Assista ao vídeo com José Antonio Nogueira
Apesar da certidão de nascimento apontar Fortaleza, o sotaque, as manias e a paixão por Portugal estão enraizados na vida do senhor José Antonio Nogueira. Filho de portugueses legítimos, teve uma educação rígida com horário para tudo e início da vida profissional aos nove anos.
As escapadas para ir ao cinema e na casa dos amigos renderam muitas palmatórias. Mesmo vivendo o dia a dia de uma padaria desde pequeno, os pais não queriam que fosse padeiro e sim médico ou engenheiro.
Mas a vocação falou mais alto e mesmo depois de idas e vindas a Portugal se tornou um panificador com orgulho. Em casa também sofreu outro preconceito por suas escolhas, desta vez das filhas pequenas que queriam esconder das amigas de colégio a profissão do pai.
Mas a insistência para conhecer o local e o banquete que o senhor Nogueira ofereceu renderam mais encontros em casa e as filhas deixaram de lado.
Hoje, a mais velha, Elaine, depois de ser despedida e recontratada pela mãe na juventude, cuida de uma padaria dela, em sociedade com os filhos menores, e tem o apoio do marido na administração.
A outra filha, Soraya, também já trabalhou em padarias da família e de outras pessoas, mas decidiu novos rumos em Portugal. A esposa Conceição é apoio nas decisões, mas deixa com o marido a palavra final.
Apesar de 86 anos, a panificadora, uma das mais antigas da Messejana, é tradicional na qualidade, mas investe em inovação para se adaptar ao consumidor e às tendências do mercado.
Além do tradicional pão francês, carro-chefe de quem frequenta o lugar, as receitas portuguesas e o padrão dos sabores atraem os novos e os antigos clientes.
Ao O POVO, detalhou memórias da infância, da adolescência, a vivência em Portugal, o trabalho com o sogro, a volta para o Brasil, após a falência da serralheria, as desavenças na sociedade com o tio e o segredo em administrar um negócio octogenário.
Confira a seguir a entrevista.
O POVO - Filho de portugueses, o senhor nasceu em Fortaleza, em 1953. Como era a convivência e lembranças familiares?
José Antonio - Nasci aqui na Messejana. Como eu era filho único, o meu pai sempre dizia que eu tinha que vir do colégio para casa. Tinha hora para chegar, hora para merendar, para almoçar e para jantar.
Papai viveu sempre em um ambiente um pouquinho fechado, porque ele não tinha família em Fortaleza, principalmente em Messejana. Com cerca de nove anos eu já trabalhava na padaria. Fazia limpeza, fazia cortes de pães para fazer torradas.
Quando eu tinha uns 15 anos eu chegava do colégio, a primeira coisa que fazia era almoçar. Na hora que terminava eu tinha que sair em um carro, aprendi a dirigir, e saía para vender pão. Papai comprou um carro para a empresa e eu comecei a usar.
Não tinha medo da polícia, porque os policiais antigamente eram poucos e muitos amigos aqui de casa, quando algum policial passava por aqui, a viatura parava e tinha um pão, uma merenda.
Todo mundo me conhecia e, às vezes, eu andava fazendo a venda de pão por Itaitinga, Pedras e Eusébio. Eu tinha que vender pão, porque o papai me dava uma comissãozinha mais interessante.
O POVO - Mas antes disso, criancinha, quais eram as primeiras memórias?
José - Eu fugia muito. Antigamente, aqui do lado tinha um cinema, do ‘seu’ Venturão (Edson Ventura), e eu gostava muito de ir. Tinha umas pessoas amigas, moravam aqui por perto, logo aqui do lado. Tinha outra pessoa à frente, que era uma sorveteria, que tinham uns filhos pequenos também.
E eu fugia com eles e eu ficava na casa deles. Porque papai não deixava sair para canto nenhum. Eu não podia nem ir até a lagoa, que é aqui no fundo, porque ele não deixava. Ele tinha muito medo de acontecer alguma coisa comigo naquele tempo.
Quase todo dia eu estava apanhando, porque passava do horário.
O POVO - O senhor era feliz, então?
José - Mesmo com as raivas que fazia aos meus pais, sempre tentei fazer o melhor possível para não apanhar tanto. Mas tinha medo daquela chinela do meu pai, que era o solado de pneu de caminhão, aquilo ardia quando batia.
