Assista ao vídeo com Mônica Farias
As paisagens naturais e o clima de aconchego para quem visita o Sítio São Roque, localizado em Mulungu, cerca de duas horas de Fortaleza, na Serra de Baturité, diz muito sobre a personalidade de Mônica Farias, a terceira geração da família que está à frente da propriedade centenária.
Neta dos fundadores Alfredo e Amélia Farias, que compraram com dinheiro emprestado o sítio em um leilão, pelo valor de 7.500 réis, Mônica desde a infância demonstrava apreço pelo local que o avô foi aumentando com o passar dos anos.
Recorda-se, em detalhes, das brincadeiras com as irmãs mais novas. São cinco mulheres e um homem, ao redor da casa. Como também dos momentos de colher fruta no pé no caminho do cafezal e fazer quitutes em um mini fogão de lenha.
Com jeito tranquilo e fala mansa, seguiu o caminho do pai, que entre os nove filhos de Alfredo e Amélia, assumiu a responsabilidade de perpetuar o pioneirismo da família no cultivo do café sem agrotóxico na região.
Durante a adolescência e a vida adulta, Mônica sempre que podia viajava da Capital para a Serra para acompanhar o trabalho que Gerardo exercia, mas sem nenhuma pretensão de um dia cuidar de tudo. Queria mesmo era estar próxima do genitor, a quem diz ter uma forte ligação.
Formou-se em administração e trabalhou por 40 anos no Banco do Nordeste e, ainda, lecionou por 18 anos em faculdades. Casou-se com o médico Laerte Andrade Maia, com quem tem dois filhos, Mário e Igor.
As atividades “pra valer” começaram no sítio, em 2015, quando seu pai resolveu abrir as portas da propriedade para o turismo rural.
A convite do Sebrae, o local passou a fazer parte da Rota Verde do Café e ela ficou responsável por organizar esse novo negócio.
Somente em 2018, com a partida do Gerardo, que assumiu a gerência agrícola também. Muito em função do amor que sentia por ele e da palavra dada, quando o pegou conversando sozinho sobre o futuro do local, pouco tempo antes de falecer.
Para tal sofreu preconceito de gênero de funcionários e outros agricultores da região, mas mostrou a que veio e hoje orgulha-se de abrir caminhos para outras mulheres e trabalhar a equidade na Associação dos Cafeicultores da Serra de Baturité, a qual preside.
Chegou a ser chamada de produtora ecológica romântica, por defender uma produção sem agrotóxicos.
Mas poucos anos antes, na intenção de dar vazão à produção de café do pai, incentivou a quarta geração da família Farias, seus filhos, a lançar o Atelier 1913, cafeteria em Fortaleza (localizada na R. Antônio Augusto, 744 - Meireles) que conta com uma micro torrefação e que lançou os cafés Alfredo e Amélia, homenagem aos avós e o Gerardo, seu pai.
Depois de estudar muito sobre o fruto do cafeeiro, tem bem definido o que deseja, tornar o Sítio São Roque uma referência do café ecológico sombreado nacional.
Ao O POVO, Mônica abriu a sede do sítio e conta memórias de infância e a relação com a família, especialmente com o pai.
Também fala da vida em Fortaleza, da família que formou e dos desafios de ser uma das pioneiras mulher na cafeicultura do Estado. Confira a seguir a entrevista.
O POVO - A senhora nasceu em Baturité, em 1960, filha do Gerardo, que administrava o Sítio São Roque, fundado pelos seus avós - Alfredo Farias e Amélia Queiroz Farias. Quais as primeiras recordações da sua infância com os demais irmãos?
Mônica Farias - Nasci em Baturité, mas no meu registro é como se eu fosse nascida em Mulungu. Acho que o escrivão era tão acostumado a registrar as meninas de casa, pois só eu e minha irmã mais nova, Cassinha (Rita de Cássia), que não nascemos em Mulungu.
Papai brincava que as duas que não nasceram no sítio gostavam bastante. Passamos a infância toda aqui, brincávamos muito de boneca, fazíamos quitutes. Papai comprava umas panelinhas de barro e tínhamos um fogãozinho de lenha pequenininho.
