Logo O POVO+
Complexo do Pecém possui "muitas tratativas" para refinaria no Ceará, diz diretora
Foto de Beatriz Cavalcante
clique para exibir bio do colunista

Jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É editora digital de Economia do O POVO, onde começou em 2014. Atualmente, cursa MBA em Gestão de Negócios e está andamento de Certificação Internacional em Marketing Digital pela ESPM

Complexo do Pecém possui "muitas tratativas" para refinaria no Ceará, diz diretora

O período de pandemia também deixou as negociações para uma refinaria no Estado em espera. Em setembro de 2020, o Governo do Estado assinou memorando de entendimentos com a companhia brasileira Noxis Energy
Área de transporte de cargas do Porto do Pecém (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Área de transporte de cargas do Porto do Pecém

O Complexo do Pecém, que é 70% do Governo do Estado e 30% da holandesa Port of Rotterdam, ainda tem interesse em uma refinaria para o Ceará. A pandemia do novo coronavírus deixou as negociações em espera, mas Rebeca Oliveira, diretora executiva de Relações Institucionais do equipamento, revelou que ainda existem documentos de interesse e muitas tratativas para a instalação no Estado.

LEIA TAMBÉM | Terminal Marítimo de Fortaleza será usado para eventos com paralisação da concessão na pandemia 

Complexo do Pecém fecha acordo comercial e técnico com Porto e Zona Franca de Sohar 

Ela realizou apresentação no Fórum Aduaneiro da 3ª Região Fiscal - CE, MA, PI - realizado pela Receita Federal, nesta quarta-feira, 23.

Inicialmente, o Complexo do Pecém, que teve inauguração oficial do Terminal Portuário em março de 2002, há 19 anos, foi desenhado para receber uma siderurgia e uma refinaria, o que não aconteceu com a desistência da Petrobras no projeto Premium II, em 2015, deixando prejuízos em investimentos de aproximadamente R$ 596 milhões à época.

Mas o sonho de um equipamento de refino deste porte vem desde a década de 1970 e não é a primeira vez que o Governo do Estado assina memorando de intenções para implantação de refinaria.

LEIA MAIS | Qair Brasil calcula investir US$ 6,8 bilhões de olho no hidrogênio verde do Ceará

ESPECIAL OP+ | O caminho do Ceará para conquistar o mundo com energia limpa

+ Qair Brasil prevê conclusão de novo complexo eólico em Trairi até dezembro

+ Governo Federal vai realizar estudo de potencial eólico da costa Norte-Nordeste

Após desistir da Premium II no Ceará, a Petrobras ainda tentou negociar, em 2017, com o Governo do Ceará, para ser sócia de nova refinaria em parceria com investidores chineses da Guandong Zhenrong Energy e os iranianos da National Iranian Oil Company. Haveria convênio entre o Estado e o Banco do Brasil (BB). Seriam utilizados todo acervo técnico de estudos da estatal sobre a Premium II. O investimento variava entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões à época.

Já em setembro de 2020, o governador Camilo Santana (PT) assinou um memorando de entendimento para a instalação de uma refinaria de petróleo na área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE-CE), a cargo da companhia brasileira Noxis Energy.

O valor total do investimento para a implantação do projeto é de R$ 4,240 bilhões, gerando 150 empregos diretos e cerca de 3.000 indiretos.

As etapas antes da pandemia eram de licenciamento ambiental e implantação prevista para ocorrer no máximo em 30 meses.

Sediada no Rio de Janeiro, a Noxis Energy atua na área de refino de petróleo com plantas em processo de instalação em locais estratégicos ao longo da costa brasileira. No Ceará, a refinaria de petróleo teria como principal produto o óleo combustível marítimo (bunker), com a capacidade de refino de 50.000 BBL/dia, e quando totalmente implantada a produção prevista é de 1.500.000 (hum milhão quinhentos mil) toneladas/ano de combustível, até 2025.

Por enquanto, o projeto mais avançado é o do Hub de Hidrogênio Verde do Estado. A francesa Qair, por exemplo, pretende instalar até 2030 cerca de 2240 MW de produção de hidrogênio. E produção de hidrogênio verde e também de hidrogênio azul. É um projeto a ser dividido em quatro fases, de 540 MW cada. A principal fonte de produção da Qair será o parque eólico offshore que está sendo desenvolvido no litoral de Acaraú (de 1,2 GW de capacidade, que pode ser dobrada, e investimento de US$ 2,4 bilhões).

Live Economia na Real sobre o Hidrogênio Verde


 

Foto do Beatriz Cavalcante

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?