Um belo dia, nunca mais esqueci na vida, a mamãe disse. ‘Olha, agora eu vou arranjar uma palmatória’. Quando vi aquela palmatória, disse: "Nossa, senhora. Para que a senhora quer isso?". Ela respondeu: ‘Para bater em você. Para ver se aprende, porque o solado da chinela do seu pai não está adiantando nada’.
Levei algumas porradas com aquela palmatória. Não foi fácil, a mão ficava inchada. Mas um belo dia eles estavam dormindo e, nunca mais esqueci dessa cena, entrei no quarto bem devagarinho, peguei a palmatória e botei no forno, sem ninguém ver. Só saí quando ela virou brasa. E pronto.
Eles sempre perguntaram, nunca souberam, mas fiquei feliz que nunca mais mandaram fazer outra.
O POVO - O que aprendeu com seus pais que passou para suas filhas Eliane e Soraya?
José - Meu pai dizia que não queria que eu precisasse da padaria ou depender deles, então queria que eu trabalhasse desde cedo. E não queria que eu fosse padeiro, queria que fosse médico ou engenheiro. Mas eu perguntava o porquê.
Antigamente, quando o papai chegava ao moinho para comprar farinha, ele sofria um pouco, porque escutava as pessoas dizerem: ‘Ó, chegou o galego’. E o papai tinha uma raiva tremenda que chamassem ele de galego, porque ele não era.
O pessoal chamava de galego aquelas pessoas estrangeiras que chegavam aqui com uma mão atrás e na outra frente. Ele veio sem nada, mas trabalhou e pagava tudo à vista.
E (ele) dizia: ‘Procure sempre fazer o melhor. Procure ressaltar e se lembrar da vida que teve’, porque ele dizia que quando chegou aqui, logo no começo, não tinha dinheiro e se sustentava com pão e banana, tomava um refresco.
Mergulhava o pão no copo de refresco; e ele sobreviveu, (mas) não queria que eu passasse necessidade e ele estava trabalhando para isso, como eu era filho único. E procurei tentar fazer com que as pessoas entendessem a minha maneira de ser, e ouvindo a opinião e as ideias do meu pai.
Daí em diante eu passei para as minhas filhas.
O POVO - Tem um episódio sobre a padaria com as filhas...
José - Sim, tem um fato super interessante, que as minhas filhas quando foram para o colégio, elas não diziam que eram filhas de panificador. Elas (falavam): ‘Papai, eu não trago ninguém (aqui). E eu perguntava: "Como é que foi esses dias que vocês estiveram lá na casa (das amigas)?".
‘Papai, só saiu água. Só saiu uma bolachinha’. E eu dizia: "‘Tá bom de vocês trazerem (elas aqui) em casa". E elas me respondiam: 'Não trago elas aqui, jamais vou dizer que temos padaria, que o senhor é padeiro. Não quero que elas saibam’.
Mas, um belo dia, forçaram e, quando chegaram aqui, ficaram um pouquinho atrapalhadas. Uma delas me perguntou: ‘O que eu faço, meu pai?’. Respondi: "Rapaz, o que tiver lá embaixo bote para comer". Realmente as meninas ficaram encantadas com tanta fartura, modéstia à parte.
Era uma das coisas que meu pai procurava em qualquer evento, almoço ou jantar que tinha aqui em casa, que vinha algumas pessoas amigas, ele procurava ter uma mesa farta, porque foi criado assim.
Mesmo pobre, que não faltasse nada em casa, e nunca faltou nada de alimentação, tinha sempre. Já bastava o que ele tinha sofrido no começo com pão, água e banana aqui, em Fortaleza.
Foi uma maravilha, porque depois as amigas delas começaram a dizer: ‘Não, próxima semana vai ser lá na casa delas (Nogueira)’.
O POVO - Como era essa relação, até hoje em dia, para o senhor viver com parte da cultura portuguesa e parte da cultura cearense?
José - Foi fácil, porque a cultura portuguesa e a brasileira são quase como um casamento único. A alimentação diverge um pouquinho, mas tudo vai congregar em produtos bons, com qualidade. A culinária portuguesa é excelente e a brasileira também.
Os meus pais sempre tentaram me ensinar a atender bem, procurar fazer o melhor, e é o que nós temos feito até hoje. Aqui na empresa, sempre foi o nosso trabalho, o nosso lema, fazer produtos de qualidade, procurar o melhor.
