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Investimentos: o ato de abrir caminhos
Reportagem Seriada

Investimentos: o ato de abrir caminhos

Neste segundo episódio da série "O Preconceito custa caro" da série para o mês do orgulho LGBTQIA+, O POVO mostra a realidade no mercado de trabalho das pessoas da comunidade e como enfrentaram a discriminação de parte da sociedade
Episódio 2

Investimentos: o ato de abrir caminhos

Neste segundo episódio da série "O Preconceito custa caro" da série para o mês do orgulho LGBTQIA+, O POVO mostra a realidade no mercado de trabalho das pessoas da comunidade e como enfrentaram a discriminação de parte da sociedade
Episódio 2
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“Adoramos o seu trabalho, mas a vaga já foi preenchida”, “infelizmente você não se enquadra no perfil”, “você é um bom profissional, mas ...”, “seu currículo é excelente, porém...”, “não é nada contra você, mas os clientes, sabe como é”.

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Estas são frases que em geral tentam ocultar a rejeição de postos de trabalho para pessoas LGBTQIA+, contexto agravado pela pandemia de Covid-19. Em números do levantamento de 2020 do coletivo #VoteLGBT em parceria com a UFMG e a Unicamp, três em cada dez membros da comunidade que esteja desempregado encontram-se nesta situação há mais de um ano.

Sobre aqueles que trabalham de forma autônoma, o levantamento destacou ainda que 44,3% tiveram sua atividade completamente suspensa durante a pandemia, o que faz com que um em cada cinco LGBTQIA+ no Brasil não tenha fonte de renda individual, dependendo exclusivamente de outras pessoas, que por vezes, os discriminam.

O Oportuniza Trans direciona pessoas trans para projetos sociais voltados para inclusão deste segmento no mercado de trabalho (Foto: Drawlio Joca/Divulgação)
Foto: Drawlio Joca/Divulgação O Oportuniza Trans direciona pessoas trans para projetos sociais voltados para inclusão deste segmento no mercado de trabalho

No Ceará, o único projeto governamental para inserção de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho foca em pessoas da comunidade T e ainda tenta se articular para gerar um impacto efetivo nessa população que, devido à ausência de levantamentos institucionais, é completamente desconhecida pelo Estado.

A ação “Oportuniza Trans” foi elaborada pela Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos e busca criar um ecossistema de informação e oportunidades para Trans e Travestis do Ceará.

A primeira grande articulação do projeto ocorreu em fevereiro com um workshop que reuniu pessoas da comunidade T, representantes do Estado e diversas empresas atuantes no Ceará. O foco foi debater a receptividade de tais empresas para profissionais Trans e Travestis. Junior Narciso, titular da Coordenadoria que gerencia o programa, comenta que aos poucos o setor empresarial está se mostrando receptivo para a inserção dessa comunidade.

“Para perspectivas futuras, estamos estruturando a assinatura de um termo de cooperação técnica com o Sistema Nacional de Emprego e o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT) e as empresas para que possam ser firmados compromissos de ações efetivas para o aumento da empregabilidade da população trans e das travestis no Estado”, afirma Junior.

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Com essa parceria, já confirmada pelo Sine, espera-se uma maior aceitação das empresas no momento de firmar o compromisso de tanto realizar ações de capacitação como de contratar pessoas da comunidade T no Ceará. A previsão é que o termo possa ser assinado e entre em vigor ainda no mês de junho.

Junior pontuou ainda que o termo conta com a colaboração de movimentos sociais e entidades representantes de tais pessoas como forma de se ter “um panorama geral das demandas profissionais dessa comunidade, suas áreas de interesse”.

A partir da assinatura do termo, o Sine/IDT passará a ter dentro de suas políticas de inserção no mercado de trabalho, ações voltadas especificamente para atender a comunidade T, facilitando e atuando como mediador entre as empresas e as pessoas trans e as travestis que participarem dos processos seletivos. A atuação do Sine também funcionará como o início da construção da primeira base de dados sobre o tema no Ceará.

O Oportuniza Trans direciona pessoas trans para projetos sociais voltados para inclusão deste segmento no mercado de trabalho(Foto: Drawlio Joca/Divulgação)
Foto: Drawlio Joca/Divulgação O Oportuniza Trans direciona pessoas trans para projetos sociais voltados para inclusão deste segmento no mercado de trabalho

O projeto pretende atuar inicialmente na Região Metropolitana de Fortaleza e então expandir as ações para o interior do Estado com parcerias em núcleos de movimentos sociais nos municípios e as próprias prefeituras.