Me recordo também da companhia do Chiquinho (Francisco Farias), um rapaz com pouco mais de 20 anos, mas com idade mental de cinco ou seis, que era um parente distante nosso. Quando os pais dele morreram ele e os irmãos foram doados.
Um mês depois do casamento do papai vieram os quatro morar aqui, mas papai disse que só tinha condição de ficar com um, e ele ficou. Quando eu nasci não tinha babá para mim, então, ele cuidava de mim.
Não tínhamos luz elétrica, era lamparina e a gente ficava brincando de correr à noite e Chiquinho vinha com a bacia de água morna e lavava meus pés, no meu quarto, e depois me dava um chá de folha de laranja para eu dormir bem.
O POVO - Quais valores se recorda dos pais, Gerardo e Terezinha, que repassou aos seus filhos Mario e Igor?
Mônica – Eles nos ensinaram a respeitar sempre os mais velhos e a tratar todo mundo do mesmo jeito. Os humildes, os trabalhadores e os ricaços, tudo era igual para gente. Isso é muito forte na nossa família. E, também, o cuidado com outro, temos isso de cuidar de pessoas doentes.
Me lembro muito da gente morando em Fortaleza e a mamãe lavando os funcionários nossos, ou outras pessoas, para lá. A gente cuida de maneira espontânea, porque a mamãe fazia isso e o papai também. Os meus filhos também têm isso do cuidado.
Outra coisa que lembro é da honestidade que papai sempre pregou, de sermos honestos conosco e com os outros. O Igor sempre foi muito danado quando era pequeno e eu sempre dizia para eles: "Se contar a verdade para mim a gente negocia, agora se eu souber que é mentira o negócio vai pegar."
Meus filhos e minhas noras são assim até hoje, muito abertos comigo. Papai e mamãe passaram isso de amar muito os filhos. Tenho isso com os meus e considero as minhas noras como filhas também.
O POVO - Como foi a sua formação?
Mônica - Papai queria que eu fizesse agronomia e eu morria de medo da física e dos cálculos e eu não fui fazer. Aí eu me inscrevi no curso da Uece (Universidade Estadual do Ceará) que era Ecologia e nesse meio tempo a gente descobriu que o curso de Ecologia era de Geografia com habilitação Ecologia.
Entramos com ação contra a Uece e ganhamos. Com os pontos do vestibular mudei para Administração. Também passei na UFC (Universidade Federal do Ceará) em Engenharia Química, comecei, mas fui para Letras.
Mas preciso contar que antes disso fui arranjar um estágio na Assembleia (Legislativa), aos 17 anos, escondida do papai e da mamãe.
Papai dizia que eu não precisava, pois a gente estava vivendo bem, mas sempre fui muito independente. Então fui falar com o governador Adauto Bezerra, que era amigo do papai, eles estudaram juntos.
Mas papai nunca pediu nada para ele.Passei a manhã todinha lá. Eu era tão inocente que eu não tinha noção da importância dele.
O POVO - Entrando nos negócios da sua família, entre 1995 e 1997 foi um momento importante para os negócios com a vinda da organização não-governamental da Suécia que propôs a criação de uma associação para exportar café para lá.
Mônica – Eu lembro do papai contando muito empolgado e a mamãe dizia: 'Gerardo, será que isso está certo? É muita responsabilidade'. Mas o papai tinha muita credibilidade aqui na Serra, era incrível, e muita gente passou a participar da associação (Associação dos Produtores Ecológicos do Maciço de Baturité), porque o papai era o presidente.
Também me lembro quando o papai foi para a Suécia, ele nunca tinha saído daqui. Ele era grato pela natureza, era uma pessoa da paz e essas coisas fluíram para ele.
Em 2022, a convite do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) eu pude fazer a mesma viagem. Foi muita emoção, pois eu fui como presidente da associação atual, segui os passos dele.
O POVO - Outro fato que manteve, foi questão da visitação do sítio. Estudantes e pesquisadores já vinham à época dele. Mas o que fez seu pai incluí-lo como visitação de turismo rural, em 2015, na Rota do Café do sebrae?