Porque fazendo o melhor, você tem a oportunidade do cliente que provar, voltar. E isso é importante hoje em dia. A qualidade é primordial.
O POVO - Como foi que o senhor teve conhecimento de toda essa história da sua família, a primeira vez que seu pai, senhor José, veio pra cá? Saindo da aldeia de Frossos, em Portugal.
José - Ele veio de uma aldeia que tinha 300 e poucos habitantes. E ele convivia na agricultura, tinha suas videiras, onde cultivava o próprio vinho.
E quando chegou aqui, veio através de informações de outros portugueses que moravam por perto e que estavam se sentindo bem aqui. Ele veio no embalo, e trouxe depois o primo dele, e ficaram os dois trabalhando.
Passaram dois anos em Fortaleza, mais para o Centro, e depois vieram para Messejana. Em 1930, o papai iniciou as atividades em Messejana com o primo dele. Oito anos depois, derivada de toda a programação de documentações necessárias de estrangeiros, a empresa começou a funcionar a partir de 14 de julho de 1938.
Mas iniciou as atividades em 1930, só não tinham documentos.
O POVO - Dando um salto na história. O senhor, ainda na adolescência, foi para Portugal, e se casou em 1972 com sua esposa Conceição.
José - Foi difícil. Os primeiros dias de mudança foram complicados. Por exemplo, em 1970, quando fomos para Portugal, fui solteiro, tinha 17 anos. O meu pai me disse, na hora do jantar, que no dia seguinte íamos para Portugal. Meio chocante, mas tudo bem.
Eles deixaram a padaria com meu tio (Alcides da Silva Melo) e a esposa dele (Maria Teresa), ele era irmão da minha mãe.
Em Portugal, procurei estudar, mas os estudos em Portugal eram completamente diferentes, mais evoluídos, e nós precisávamos recuar três anos. Como nunca tinha perdido um ano, foi o jeito terminar de me conscientizar que os estudos não davam certo.
Meu pai disse: ‘Você vai ter que estudar nem que não queira. Para o Brasil você não volta mais’. E tudo bem. Qual era a solução? Com 19 anos eu resolvi sair de casa e me casar.
Me casei, e o meu pai disse: ‘A partir de agora você se vira. Vai fazer o que quiser, porque você agora já é maior e vacinado’. Me casei e fui conviver com meu sogro. Em seguida, ele tinha uma serraria e comecei a trabalhar nela, aprendi.
O POVO - Nisso aconteceu a Revolução dos Cravos, em 25 de abril, e a empresa acabou parando. Como foi essa fase para o senhor?
José - No 25 de abril, e perdi tudo que eu tinha, porque toda a exportação, eu trabalhava para exportação, parou. Em paralelo, o contrato dessa padaria (no Brasil) tinha sido feito (com duração de) cinco anos, e estava terminando.
Pedi ao meu pai e à minha mãe que estavam aqui para fazer a renovação do contrato: ‘Olha, agora vou (voltar) para Fortaleza’. Eles concordaram. Cheguei no fim de 1974, e em 1975 iniciei (e estou) até hoje.
Filhas: Eliane e Soraya | Netos: Yuri e Artur
O POVO - Já com a padaria, foram dois anos trabalhando com o seu tio e o relacionamento era conturbado. Como resolveram encerrar a parceria?
José - Logo que vim para cá, comecei a trabalhar com meu tio, conversamos, trabalhamos juntos por dois anos, mas logo dei uma brigada com ele... A primeira discussão que tivemos foi porque aproveitei que ele tinha saído para um evento em São Paulo e, no dia seguinte, coloquei uns pedreiros aqui e começamos a desmanchar.
Quando ele chegou, disse: ‘Olha, você fez errado. Nós somos agora marido e mulher, então um só faz alguma coisa com autorização do outro. E você fez uma coisa sem a minha permissão, você (se) aproveitou’.
Foi nossa primeira discussão. Mas tudo bem, nós levamos. Daí em diante já ficamos meio balançados. Gosto muito de fazer as coisas e não gosto que as pessoas fiquem mandando. Sofri tanto (na infância), então tinha que ser independente.
Depois de dois anos parti para fazer o desmanche da sociedade e ficamos minha esposa e eu trabalhando.
O POVO - A Panificadora Nogueira pioneira em várias coisas na região, como foi estar na vanguarda?
