24ª Mostra de Cinema de Tiradentes anuncia 13 longas nas competitivas do evento
João Gabriel Tréz é repórter de cultura do O POVO e filiado à Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine). É presidente do júri do Troféu Samburá, concedido pelo Vida&Arte e Fundação Demócrito Rocha no Cine Ceará. Em 2019, participou do Júri da Crítica do 13° For Rainbow.
A partir do próximo dia 22 de janeiro, o calendário de 2021 do cinema brasileiro será aberto com o início da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes, um dos principais eventos do setor que apresenta rico recorte da produção contemporânea do País. Neste ano, a realização será majoritariamente virtual. A organização já anunciou os longas que participam das mostras competitivas Aurora, a principal, e OlhosLivres, voltada para diversidade de olhares e formas audiovisuais. Entre os 13 longas selecionados no total, um é cearense: “Rodson ou (Onde o Sol não Tem Dó)”, de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra, que participa da Olhos Livres.
Junto de “Rodson”, foram selecionados os longas gaúcho “Irmã”, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes; “Amador” (MG/GO), dirigido por Cris Ventura; o carioca “Subterrânea”, de Pedro Urano; o mineiro "Nuhu yagmu yõg hãm: Essa terra é nossa!”, dirigido por Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero; e o baiano “Voltei!”, da dupla Ary Rosa e Glenda Nicácio. Além das exibições dos filmes, estão previstos debates com realizadoras e realizadores nos dias 29 e 30 de janeiro, sempre às 13 horas.
O filme cearense, produção independente do Coletivo Chorumex, se passa nos anos “pré-3000” em um contexto onde Rodson, personagem principal, tem os instintos artísticos reprimidos porque “arte é crime”, “refletir é proibido” e “ler não existe mais”. O longa foi selecionado para outros eventos virtuais anteriormente, como a 14ª CineBH. Anteriormente, já havia sido divulgada a presença de quatro curtas do Estado na programação.
Compõem a Mostra Aurora, principal competitiva de Tiradentes, os filmes baianos “Açucena”, de Isaac Donato, “Rosa Tirana” (BA), de Rogério Sagui, e “Eu, Empresa”, co-produção com Minas Gerais, de Leon Sampaio e Marcus Curvelo; e ainda o catarinense “Oráculo”, de Melissa Dullius e Gustavo Jahn; o mineiro “Kevin”, de Joana Oliveira; o paranaense “A Mesma Parte de um Homem”, de Ana Johann; e o carioca “O Cerco” (RJ), de Aurélio Aragão, Gustavo Bragança e Rafael Spíndola.
Os filmes da Mostra Aurora serão disponibilizados em diferentes datas ao longo do evento e poderão ser assistidos por 48 horas. Toda manhã após a estreia de cada filme contará com debate sobre a obra. O tema “Vertentes da criação” norteará Tiradentes nesta edição, proposição que busca pensar ímpetos e contextos de processos criativos. A homenagem do ano vai para a cineasta Paula Gaitán, que apresenta oito obras no evento.
A Mostra tem histórico de participação cearense. Em 2020, dois longas cearenses participaram da Mostra Aurora: “Canto dos Ossos”, de Petrus de Bairros e Jorge Polo, que foi o vencedor do evento, e “Cabeça de Nêgo”, de Déo Cardoso. Outros dois longas do Ceará foram exibidos em sessões fora de competição: “Escravos de Jó”, de Rosemberg Cariry, e “Pacarrete”, de Allan Deberton. “Sertânia”, coprodução Ceará-Bahia dirigida por Geraldo Sarno, participou da Mostra Olhos Livres em 2020.
"Açucena” (BA), de Isaac Donato “Oráculo” (SC), de Melissa Dullius e Gustavo Jahn “Rosa Tirana” (BA), de Rogério Sagui “Kevin” (MG), de Joana Oliveira “A Mesma Parte de um Homem” (PR), de Ana Johann “O Cerco” (RJ), de Aurélio Aragão, Gustavo Bragança e Rafael Spíndola “Eu, Empresa” (BA/MG), de Leon Sampaio e Marcus Curvelo
Mostra Olhos Livres
“Irmã” (RS), de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes “Amador” (GO/MG), de Cris Ventura “Subterrânea” (RJ), de Pedro Urano “Nh yãg m yõg hãm: Essa Terra é Nossa!” (MG), de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero “Rodson ou (Onde o Sol não Tem Dó)” (CE), de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra “Voltei!” (BA), de Ary Rosa e Glenda Nicácio
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