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Mineração: quatro setores pagam 90% dos royalties no Ceará
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Mineração: quatro setores pagam 90% dos royalties no Ceará

Estado teve crescimento de 27,6% no pagamento das compensações e atividade em 96, das 184 cidades. Veja lista
Ceará é alvo de exploração de rochas usadas na construção civil em vários locais do mundo (Foto: Armando O Lima/O POVO)
Foto: Armando O Lima/O POVO Ceará é alvo de exploração de rochas usadas na construção civil em vários locais do mundo

O ano de 2024 foi responsável por um crescimento de 27,6% no pagamento da Compensação Financeira pela Exploração Mineral - mais conhecida como royalties da mineração - no Ceará. O montante pago pelas empresas responsáveis por extrair riquezas do solo cearense a municípios e Estado saltou de R$ 13,93 milhões para 17,78 milhões e demonstrou o domínio de quatro setores em particular.

Empresas mineradoras de quartzito (28,43%), calcário (21,59%), granito (20,27%) e água mineral (18,20%) foram responsáveis a 88,49% do total de royalties repassados no Estado ao longo do último ano, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM).

As atividades industriais e de exportação explicam o peso dessa mineração na compensação financeira. Não é de hoje que o Ceará é apontado internacionalmente como local de materiais raros para a construção, em especial quartzitos e granitos, cuja originalidade é cobiçada por empresas localizadas na Europa, nos Estados Unidos e na China.

Esse material tem crescido na balança comercial do Estado, sendo enviado a esses países para o beneficiamento dos blocos ou levado ao Espírito Santo, onde há as maiores empresas do setor.

Já o calcário é matéria-prima de cal e cimento. E o Ceará tem as maiores cimenteiras com plantas ativas. Já o setor de água mineral, cujo produto final envolve mineração, também conta com grandes empresas localizadas em municípios cearenses.

Maiores pagadores de royalties de mineração em 2024

  1. Quartzito: R$ 5,05 milhões
  2. Calcário: R$ 3,83 milhões
  3. Granito: R$ 3,60 milhões
  4. Água mineral: R$ 3,23 milhões
  5. Areia: R$ 423,33 mil
  6. Gnaisse: R$ 345,75 mil
  7. Dacito: R$ 285,42 mil
  8. Minério de magnésio: R$ 272,57 mil
  9. Argila: R$ 254,64 mil
  10. Traquito: R$ 207,94 mil

No total, são 96, das 184 cidades cearenses, com exploração mineral inscrita na ANM. Com royalties acima de R$ 1 milhão em 2024 estão Uruoca (R$ 3,83 milhões), Horizonte (R$ 1,78 milhão), Caucaia (R$ 1,76 milhão) e Sobral (R$ 1,14 milhão).

Dez cidades mais beneficiadas por royalties da mineração:

  1. Uruoca: R$ 3,83 milhões
  2. Horizonte: R$ 1,78 milhão
  3. Caucaia: R$ 1,76 milhão
  4. Sobral: R$ 1,14 milhão
  5. Quixeré: R$ 889,13 mil
  6. Itaitinga: R$ 853,19 mil
  7. Forquilha: R$ 640,80 mil
  8. Fortaleza: R$ 573,63 mil
  9. Acarape: R$ 568,82 mil
  10. Morrinhos: R$ 461,50 mil

Em 2025, a mineração caminha para atingir um novo crescimento. Até 10 de março, última atualização dos dados pela ANM, tinham sido pagos R$ 4,08 milhões em royalties no Ceará. O montante já representa 22,94% do total pago no último ano.

Infraestrutura

O secretário estadual Hélio Winston (Infraestrutura) vai representar o governo cearense no Consórcio Nordeste, no que diz respeito aos debates sobre infraestrutura na Região. Papel importante em ano decisivo para obras cruciais no desenvolvimento dos estados, como Transnordestina, e o debate por mais transmissão de energia.

Teste

O projeto de lei que isenta pessoas com salário de até R$ 5 mil e taxa os contribuintes que ganham mais de R$ 1 milhão vai ser o teste de fogo para deputados e senadores mostrarem compromisso com as contas públicas do País. Chega de proteger os super ricos e penalizar os pobres.

Supermercados

A Pratile chega ao Ceará via Supermercado Pinheiro, Super Lagoa, Atacadão Lag e Super do Povo. Marca própria dessas redes, a Pratile busca a oferta de preços mais em conta e tem no mix de ovos, frutos secos, achocolatado até peta, macarrão instantâneo, sacos para lixo e potes herméticos. Alexandre Pinheiro, diretor comercial do Supermercado Pinheiro, diz à coluna que a iniciativa visa a fidelização dos clientes e ainda existe a promessa de novos itens em 2025.

37

toneladas de resíduos eletrônicos foram recolhidos pelo Vivo Recicle junto aos consumidores da operadora, colaboradores e estudantes de escolas beneficiadas por iniciativas da Fundação Telefônica Vivo. O número representou um crescimento de 208%, frente às 12,1 toneladas do ano anterior.

Foto do Armando de Oliveira Lima

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