Com relação às demais populações contidas na sigla LGBTQIA+, Junior pondera que diante das ações de respeito a diversidade e conscientização sobre o combate a discriminação, espera que tais pessoas sejam contempladas por meio das ações de empregabilidade criadas para o público geral e já em funcionamento no Ceará.

Enquanto as ações governamentais ainda engatinham, a própria comunidade busca abarcar a si mesma. O ato de abrir caminhos para outros LGBTs não é somente empatia, é a comprovação da rotina de exclusão, que se agrava dependendo de qual letra você se identifica.

 

 

Uma chance de trabalho

Gandaia Bar foca na contratação de pessoas LGBTQIA (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Gandaia Bar foca na contratação de pessoas LGBTQIA

No contexto do entretenimento e lazer, o Gandaia Bar assume a missão de sempre dar uma chance de trabalho para pessoas LGBTQIA+, ainda que isso demande um investimento maior em treinamento por parte da empresa.

“Um dos principais desafios no início foi que nossa equipe tinha pouca experiência, alguns estavam no primeiro emprego e isso ainda vai continuar acontecendo. Poucas pessoas trans, não-binárie ou generfluid conseguem empregos, poucos gays e lésbicas fora do padrão conseguem empregos, a Gandaia está sempre dando chance para quem está querendo entrar na nossa equipe e ver a possibilidade de trabalhar nesse ramo”, detalha um dos sócios do empreendimento, o produtor Victor Wesley.

Como produtora independente, a Gandaia está por trás do grande sucesso de festas como o “Fica, vai ter POP” e era composta majoritariamente por pessoas LGBTs antes mesmo de ter uma espaço próprio.

“Quando veio a nossa própria casa só expandimos mais ainda o que já acreditávamos”, complenta Victor. Ele destaca ainda que o fato de o bar ser reconhecido em Fortaleza como um ambiente seguro para as diversas expressões de corpos, identidades de gênero e orientação sexual “vai muito além da expectativa” e o motiva a sempre expandir, tanto o negócio, quanto a diversidade da equipe.

Com os sócios Leco Lima e Celmo Araujo, o plano é inaugurar outras duas casas de show tão logo seja possível. Um dos empreendimentos futuro será a boate Fusion, voltada para o House Music e com uma estética bem moderna e o Amsterdam, um pub com temática erótica e “todas seguindo o formato de equipe diversa”, conforme detalha Victor.

Na Gandaia trabalham atualmente 25 funcionários no restaurante, além de dez DJs para eventos (quando voltarem a ser permitidos) e outras quatro pessoas na gestão das mídias sociais.

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Victor explica que nunca pensou em abrir uma casa de shows, mas que após anos trabalhando com patrocinadores e estabelecimentos geridos por pessoas heterossexuais que apenas lucravam com eventos para o público LGBTQIA +, percebeu que “em alguns momentos apenas quem é LGBTQIA+ vai saber lidar com quem é LGBTQIA+.

“Levantamos a bandeira muitas vezes durante a festa e sempre tivemos pessoas trans em espaços de destaque no palco, coisa que fez a Gandaia ter as portas fechadas inúmeras vezes, mas o público somente crescia e mesmo com zero patrocínios isso nos permitia continuar. Do outro lado eu via amigos produtores héteros conseguindo 10 vezes mais patrocínios do que eu queria, com eventos bem menores”.

Apesar disso, a perspectiva para o futuro é positiva, segundo Victor, várias empresas de grande porte começam a sinalizar para os produtores que estão mais abertas para a diversidade. Ele destaca que ainda há muitas barreiras a serem vencidas, mas que o progresso começa a se estruturar e sobre a perda de patrocínios por se firmar como um negócio que realmente abraça a comunidade LGBTQIA+, ele rebate: “melhor assim, quem fechar com a gente, é quem realmente entende que não há espaço para nenhum tipo de preconceito e tem gente talentosa tá só esperando uma chance”.

 

 

A história que não te contam

Por Sâmya Mesquita (*)

Sâmya Mesquita, jornalista O POVO, mulher cisgênero branca, bixessual, demissexual e poliamorosa(Foto: Amanda Souza)
Foto: Amanda Souza Sâmya Mesquita, jornalista O POVO, mulher cisgênero branca, bixessual, demissexual e poliamorosa

Como bissexual, sofri preconceito tanto dentro da comunidade LGBT quando fora dela. Pelas pessoas heterossexuais, sou vista como promíscua ou lésbica enrustida. Já para as pessoas dentro da comunidade, sou vista como heterossexual, indecisa e não merecedora de estar no movimento.

