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Alguns deputados não compreenderam importância do hospital da Uece, diz Camilo
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Alguns deputados não compreenderam importância do hospital da Uece, diz Camilo

O governador cearense criticou a falta de compreensão dos deputados em relação ao hospital da Universidade Estadual
Tipo Opinião
Governador Camilo Santana em visita às obras do Hospital Universitário da Uece, acompanhado de políticos (Foto: Thais Mesquita)
Foto: Thais Mesquita Governador Camilo Santana em visita às obras do Hospital Universitário da Uece, acompanhado de políticos

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Ogovernador Camilo Santana (PT) lamentou nesta quinta-feira, 9, que parte dos congressistas do Ceará não tenha destinado emendas de bancada para a obra do Hospital da Universidade Estadual do Ceará (Uece), atualmente em construção em Fortaleza. Em novembro, a base do petista tentou articular o envio conjunto de metade das emendas coletivas do Estado para o financiamento da unidade, mas a articulação acabou sendo inviabilizada por deputados e senadores da oposição.

"Cada estado tem direito a uma emenda de bancada, que não é a mesma coisa da individual. Essa emenda de bancada é utilizada geralmente para projetos estruturantes para o estado, obras que tenham um impacto ou regional ou no estado inteiro. E nada melhor que um hospital desse porte, que será o maior hospital do estado, o 1º universitário, e ao longo dos anos nós vínhamos acordando isso", disse Camilo, durante entrega de novos setores do Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar, no Centro de Fortaleza.

"Infelizmente, alguns deputados, lamentavelmente, por não compreenderem a importância do hospital, por não compreenderem a importância da saúde pública, se recusaram a colocar esses recursos. Mas isso não significa que impactará na conclusão das obras. O hospital está em plena execução da obra, dentro do cronograma, e a meta é estar funcionando, estar pronto, em dezembro de 2022. O Estado está colocando todos os recursos necessários (...) foi uma minoria que não colocou", disse ainda.

Articulação

Originalmente, a base governista tentou articular, sob coordenação do senador Cid Gomes (PDT), o envio de R$ 180 milhões das emendas coletivas para o governo Camilo Santana (PT) - para a obra do Hospital da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece) - além de repasses para a Prefeitura de Fortaleza e órgãos federais.

O acordo precisava da anuência de três quartos da bancada do Estado na Câmara dos Deputados e de dois dos três senadores cearenses para sair do papel. Sete deputados, no entanto, rejeitaram as propostas dos governistas, que chegaram a "baixar" a oferta para o envio coletivo de apenas R$ 102 milhões para a construção do Hospital da Uece. Sem o acordo, apenas os deputados governistas, principalmente os do PDT, enviaram emendas para o hospital universitário.

"Não tem sentido eles quererem impor como vamos usar nossas emendas. A oposição foi eleita com voto de oposição, como iríamos indicar verba para ações governistas?", disse Danilo Forte (PSDB), um dos que rejeitou o acordo. "Vou enviar as minhas para municípios que eu sei que precisam e que tenho base, como Itapajé, Canindé, Tejuçuoca, Irauçuba. No ano passado mesmo esse dinheiro foi essencial para ajudar esses municípios na crise".

Mauro volta ao governo

O deputado federal Mauro Filho (PDT) assumirá mais uma vez a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) do governo Camilo antes do fim deste ano. A ideia de Mauro, que voltou ao Legislativo no início de novembro durante a polêmica do novo Auxílio Brasil, é fechar as próprias contas de gestão, além de cumprir uma série de compromissos com o governador. O retorno ocorrerá antes de janeiro, quando Camilo deverá exonerar todos os secretários que pretendem disputar eleições em 2022.

Camilo e União Brasil

O governador Camilo Santana afirma que ainda trabalha para manter o União Brasil, sigla que será criada a partir da fusão do PSL e do DEM, dentro de sua base aliada no Ceará. "Aquilo que for preciso para que o União Brasil esteja sob a liderança dos nossos aliados, nós vamos trabalhar para isso. Vamos nos colocar à disposição para isso, porque é um partido importante aqui para o Ceará", diz.

Atualmente, o comando da legenda no Ceará é objeto de disputa entre o senador Chiquinho Feitosa (DEM), que tenta puxar o partido para a base do PT e do PDT, e o oposicionista Capitão Wagner (Pros), que tenta disputar o Governo pela sigla. Enquanto Wagner diz já contar com o comando da sigla, governistas insistem que quadro segue em aberto.

 

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