
Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico
Delicado O crescimento de 1% no 1º trimestre de 2022 não representa a economia brasileira hoje, não tem nada de robusto como o Governo Federal diz e resultado semelhante pode não ser observado ao término do ano. O período que teve os resultados divulgados pelo IBGE já apresentava economia abalada, mas sem a gravidade observada, hoje, três meses depois.
A constatação disso está no modo como o IBGE calcula o PIB. São consideradas a oferta (tudo que é produzido no País) dos setores da indústria, de serviços e da agropecuária. Da mesma forma, é feito com a demanda (tudo que é consumido) de famílias e governo, além de investimentos e balança.
Ora, o alvo da análise é o 1º trimestre, quando entrou em vigor o novo valor do salário-mínimo, o novo valor do Auxílio Brasil e teve início dos saques do FGTS e o adiantamento do 13º salário pelo INSS. Ou seja, o consumo foi potencializado e o setor de serviços, que compreende o comércio, recebeu esse impulso. Assim, a indústria ainda apostava na manutenção desse consumo em alta para servir a demanda pedida nos serviços/comércio. Ao mesmo tempo, o dólar se manteve acima dos R$ 5 na maior parte do trimestre e ajudou a elevar o superávit da balança comercial.
Quando chegamos a junho, observamos uma crise de oferta enorme no Exterior que compromete a produção interna mesmo com a desaceleração do dólar. Os estímulos ao consumo também vêm chegando ao fim e, para completar, há uma inflação crescente. Mantida nesses termos, a economia brasileira chega ao fim do ano sem fôlego.
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