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Não foi por política que Camilo deixou de ir a ato com Bolsonaro
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Não foi por política que Camilo deixou de ir a ato com Bolsonaro

Governador entendeu que evento seria estímulo a aglomerações, que ele insistentemente pede para serem evitadas
Tipo Opinião
Bolsonaro na primeira visita ao Ceará, para chegada das águas da transposição do São Francisco (Foto: JL ROSA)
Foto: JL ROSA Bolsonaro na primeira visita ao Ceará, para chegada das águas da transposição do São Francisco

A ausência dos governadores de Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte no evento de sexta-feira, 26, com Jair Bolsonaro teve profundo significado político. Porém, o motivo para Camilo Santana (PT) estar ausente da chegada das águas da transposição do rio São Francisco não teria nada a ver com política. O governador cearense julgou inadequado a realização da solenidade no meio da pandemia, quando áreas do Ceará seguem sobre rígidas regras de isolamento, inclusive Juazeiro do Norte, onde o avião do presidente pousou. Camilo entendeu que seria incoerente ele fazer seguidos apelos para evitar aglomerações e ir para um evento que promoveu aglomeração. Ele entendeu que o evento - e sua eventual presença - seria um estímulo a aglomeração.

Por isso, ainda na manhã de sexta-feira, ele publicou em suas redes sociais que apenas após a superação deste "grave momento de pandemia" ele visitará a transposição - com as águas já no Cinturão das Águas, do Governo do Ceará, que distribuirá as reservas que chegarem do São Francisco pelo Estado.

Não é do estilo de Camilo deixar de ir a eventos institucionais por divergências políticas. É conciliador por natureza. Na onda de ataques de janeiro de 2019, ele posou em foto ao lado de Sergio Moro, para ira do PT. Na época, Luiz Inácio Lula da Silva ainda estava preso. Mas, claro, não deixa de ter adquirido significado político o estímulo ou a restrição às aglomerações.

A assessoria de Camilo disse ainda que não houve qualquer combinação entre os governadores para deixarem de ir ao evento. Embora fosse estranho ter gestores de outros estados em evento no Ceará sem a presença do governador cearense.

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