwarcz e Lúcia Klück Stumpf(Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução Livro O sequestro da Independência: Uma história da construção do mito do Sete de Setembro, de Carlos Lima Júnior, Lilia Schwarcz e Lúcia Klück Stumpf

OP – Estamos às vésperas do bicentenário da independência num contexto político diferente. A par de um episódio que foi sempre muito disputado por estados, como narrativa histórica, por que a independência se transformou num fato político e eleitoral importante agora? A que se deve isso, apenas às investidas de Bolsonaro ou existe algo para além desse apreço que ele tem para celebrar esses símbolos?

Lima Junior – A gente tem uma questão muito importante para pensar e de maneira muito vigilante em relação a esse bicentenário. Antes de comemorar, a gente tem que refletir sobre essa data de 2022. A gente tem que pensar também que é uma independência para todas, todos e “todes”, uma independência de larga escala, que engloba muitos civis. Então esse uso muito militarizado da data, um sequestro, vamos dizer assim, atende a quem? Atende a uma população geral, como a gente pensou como outras localidades de independência? Ou se faz um uso do passado de uma maneira muito deliberada a seu favor? Só pra marcar um exemplo.

Se em 1972 a gente tem o retorno do corpo do Dom Pedro I, dos restos mortais, e do uso do espetáculo utilizado pelo governo da ditadura, é muito curioso a gente pensar no presidente nessa questão de trazer o coração de Dom Pedro. Quando a gente pensa em trazer o coração, qual consciência histórica está sendo mobilizada para além de uma questão de espetáculo? Para além de fazer uso da história como teatralização, seria muito melhor pensar numa consciência histórica, pensar em passado e presente, mas também pensar num futuro, futuro que anda um tanto incerto para todos nós. Essas efemérides servem muito pra gente refletir sobre a questão nacional. Refletir de maneira crítica, e não usar a independência como algo por um viés que interessa principalmente ao presidente nesse caráter muito militar e ao uso da espada, da arma. É uma independência, mas fica uma questão de alerta de morte também.

OP – A gente viu isso em 2021, com aquele desfile de tanques. Parece que o que está planejado é uma extrapolação daquilo. O senhor tem receio de que esse momento possa significar algum tipo de ruptura política?

Lima Junior – Olha, os historiadores são sempre um pouco ruins para fazer previsões, mas o que a gente tem que pensar é que temos que ficar vigilantes em relação às eleições de agora. A gente aposta na democracia. Sobretudo em relação à democracia de fato, que foi tão difícil de conquistar no Brasil. Foi um longo processo, 30 anos de estabilização, então é muito triste a gente ver essa democracia o tempo todo em risco ou quase nessa tentativa de sequestro. Eu acho que a melhor maneira de pensar agora é com uma consciência em relação às urnas, à votação. A eleição, de maneira democrática, é a nossa grande arma a favor da democracia no bicentenário da independência. É dessa maneira que a gente pode vencer.

 

 

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