Mônica – Papai tinha uma visão de futuro incrível, era visionário. Ele não tinha medo das coisas, mas ele era prudente. Depois que a mamãe morreu a gente ficou vindo todos os fins de semana e um dia eu estava aqui, porque era o Dia Internacional do Café e tinha uma feira do Sebrae.
Nesse dia o papai foi homenageado como o cafeicultor mais antigo e eu fui com ele. Quando chegou lá, chamaram para a gente participar da Rota (do Café), porque o nosso sítio era um dos mais antigos que ainda produzia café.
O papai perguntou para mim se a gente devia aceitar e eu disse: "Aceita! Isso é papo de evento". Três dias depois, a mulher do Sebrae já apareceu para falar sobre isso e papai me ligou.
Aí fui me reunir com as meninas (irmãs), meu irmão (Alfredo Farias Neto), ele é aposentado e mora numa fazenda em Aracoiaba.
Mas era meu pai quem decidia e ele decidiu abrir o sítio para visitação para conhecerem e valorizarem a história do café.
Como eu era a única administradora da família e alucinada pelo papai, o ajudei muito, mas com o apoio das minhas outras irmãs - Tereza, Cassinha e Léa, que quiseram. E cada uma de nós ficou com uma parte nas tarefas.
Papai acreditava muito na gente e, assim, eu fui estudar mais sobre café, em Minas Gerais, com a minha nora Isabelly (Giffony, hoje sócia do Ateliê 1913, em Fortaleza). Optamos por fazer um café com qualidade, com valor agregado e com um trabalho sustentável no sítio.
Filhos: Mário e Igor
O POVO – E o que a motivou a empenhar a palavra que cuidaria do sítio?
Mônica – O papai era uma pessoa muito discreta e ele nunca verbalizou quem iria cuidar, mas conhecia cada um dos filhos. Acho até pelo meu temperamento ser parecido com o dele, minha formação e a minha experiência de banco, que a gente se vira nos 30, eu me achei no direito de ajudar.
Em uma das vezes que ele veio para cá, ele estava sentado no batente olhando para o cafezal e com os olhos cheio d'água e disse, sozinho, em voz alta: 'Quem vai cuidar disso para mim? Aqui tem tanto suor meu e do meu pais'.
Foi nessa hora que bateu aqui uma responsabilidade e eu disse: "Papai, não se preocupe não, tem mulher que cuida disso aí e eu vou cuidar para o senhor". Eu não sei se ele acreditou de vez sabe (risos), mas quando ele me viu subindo morro, envolvida com as coisas, eu acho que pensou que eu ia continuar isso.
E ele não dizia, mas eu sentia, que ele não queria que ninguém de fora permanecesse na gestão, queria deixar dentro da nossa família.
O POVO - E em 2018 seu pai partiu. Como foi esse momento cuidar de um local, com suas irmãs, que ele passou a vida?
Mônica – Quando ele começou a piorar, em uma sexta-feira, eu tinha ganho folga do banco e fui falar com ele, acompanhado do Mário e da Isa. E a última cena que eu me lembro é que eu peguei um banquinho e me sentei no chão perto dele e fiquei lá conversando.
E ele brincando com o Mário, que antes tinha cabelo grande e cortou bem curtinho, e ficamos no papo.
Quando deu umas 17 horas ele disse: 'Minha filha, vá se embora, não pegue a serra de noite'. Mas era uma coisa, aquele dia eu queria tanto ficar perto dele.
No sábado, ele teve um problema intestinal e minha irmã médica (Joana) ligou para mim e no domingo papai foi para o hospital. Fiquei angustiada, porque eu tinha preparado o café Gerardo para lançar no aniversário dele, 18 de abril, isso mais ou menos dia 15.
Fui para o hospital no domingo dormir com ele e levei os vídeos para contar o que tinha acontecido no fim de semana. Mas o médico disse que levaria ele para a UTI por problemas nos pulmões. Foi o dia mais desesperador da minha vida.
