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Lira telefona para Guimarães para resolver violência na Câmara
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Lira telefona para Guimarães para resolver violência na Câmara

"A violência perpetrada na Câmara precisa ser debelada. Passaram de todos os limites", diz José Guimarães
PRESIDENTE da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Foto: LULA MARQUES)
Foto: LULA MARQUES PRESIDENTE da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

A confusão no Conselho de Ética quando da análise do caso da possível rachadinha de André Janones e o mal-estar de Luíza Erundina na Comissão de Direitos Humanos acendeu o alerta na Câmara dos Deputados: é preciso dar um basta nessas situações. O movimento já começou. Nesse domingo, 9, o presidente da Casa, Arthur Lira, conversou com o líder do governo, José Guimarães. Nesta segunda-feira, o diálogo será com os líderes partidários. O objetivo é acabar com as agressões entre os deputados.

“A violência perpetrada na Câmara precisa ser debelada. Passaram de todos os limites. Agressões, brigas, não tem mais convivência respeitosa na Câmara e precisamos dar um basta nisso”, afirmou o Guimarães.

Ao ser perguntado quais providências poderiam ser tomadas para cessar a violência na casa, o líder de Lula na Câmara apontou que até mesmo a suspensão de mandato é possível. “Suspensão de mandato, tirar direitos… não é possível! A mesa diretora pode tomar providências até a resolução do Conselho de Ética. Aquele plenário, olha, os restos do Ulysses Guimarães devem se tremer. A qualidade do Congresso caiu demais!”, avaliou.

PEC das Praias: Cid e Janaína são contra e Girão sobe no muro

A Proposta de Emenda à Constituição que pode autorizar a venda de terrenos de marinha, conhecida como PEC das Praias, entrou na gaveta do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, mas a polêmica continua. Este colunista entrou em contato com os três senadores que representam o Ceará para saber a posição deles quanto ao texto.

Cid Gomes e Janaína Farias, governistas, se manifestaram contrários à PEC, relatada por Flávio Bolsonaro. Já o integrante da oposição, Eduardo Girão, achou que ainda é cedo para se posicionar. “Estou solicitando uma sessão temática no Plenário para ouvir a sociedade sobre esse tema tão polêmico. Não pode ser votado a toque de caixa no Senado”, limitou-se a dizer o senador do Novo.

O texto, contudo, não vai avançar na Casa. Questionado por representantes do presidente Lula, Rodrigo Pacheco já disse que vai segurar a tramitação da proposta. A má repercussão do projeto foi um dos motivos que fizeram os parlamentares colocarem os dois pés atrás: na consulta pública do Senado, 98% dos 160 mil votantes são contra a privatização.

Para não se indispor com a oposição, Rodrigo Pacheco diz que quer discutir mais o projeto. Contudo, sete requerimentos de audiências públicas já foram protocolados nos últimos 10 dias e nenhuma delas está marcada.

Presidência da Câmara deve permanecer com nordestino

O martelo só será batido em fevereiro de 2025, mas a Câmara dos Deputados, casa que comporta 513 parlamentares, deve continuar comandada por um deputado nordestino. Os três favoritos são Elmar Nascimento (União-BA), Antônio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Já o vice de Lira, Marcos Pereira (Republicanos-SP) perdeu força com a retirada do apoio de Jair Bolsonaro.

A disputa, aliás, deve contrapor, mais uma vez, Lula e Bolsonaro. O favorito do atual presidente é Antônio Brito. A articulação, aliás, conta com o apoio de parte do União Brasil. Seria uma articulação para colocar Davi Alcolumbre na presidência do Senado Federal e o PSD, de Rodrigo Pacheco, não ficar sem representantes.

A manobra é complicada, já que Elmar Nascimento conta com o apoio de Arthur Lira e flerta com o PL, partido de Bolsonaro e dono da maior bancada na Casa Baixa. A disputa vai se intensificar no segundo semestre deste ano, mas é grande a probabilidade da cadeira ser ocupada por um baiano.

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