José - Quando eu fui presidente de uma entidade, comecei a viajar, ver coisas novas. E comecei a implantar muitas coisas, a querer fazer mudanças e produtos diferentes. Uma das coisas boas que aconteceram, que eu acho que foi um ‘boom’ na revolução das padarias aqui do Brasil, foi em 2002, na Copa do Mundo do Japão.
Nós estudamos o que deveríamos fazer para trazer o cliente para a padaria? Porque nos outros campeonatos, nos outros anos, era à noite, de tarde ou fim de expediente. Então, não tinha problema de horário.
Como no Japão os jogos eram pela manhã, teríamos que colocar um diferencial que ia chamar o cliente nesse horário, para ele vir para a padaria, que era muito cedo, teríamos que fazer um café da manhã. Então, implantamos o café da manhã.
O POVO - Qual foi o segredo do senhor para ter uma padaria de 86 anos?
José - É a qualidade. Sempre tentamos fazer o produto com qualidade, bem feito. Os meus fornecedores, ao vender os produtos aqui para minha casa, sabem que não compro produtos de outras marcas, são apenas determinadas marcas.
Quando não tem ela, mando vir de São Paulo, Belo Horizonte ou Recife. Tento ao máximo fazer com que os meus produtos, seja na alimentação ou na minha produção, sejam diferenciados com ingredientes de primeira qualidade.
Tenho um preço mais caro, eu sei. Mas acho que a minha qualidade supera o meu preço. Tenho clientes (que frequentam) há 30 anos, já fiz pesquisa. E fico feliz em saber que tenho clientes de muitos anos, que são frequentadores diários da minha padaria e conhecem o meu sabor.
Tenho uma padronização de receitas.
O POVO - Quais planos o senhor tem para os próximos anos?
José - O nosso plano é fazer o crescimento do restaurante e o crescimento da loja. Estamos nos preparando para levar toda a produção para outro local, acho que já estamos na reta final.
E depois, aos poucos, vamos tirar a cozinha, e vamos poder abrir uma loja do restaurante maior.
Por último, vamos abrir o salão. Penso que isso aumente em 35% a 40% os clientes (que passam por aqui) em dois ou três anos. Diariamente, temos uma média de 1.100 a 1.200 de pessoas.
Como a nossa casa é muito grande e trabalhamos com alimentação, temos que ter um cuidado muito grande para que nada saia com uma qualidade inferior, com poeira. E sempre se mexe com construção, mexe com poluição.
Temos em média uns 800 metros quadrados (m²) de produção. Agora (com a mudança), vamos ter uns 1.200 metros (m²) de produção.
O POVO - Como que o senhor trabalha as origens, essa relação de Portugal - Ceará? Vejo que é do dia a dia do senhor essa vocação...
José - Por exemplo, agora estou sendo diretor da Beneficiente Portuguesa (Sociedade Beneficente Portuguesa Dous de Fevereiro), um local que temos na Praia do Futuro, onde nos reunimos e atendemos pessoas portuguesas carentes. Já fiz parte da Câmara Brasil Portugal.
Antigamente, tínhamos as ideias, porque, como viajávamos, tínhamos certeza que alguns produtos, como maquinários, existiam de melhor qualidade (fora do País).
No Brasil, as pessoas gostam de fazer as coisas com qualidade um pouco inferior e nos prejudica bastante, porque trabalhamos o dia todo com equipamentos e precisamos (que eles sejam) bons.
Houve muitas mudanças que trouxemos com pessoas portuguesas. Para fazer pães especiais, por exemplo. Trabalho muito para fazer produtos italiano, portugueses, pois nós temos um relacionamento com Portugal.
No final do ano fazemos o Bolo Rei. Ele tem sete ingredientes de bebidas, como conhaques, whiskys e vinhos.
Como em Portugal, fazemos e colocamos um brinde, que sempre é uma medalha, e temos uma fava, que é uma espécie de feijão grande, e a coloca no bolo. Os clientes gostam desse bolo, porque quando está cortando ele, quem ficar com um pedaço que tem a fava, é obrigado a levar um bolo no ano seguinte.
E quem encontra o brinde? Fica satisfeito, pois coloca logo a medalha no pescoço. É algo legal que trago.
O POVO - Como é pensado o plano de sucessão? Os filhos e netos, mesmo pequenos, têm interesse?
José - Esse sucessório, nos preocupamos muito. Enquanto puder, vou continuar na Nogueira. Agora queríamos que eles continuassem porque não sou como o meu pai, que não queria que eu fosse padeiro...