Nos permitiram entrar no dia do aniversário dele e eu entrei em parafuso e dizia alto: "Papai, não está mais aqui". Depois de dois dias, papai morreu e aí caiu a responsabilidade. Eu acho que foi a decisão mais difícil da minha vida, eu assumir o sítio.
O POVO - Recentemente a senhora foi eleita presidente da Associação dos Cafeicultores Ecológicos da Serra de Baturité (Ecocafé), que atualmente trabalha para instaurar o selo de indicação geográfica dos cafés do Maciço de Baturité.
Mônica - Na verdade tudo começou porque entrei com o Sebrae por causa da Rota (do Café) e o Sebrae chamou vários produtores da região e eu estava no meio e as reuniões aconteciam aqui, no sítio. Assim como o papai, eu abro as portas para todo mundo.
Alguns produtores disseram que não iam entrar nessa empreitada, porque o café Typica dava muito pouco, que era só amor à causa, e que eu era uma produtora ecológica romântica. Aí a gente juntou um grupo e me elegeram.
Porque, das empresas que estavam aqui, o sítio era o mais antigo, tinha mais experiência e eu já vinha estudando e fazendo algumas coisas que as outras não estavam fazendo. Eu também acho que me elegeram pelo meu temperamento, eu sempre fui de tomar a frente para resolver as coisas, não esperar muito.
Aí eu também entrei como diretora do Sindcafé (Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café no Estado do Ceará) por causa da torrefação. E entre as minhas pautas, além da indicação geográfica estão a revitalização da produção do café e a criação dos critérios para entrar na associação.
Hoje, pode ter até 50% da plantação de Typicas e os 50% plantado de arábica. Porque Arábica, Arara, Catuaí e outros tipos são café bons, muito bons, mas que produzem muito mais do que o Typica. E se a gente abrisse mão, aqui todo mundo ia plantar só os outros tipos.
Eu defendo o Typica e sei que a gente vai ganhar notoriedade quando tiver o selo e pela raridade no Brasil. Outra pauta que atuo é o reconhecimento do trabalho das mulheres e na associação temos várias produtoras mulheres, que estão seguindo o meu percurso e isso é muito bom.
O POVO - Hoje, além da senhora trabalhar no sítio, as irmãs Tereza, Léa e Cassinha, e no Café Ateliê 1913, os filhos e as noras. Como as tarefas são divididas? Como estão os negócios?
Mônica – No sítio, a Léa é a responsável pela decoração, arrumação da casa, toda a parte artística. Ela e a Tereza também cuidam da capela e dos grupos de orações. A Tereza faz parte do meliponário (coleção de colmeias) e da associação dos meliponários da região. Ela e o marido, que trabalham com isso.
A Tereza está ampliando para que no futuro a gente também venda o mel produzido aqui. Ela também faz parte de um grupo de lideranças da região. A Cassinha é responsável pela parte histórica, capta todas as informações e fotografias.
No próximo ano, seriam os 100 anos do papai e ela vai fazer um memorial do papai e da mamãe. Eu estou fazendo um replantio muito grande de café. Atualmente, temos um experimento sobre a qualidade genética do café com um agrônomo, que dura em torno de sete anos e começamos há dois anos e meio.
O estudo identificará a qualidade do nosso grão e com isso a gente vai saber aumentar a produtividade do nosso café e vamos replantar para ter uma produtividade maior por hectare. Tudo isso com trabalho de adubação, fazemos com biofertilizantes.
Onde se colhe uma saca hoje, pode se tornar no mínimo quinze sacas no futuro, após o replantio. Queremos, ainda, participar de eventos de qualificação, para manter esse café de forma mais produtiva, mas ainda de forma ecológica.
A nossa produção hoje é pequena e não temos condições de atender a demanda que me procuram. Recebo muitos convites para participar de eventos e muitas vezes não vou porque eu não tenho café para levar.
A produção do café praticamente é toda para cafeteria (Atelier 1913), que está tendo um retorno muito bom. As meninas (noras Isabelly Giffony e Rhafaela Barros) e os meus filhos estão fazendo um trabalho muito bom lá e o foco da gente agora é plantar mais café para termos mais produção.
