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A saída da Petrobras do mercado de refino agrava a crise dos combustíveis no País e o desmantelo dos equipamentos da companhia no Ceará espelham esse cenário localmente. Com as plataformas marítimas e a usina de biodiesel já desativadas e sem comprador há 6 e 2 anos, respectivamente, a empresa negocia a Lubnor com a Grepar Participações por US$ 34 milhões e põe em xeque o mercado de asfalto e lubrificantes no Norte e Nordeste.

De imediato, o setor produtivo encara a operação com expectativas positivas, vide o mau serviço prestado pela Petrobras no fornecimento dos produtos. Mas o exemplo da Bahia alerta para uma possível elevação dos preços acima da média nacional. Hoje, os condutores baianos pagam por um dos litros de gasolina mais caros do País, depois que a refinaria Landulpho Alves passou para o controle do fundo árabe Mubadala Capital.

O movimento sustentado pelo plano de desinvestimento da Companhia insiste na saída da Petrobras do mercado de refino, ignorando que a falta de usinas do tipo diminui a oferta de derivados (gasolina, diesel, lubrificantes, asfalto, etc) e, consequentemente, colabora na escalada dos preços que assola a economia gerando inflação e desonerando os orçamentos familiares. Esta cegueira ainda elimina milhares de empregos e sucateia equipamentos de ponta, como aconteceu em Quixadá, além de deixar a empresa de fora de uma das áreas mais estratégicas do mercado de petróleo e gás.