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Alta tecnologia para super prédios
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Jornalista, repórter especial do O POVO, tem mais de dez anos de experiência em jornalismo econômico

Alta tecnologia para super prédios

Técnicas e equipamentos usados por construtoras e a indústria da construção dota mercado cearense de maior competitividade
Beira Mar é a área mais visada pelos empreendimentos em Fortaleza (Foto: whatsapp o povo)
Foto: whatsapp o povo Beira Mar é a área mais visada pelos empreendimentos em Fortaleza

Tendência no mercado imobiliário de Fortaleza, os super prédios demandaram novas práticas construtivas, materiais e equipamentos para garantir segurança e qualidade em edifícios cuja altura supera os 150 metros. Nos últimos três anos, nos quais os arranha-céus começaram a ser erguidos, construtoras e indústrias desenvolveram e adaptaram esses elementos, dotando o mercado local de tecnologia de ponta e mais competitividade.

Modernização que vem desde a indústria, como mostra a Apodi. A cimenteira desenvolveu o "Mystic" (HPC - High Performance Concrete), com resistência entre 60 e 100 megapascal (MPa, na sigla da medida que mede a resistência à compressão do material), e o "Ultra" (UHPC - Ultra-High Performance Concrete), com resistência acima de 100 MPa.

Os dois produtos de alta performance atendem uma demanda por inovação e sustentabilidade nas obras e foram projetados pela Apodi Expert - braço técnico e de desenvolvimento da companhia.

"Essas inovações permitem a construção de pilares e vigas mais resistentes e menores, reduzindo o peso das estruturas e a quantidade de concreto e aço utilizados. A redução não só diminui as emissões de CO2 em até 30%, como também aumenta a área interna das edificações, possibilitando mais vagas de garagem e espaços úteis, por exemplo", explicou Mário Guilge, Gerente de Produtos, Serviços e Assessoria Técnica da Cimento Apodi à coluna.

Além do cimento de alta adesão e resistência, Dimitry Cysne, engenheiro da Colmeia, contabiliza 17 práticas inovadoras usadas pela empresa na construção do One - o super prédio da construtora na Beira-Mar. Parte delas foi trazida do exterior e adaptada à realidade cearense.

No trabalho, os profissionais observaram aspectos que envolvem maresia, velocidade do vento e incidência de raios solares, principalmente, para que as técnicas e equipamentos tenham o máximo de eficiência aproveitada. Ou seja, evita que o prédio balance como é visto em vários vídeos nos arranha-céus de Balneário Camboriú.

"A gente não queria que o nosso prédio passasse por aquilo, então, fomos a uma empresa especializada da Inglaterra para usar o que eles chamam de túnel de vento. No resultado, o nosso prédio pode balançar até 4,87 centímetros. Isso é muito pouco", conta sobre mais uma técnica utilizada pela Colmeia. Cysne explica que foi avaliado a velocidade média do vento nos últimos 10 a 20 anos e o sentido aplicado sobre a estrutura para que, ciente disso, o projetista tomasse as decisões mais adequadas.

Presente nos arranha-céus de Balneário, a Atlas Schindler disse ter sido procurada por todas as construtoras do Ceará com projetos de super prédios para a instalação de elevadores. Carolina Conceição, gerente geral da empresa no Nordeste, aponta o Schindler 7000 como principal linha.

Os equipamentos da empresa projetados para este tipo de construção suportam de 630 quilos até 1,8 toneladas, com velocidade de 2,5 metros até 4 metros por segundo - no caso do transporte de pessoas. "Esse produto é o carro-chefe para os arranha-céus", aponta Joaquim Silvestre, gerente de vendas e novas instalações.

Mas, quando a demanda é levar o carro até a sala do dono do apartamento percorrendo até 500 metros de altura, a empresa desenvolveu outro elevador. O equipamento suporta de 800 quilos até 5 toneladas com velocidade de 2,5 metros por segundo até 10 metros por segundo.

Jorge Dantas, vice-presidente de Tecnologia do Sindicato da Construção do Ceará (Sinduscon-CE), aponta a aplicação dos equipamentos e das técnicas importadas ou desenvolvidas no Ceará como um componente a mais na competitividade dos cearenses. Isso porque a expertise adquirida com as novas construções é aplicada, com o tempo, nos demais edifícios projetados pelas empresas, dentro e fora do Ceará.

Biodegradável

O grupo cearense Prohospital ampliou a atuação em mais um segmento com a inauguração da Norclean. A fábrica está instalada em Fortaleza e teve R$ 4 milhões em investimentos para a produção anual de 100 toneladas de sacos de lixo preto, hospitalar infectante e hortifrúti. Itens que tem degradação total no meio ambiente estimado em quatro anos. Os sacos convencionais levam até 450 anos.

Confecções

O SindConfecções homenageia Maria Estela Braga, fundadora da Amarelô, com a comenda Beni Veras 2024. A entrega foi feita pelo presidente do sindicato, Daniel Gomes, ontem, 10, no Coco Bambu Iguatemi, em evento para convidados.

1

milhão de reais foram contabilizados pela Estação Fashion em apenas 12 horas na campanha Blackout Fashion, promovida no último dia 29. Previsto para entrar em atividade no segundo semestre de 2025, o empreendimento promoveu descontos de até R$ 12 mil para venda de espaços no shopping de moda.

400

mil reais foi o investimento da M7 Investimentos no novo escritório do Cariri. Localizada em Juazeiro do Norte, a unidade aposta na economia da região para a oferta de serviços financeiros da empresa. Hoje, a M7 já operacionalizou mais de R$ 10 milhões em crédito e atende mais de 150 clientes na sua vertical de assessoria de investimentos.

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