É nesse sentido que a gente vai investir esses próximos anos. Amanhã (dia seguinte da entrevista em setembro) a gente vai fazer um plantio de 7.200 mudas e isso leva tempo, por exemplo, uma muda passar 75 dias para nascer a primeira folhinha.
Para a gente levar para o local do café, na mata, porque tudo é sombreado, são seis meses. Para o café produzir são três a quatro anos. Esse ano ainda não sabemos quantas sacas deram, pois o café ainda está em repouso e depois será pilado.
O POVO - A senhora tem plano de sucessão? Como o assunto é tratado em família?
Mônica - Acredito que os meninos (filhos) dão continuidade. No momento eles não estão pensando aqui, porque eles ainda estão no foco da construção da cafeteria. A gente abriu pequenininha, em 2019, agora está tomando uma dimensão maior e eles ainda estão buscando o retorno financeiro.
A gente investiu muito e eles se preocupam muito com isso. Eles têm muito interesse em fazer as coisas fluírem. Acredito que quando eu colocar uma produção maior eu consiga trazer um para cá, acho que será o Mário, que tem mais um perfil para cá.
O POVO - Na sua avaliação, qual o legado que o Sítio São Roque deixa para a economia cearense?
Mônica – O maior legado é perseverança em termos de defender o meu ambiente. O sítio sempre foi uma referência nisso. A nossa ideia é que, a partir dessa preservação, através da cultura e das questões ambientais, a gente, consequentemente, tenha uma economia mais estabilizada.
O sítio sempre ajudou muito a economia local e eu acho que é uma das responsabilidades nossas ainda. O que eu posso, a gente faz de forma sustentável. Uma das preocupações maiores da gente é produzir de maneira sustentável.
Não adianta a gente querer produzir milhares de hectares ou muito café se isso aí não vai ter habilidades de responsabilidade socioambiental. Esse é o grande legado, o vôzinho deixou isso para o papai, o papai deixou para a gente e a gente vai repassando para darem continuidade.
Locação
Para gravarmos esse episódio, a equipe - eu, Arthur Gadelha, Aurélio Alves e FCO Fontenele - fomos até o município de Mulungu, que fica localizado no Maciço de Baturité, a 120 quilômetros de Fortaleza. O local, com pouco mais de 11 mil habitantes, faz parte do Polo Serra de Guaramiranga.
Café colonial
Fomos recebidos por Mônica Farias e sua irmã, Rita de Cássia Farias, com um café colonial, que além de frutas, sucos, tapiocas, pães e bolachas feitas na sede do Sítio São Roque, pudemos provar os cafés feitos com grãos da propriedade e vendido no Atelier 1913, cafeteria dos filhos de Mônica (R. Antônio Augusto, 744 - Meireles).
Homenagens
Um dos cafés que provamos tem o sabor mais forte e leva o nome da vozinha de Mônica, Amélia, de personalidade exitosa e firmeza na conduta com todos e nos afazeres domésticos. Já o outro é uma homenagem ao vozinho, Alfredo, com paladar mais leve e suave, assim como o fundador do sítio e que iniciou o plantio do café sombreado ecológico. Não experimentamos o mais doce, batizado de Gerardo, pai das irmãs.
Separação dos grãos
Entre uma filmagem e outra, eu e Aurélio ajudamos Mônica e Rita de Cássia na separação dos grãos, entre os mais verdes e os maduros. Esse é um dos processos, assim como outras etapas como pré-limpeza, secagem, beneficiamento, torrefação, entre outros.
Esta entrevista exclusiva com a administradora do Sítio São Roque, Mônica Farias, terceira geração da família, para O POVO que dá continuidade à quarta temporada do projeto Legados: A tradição familiar como pilar dos negócios.
Nesta edição, serão seis entrevistas com grandes empresários para contar a base que sustenta seus princípios, valores e tradições familiares que estão sendo passados para as novas gerações. E, ainda, o legado empresarial para o Ceará.
No próximo episódio, conheça a história do José Nogueira, filho do fundador da Panificadora Nogueira, que deu continuidade aos negócios do pai em Messejana.
Uma série de entrevistas especiais com grandes empresários que deixam legados para a sociedade e a economia do Ceará