Hoje, como jornalista, tenho o privilégio de não ser hostilizada na empresa em que trabalho. Mas nesses quase 10 anos inserida no mercado de trabalho já passei por diversas experiências de discriminação.

Como professora no interior do Ceará, ter um relacionamento com uma mulher era sempre um elefante na sala (dos professores): ninguém tinha coragem de dizer que sabia, mas sabia. A relação “avessa” à comum me deixava de lado em qualquer socialização. E assim como outros LGBTs, uma hora ou outra, o seu trabalho acaba não sendo mais tão útil e qualquer outro motivo é o suficiente para te fazer carta fora do baralho.

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Em Fortaleza, trabalhei mais uma vez em uma escola particular que via com desconfiança as temáticas LGBT nas aulas de Redação. O motivo? Os pais! Eles não poderiam saber que uma professora "sapatão" ensinava aos filhos tais “ideologias”. Como ser um exemplo ou mesmo ascender na carreira quando se é associado com a promiscuidade?

Em uma outra empresa, agora trabalhando no serviço administrativo, era comum a contratação de LGBTs, inclusive pessoas trans. Comparada à falta de oportunidades em geral, é uma grande oportunidade. Mas com o tempo fui percebendo que quem tinha o real poder de decisão eram homens cisgênero e brancos, mais uma vez. Isso me fez refletir: até que ponto é verídico a bandeira da representatividade hasteada por empresas que se dizem “inclusivas”?

Apesar de tantas vivências, talvez pelo fato de pertencer a uma geração que sofria ataques LGBTfóbicos no Dragão do Mar, nos anos 2000, tenho dificuldades em externalizar minha sexualidade mais amplamente. O trabalho de aceitação própria é diário. Somente a partir dessa análise que podemos ter consciência de que diversas situações “constrangedoras” no trabalho são, na verdade, preconceitos. E isso, em pleno 2021, não pode mais acontecer.

(*) Sâmya Mesquita, jornalista O POVO, mulher cisgênero branca, bixessual, demissexual e poliamorosa

 

 

Nós por nós

Tiago Figueiredo é designer e empreendedor da loja Marabô(Foto: Fernanda Barros)
Foto: Fernanda Barros Tiago Figueiredo é designer e empreendedor da loja Marabô

Enquanto a chance no mercado formal por vezes é negada e diante da hostilidade de alguns ambientes para LGBTQIA+, cearenses da comunidade apostam no empreendedorismo, seja como forma de evitar a discriminação trabalhista ou como forma de tentar criar empregos para a própria comunidade. Na periferia de Fortaleza, Tiago Figueiredo criou a marca Marabô e teceu em cada modelagem de peças o sonho de “empreender para empregar”.

Com foco em moda praia, o estilista e design cearense afirma categoricamente: “Não quero só me comunicar e vender para pessoas LGBTs+, eu quero empregar pessoas LGBT+” ao explicar o que criar sua própria marca representa para ele. Lançada no segundo semestre de 2020, em meio a pandemia e com investimento inicial de R$ 10 mil, a Marabô não apenas já conseguiu quitar o investimento, como hoje é autossustentável e aposta nas estratégias de marketing digital para arrecadar clientes para além do Ceará.

A Marabô busca o objetivo de ser uma marca sustentável, preocupada com o meio ambiente, com atendimento humanizado e sensível aos pedido dos clientes, e acima de tudo, tem como foco representar e vestir pessoas e corpos reais, conforme define seu criador.

“Empreender sendo gay e negro e vindo da periferia é difícil, foi muito duro. As portas não são tão abertas como são para as outras pessoas. Não é só correr atrás, é ter as oportunidades, mas era algo que eu precisava fazer, tem um papel social nisso também, meu sonho é crescer e conseguir empregar o maior número de pessoas LGBTQIA+ que for possível”, comenta Tiago.

O estilista comenta que durante sua adolescência passou por um processo de autodescoberta onde chegou a questionar sua identidade de gênero e que a discriminação do mercado de trabalho foi sensivelmente maior neste período.

 

"E eu senti na pele, tudo, as repressões, as faltas de oportunidade, o medo de andar na rua e isso só aumentou minha vontade de ser meu próprio chefe." Tiago Figueiredo, criador da marca Marabô

 

Durante sua atuação na Marabô, Tiago afirma que não chegou a sofrer preconceito diretamente de fornecedores ou clientes, mas que em várias situações ao realizar a compra do material necessário para sua produção, sente-se constrangido pelos olhares de outros comerciantes e produtores.

