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Lubnor: Prefeitura se opõe a discurso da Petrobras
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Lubnor: Prefeitura se opõe a discurso da Petrobras

Tipo Opinião
Prefeitura de Fortaleza detém 30% do terreno da Lubnor (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Prefeitura de Fortaleza detém 30% do terreno da Lubnor

A Prefeitura de Fortaleza deve representar o primeiro empecilho real ao interesse da Petrobras em vender a Lubnor. Proprietário de 30% do terreno onde a refinaria está instalada, o Município se mostra atento às movimentações e rebate as versões apresentadas pela Companhia. Com cinco dias de atraso desde o envio das perguntas, a Petrobras informou que "está conversando com a Prefeitura de Fortaleza a respeito da venda da Lubnor e necessidade de regularização do terreno há mais de um ano" e ainda estimou "um breve" para a conclusão das negociações. No entanto, poucas horas depois do envio da nota, o prefeito José Sarto (PDT) publicou vídeo nas redes sociais ontem, 31, dando a entender que a Prefeitura de Fortaleza não sabe detalhes da operação entre a Companhia e a Grepar, e já informando da entrada na Justiça para conhecer esses pormenores.

O prefeito se mostrou particularmente preocupado com a execução de um novo projeto pela compradora. O foco é saber se a lei de uso e ocupação do solo e o plano diretor da Capital são respeitados. Afinal, os 30% do terreno da Lubnor representam 60 mil metros quadrados. Mas nada além do valor de US$ 34 milhões e o nome do consórcio comprador foram informados pela Petrobras desde a última quinta-feira, 26 de maio.

"Não vamos admitir que Fortaleza seja, de qualquer maneira, prejudicada por esse processo", cravou Sarto.

Caberá à Procuradoria Municipal o trabalho, detalha o prefeito nas redes sociais, que menciona ainda uma "a venda por um valor muito abaixo do mercado." Na semana passada, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) lançou um levantamento no qual indica que o valor da operação está 55% abaixo do real preço da refinaria. Segundo o Ineep, a Lubnor está avaliada com um valor mínimo, pelas projeções cambiais mais elevadas deste ano, de US$ 62 milhões. No máximo, o valor pode chegar a US$ 70 milhões.

Ainda em desacordo com que Sarto declarou, a Petrobras diz que "o grupo que adquiriu a Lubnor está ciente de todo o andamento do assunto" e chega até a fazer, dando como certa a operação, um alerta: "Importante destacar que o marco anunciado na última semana foi a assinatura do contrato de compra e venda (signing), o qual não implica de imediato a mudança na propriedade do ativo. Nos próximos meses serão obtidas as autorizações e licenças para conclusão efetiva do negócio, para posterior transmissão da propriedade ao grupo comprador."

A Grepar, que assinou o contrato de compra com a Petrobras, é um consórcio formado pela Greca Distribuidora de Asfaltos, especialista em asfalto no Brasil atuando na produção e comercialização de produtos destinados à pavimentação asfáltica, e pela Holding GV Participações, uma empresa de investimento que atua no mercado de distribuição e produção de ligantes asfálticos e óleos combustíveis. As empresas ainda não se manifestaram publicamente sobre o assunto. Pelo disse que disse, a Justiça deve definir o fechamento ou não do negócio.

 


Material de construção

O Ceará deve reunir até 1,5 mil empresários do setor de do comércio, indústria e serviço ligados a materiais de construção entre 23 e 26 de junho deste ano, no Hotel Vila Galé Cumbuco. O setor alcançou crescimento de 7,6% no último ano e, apesar da alta nos preços, tem expectativas positivas para 2022. A expectativa é que o Ecomac Nordeste Edição Ceará 2022 movimente o turismo de negócios e gere novos contratos para os participantes. Todos os estados do Brasil vão enviar representantes, sendo 25% do Ceará, 30% do Norte e Nordeste e 40% das outras capitais.

Ceará e Portugal

A Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil fechou uma agenda com entidades cearenses para a prospecção de novos negócios. Além da da Missão Governamental e Empresarial Ceará 2022, a Federação tem parceria com cearenses para: ABFintechs (20 a 25/junho), Real Estate&Construtec (27/junho a 1º/julho), Agrotech (19 a 24/setembro), Encontro entre a FCDL Ceará e varejo português (10 a 14/outubro) e a Web Summit (30/outubro a 5/novembro).

Indústria farmacêutica

O Ceará recebeu um novo equipamento para o tratamento de água, resultando em água de alta pureza que será utilizada na produção de medicamentos injetáveis, especialmente soluções parenterais de grande e pequeno volume. A máquina automática custou US$ 475 milhões e teve a JM Negócios Internacionais como responsável pela importação. O Ceará é referência na produção de nutrição parental (soro), sendo responsável por 1/3 do que é vendido no País. O setor químico local tem faturamento anual de R$ 1,5 bilhão e é o 6º no ranking industrial do Estado.

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