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Congresso abre CPI e quer aprovar leis contra o crime organizado
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Congresso abre CPI e quer aprovar leis contra o crime organizado

Na esteira da operação mais sangrenta do Rio de Janeiro, Brasília quer responder à altura. Crítica de Cláudio Castro não pegou bem no Congresso Nacional
A pedido dos familiares, os corpos de mortos durante operação policial no Rio de Janeiro foram expostos para registro da imprensa, e depois foram cobertos com lençóis (Foto: FABIO PORCIUNCULA / AFP)
Foto: FABIO PORCIUNCULA / AFP A pedido dos familiares, os corpos de mortos durante operação policial no Rio de Janeiro foram expostos para registro da imprensa, e depois foram cobertos com lençóis

A operação realizada no Rio de Janeiro nesta semana movimentou o Congresso Nacional. As duas casas legislativas atuam para responder ao crime organizado e às críticas feitas pelo governador do estado, Cláudio Castro, que disse estar sozinho no combate às facções.

As ações já começaram. O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, determinou a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as ações do crime organizado.

A CPI vai iniciar os trabalhos na próxima terça-feira, 4, para apurar a estruturação e o funcionamento das facções criminosas e das milícias. “É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, afirmou Davi Alcolumbre.

Na Câmara, dois projetos de Lei devem ser votados ainda em novembro: o PL anti-facção, que ainda vai ser enviado pelo Ministério da Justiça ao Parlamento, e o PL que equipara as ações do crime organizado ao terrorismo. Este último já está com tramitação avançada na Casa.

O autor, Danilo Forte (União Brasil), já se reuniu com o relator, Guilherme Derrite (PP-SP), para conversar sobre o texto. Derrite vai deixar a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para encarar o desafio.

Governo não apoia PL de Danilo

O Governo Federal é contra o PL feito por Danilo Forte. Na visão de parlamentares governistas, principalmente do PT, a iniciativa pode abrir espaço para ações externas, como os Estados Unidos estão fazendo na Venezuela. “Nossas prioridades são o PL anti-facção e a PEC da Segurança Pública” disse Lindbergh Farias.

Segundo Lindbergh, o governo também vai fechar o cerco contra o crime organizado no Rio de Janeiro. A ideia é fazer uma megaoperação, nos moldes da realizada em São Paulo - a Operação Carbono Oculto - para seguir o dinheiro e prender os ‘testas de ferro’ do Comando Vermelho.

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