“Eu sinto um olhar, não só somado à imagem do gay assumido. É um olhar que tenta me dizer que eu não pertenço àquele ambiente. Sinto sim alguns empresários me olhando e me julgando por ser gay, por ser negro, por estar ali comprando junto com eles. Mas isso me impulsiona, me dá um gás a mais, sabe? De seguir, de fazer acontecer para que cada dia mais e mais pessoas como eu possam estar aqui e em todos os outros lugares”, relata Tiago.

Made with Flourish

Uma das ações mais recentes da Marabô foi o lançamento da kanga Transformar, produto inspirado nas histórias de moradores da Casa de acolhimento Transformar, voltada para o público LGBTQIA+ do Ceará, especialmente a comunidade T.

“Todo o lucro das peças vendidas vai para a instituição, é o mínimo que eu posso fazer para colaborar com a minha própria comunidade. Eu sempre fiz doações como pessoa física e agora, como empreendedor, não poderia ser diferente”, explica o estilista.

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Com projeções otimistas, Tiago afirma que até o segundo semestre de 2022 espera conseguir viver exclusivamente de seu próprio negócio. “É um mercado para comunidade muito ainda a ser explorado, as marcas ainda estão na fase de fazer campanhas pontuais e de achar que o LGBT é uma coisa só. A Marabô não, eu queria algo que desde o primeiro contato todo mundo soubesse do que se tratava e para quem se tratava”, explica.

Ele pondera ainda que mesmo com o pouco tempo de existência, a marca já gera um sentimento de representatividade. “Várias pessoas já me procuram e agradecem pelas roupas que compraram, ou mesmo pela divulgação que eu faço usando pessoas comuns e sempre dentro da comunidade LGBTQIA+, as pessoas precisam se identificar naquilo que vão vestir”, detalha ao cobrar uma diversidade mais expressiva no ramo da moda que, segundo ele, em tempos mais recentes muito se tem pregado a diversidade, mas na prática a exercem muito pouco.

 

 

Forma de libertação

Em um lugar de fala mais privilegiado, o empresário Cláudio Emanuell Oliveira, fundador da Abraço Contabilidade, comenta que viu no empreendedorismo uma forma de libertação. “Eu era empregado de algumas empresas, prestava serviço para vários clientes e eu tinha muito receio de sofrer preconceito dentro das empresas. Acreditava que sendo dono do meu negócio eu sofreria menos”, comenta.

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Postar foto com a pessoa pela qual se está apaixonado, por anos foi algo impossível para Cláudio devido ao temor de discriminação no ambiente trabalhista. “Eu não postava nenhuma foto com meus relacionamentos, fugia das perguntas sobre quem estava solteiro ou não na firma, evitava os comentários que eu sei que faziam questionando minha sexualidade. Meu processo de aceitação foi bem tardio, eu só consegui me resolver por assim dizer com 26 anos, que foi quando eu decidi ser feliz”, afirma.

Cláudio destaca ainda que teve de passar por um longo processo terapêutico com acompanhamento psicológico para conseguir aceitar ser quem era, mas que isso foi fundamental para sua felicidade. “Hoje eu digo não, quer saber, meu Instagram é aberto, minhas redes sociais estão aí, tem foto minha e do meu noivo, quem quiser contratar meu serviço já sabe de cara quem eu sou, o que sou e se quiser fechar contrato comigo, que seja pela competência do meu trabalho”.

Noivo do gerente de marketing Márcio Holanda, com que mantém um relacionamento estável há 8 anos, Cláudio comenta que nunca se sentiu tão feliz quanto no dia em que conseguiu entender que o preconceito existe nos outros: "Não é culpa minha eles serem assim”.

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O empresário diz ainda que para muitos a troca de afeto das pessoas LGBTQIA+ é vista como “ofensiva ou mesmo desnecessária", mas que deve ser enaltecida sempre. “As pessoas acham que esse amor agride alguém, quando na realidade é só um sentimento, e é importante mostrar ele sim, defender, dizer que existe, que é lindo como qualquer outro”, complementa.

Cláudio comenta ainda que sentiu medo de perder clientes, mas que chegou a receber apoio de alguns deles. “Tem cliente minha que chegou um dia e disse que passou a aceitar mais os LGBTs depois de me seguir no Instagram. Isso diz muito, sabe. O preconceito não é algo das pessoas, é algo criado e que pode ser combatido. Eu vivi muito na defensiva a minha vida toda, mas hoje atuo meio que como acolhedor, quando vejo algum profissional no mercado em um ambiente de trabalho que ele não se sente à vontade e que eu sei da competência dele, faço logo um convite para vir para minha empresa”, comenta.

 

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