Queria tanto que eles continuassem na sociedade em outra padaria. A nutricionista (Soraya), está em Portugal. Ela já trabalhou comigo antes da minha outra filha.
Antes de ir embora, esteve no Rio, foi gerente de padarias e restaurantes. Mas como se separou e veio morar conosco novamente, colocamos a padaria para ela tomar de conta. O problema maior que senti é que ela quis fazer muita coisa rapidamente e, às vezes, você precisa ter um pouquinho mais de calma.
Entrávamos sempre em discordância. Um belo dia, ela disse que ia morar em Portugal.
Tudo bem, o que eu posso fazer? Mas a ideia podia continuar perfeitamente, porque penso que um dia alguém vai tomar conta daqui (padaria) também.
O POVO - Ainda não tiveram essa conversa em definitivo...
José - Espero que as duas fiquem, mas é o tempo que vai dizer. Espero que, como o avô delas foi e como eu, elas mantenham (a padaria).
Pelo menos já tenho um neto, o mais novo de nove anos, que se sentou no meu escritório, mês passado (agosto), a pedido da avó que disse: "Vamos ver como você fica sentado aí”. Ele sentou olhou para um lado e para o outro e falou: “É, isso aqui vai ser minha futura cadeira”.
Ele já começa a sentir o cheiro… Isso me emociona bastante. Como não pretendo vender nada, acho que isso aqui tem que continuar.
O POVO - Qual legado a família Nogueira deixa?
José - Penso que a nossa meta é fazer o melhor. O crescimento da empresa, a vontade que temos de fazer bem feito, a maneira como nos relacionamos com a colônia portuguesa, que sabem como trabalho, como foi meu pai.
Então, tenho que continuar a fazer o melhor e mais bem feito, não que não façamos, mas tem sempre que procurar aprimorar.
Vou procurar mais qualidade, novos produtos e fazer com que nossa casa tenha um visual melhor, para as pessoas continuarem frequentando e gostando cada vez mais.
Acho que nos sentimos felizes ao ver nossos clientes gostarem, frequentarem e sempre dizerem: 'Olha, você precisa aumentar'. Isso é um bom sinal. Quando o cliente reclama, é porque está gostando.
Então, quero tentar continuar o nosso trabalho, fazer o melhor possível para a comunidade do Ceará, a portuguesa; para os meus clientes tradicionais, que eles se sintam cada vez mais satisfeitos e se orgulhem de uma padaria que vem do bairro de Messejana.
Indicação
O nome do senhor José Antonio Alves de Melo Nogueira surgiu após ele participar de uma reunião no jornal O POVO com outros empresários portugueses, no qual se destacou pelas histórias que contou sobre passagens de sua família no Ceará e também outras que envolviam a Panificadora Nogueira.
Quitutes
Durante a gravação, toda a equipe provou algumas das iguarias da panificadora, entre elas uma bolachinha de café. Também saboreamos, no fim das atividades, o self-service, que é disputado durante o almoço. Todos os alimentos são produzidos na própria unidade.
Anjo da guarda
Por não ser muito adepto às tecnologias, WhatsApp e e-mail, contamos com um reforço para nos auxiliar na comunicação com o diretor da Panificadora Nogueira, a gerente Ana Célia Queiroz. No dia da gravação, ela também se fez presente, auxiliando-nos.
Reformas
Durante as filmagens pudemos perceber que estão sendo feitas obras de ampliação da padaria, como a da área do self-service e da produção que utiliza fornos em alta temperatura. O senhor Nogueira comentou que sempre faz modificações e tem um mesmo pedreiro que está com ele há mais de 30 anos.
Esta entrevista exclusiva com o diretor da Panificadora Nogueira, José Nogueira, segunda geração da família Nogueira, para O POVO dá continuidade à quarta temporada do projeto Legados: A tradição familiar como pilar dos negócios.
Nesta edição, serão seis entrevistas com grandes empresários para contar a base que sustenta seus princípios, valores e tradições familiares que estão sendo passados para as novas gerações. E, ainda, o legado empresarial para o Ceará.
No próximo episódio, conheça a história do Dico Carneiro, fundador da Cialne, uma das maiores indústrias de avicultura do Nordeste.
Uma série de entrevistas especiais com grandes empresários que deixam legados para a sociedade e a economia do Ceará