 
          Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
 
          Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará
 
            É bom manter distância de quem comemora a morte. Nem a Canção do Soldado assim o faz. Diz a letra: "A guerra só nos causa dor". Assim, lamentar a morte do inimigo em plena guerra não reduz o mérito do vencedor. Ao contrário, reafirma a sua condição de humano. Desde os primórdios, o lamento aparece em escritos religiosos e também filosóficos. Não chega a ser um carpir, um lamuriar, mas a lástima por uma vida perdida. E esta pode ser do algoz que intentou contra a sua. Apenas a circunstância deve ser a razão para o abate.
Na megaoperação com mais de 130 mortos no Rio de Janeiro houve uma tragédia. E esta é a definição ainda que sejam mesmo criminosos em confronto com a Polícia todos aqueles que pereceram naquela terça-feira. Afora isso, houve quatro agentes do estado mortos. O poeta inglês Wilfred Owen, um combatente na Primeira Guerra Mundial, trucidado em conflito, escreveu que o inimigo não era o oponente, mas a própria guerra.
Ante as cenas pavorosas de corpos enfileirados, outra trincheira emergiu, a da política. Ou melhor, a disputa eleitoral de 2026. Os polos rapidamente buscaram se posicionar para, sobre os cadáveres, instalarem palanques. Contra a ação policial, o discurso de que a "vitória" celebrada pelo governador Cláudio Castro (PL) foi na verdade de Pirro. Ou seja, uma vitória tão cara que, na prática, equivale a uma derrota.
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O caos na Cidade e os riscos para a população sustentam as críticas. Do Governo Federal, a fala do ministro da Fazenda Fernando Haddad criticando a eficácia e dizendo que o alvo deve ser o pulmão financeiro da facção atacada. Aliás, para hoje, é esperado o envio pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional do projeto de lei chamado de antifacção, para atualizar a Lei das Organizações Criminosas e outras normas.
Lula sabe que a maré positiva após o discurso de soberania servido de bandeja pelo bolsonarismo (jeca e lesa-pátria) não resiste muito tempo. Fica evidente que a União deve ter alguma atitude, ainda que a pauta seja estadual, porque as facções são nacionais.
Do pólo opositor, um púlpito com um grupo de governadores da oposição repetiu um modelo adotado pelos governadores do Nordeste na época da pandemia. Montaram um intitulado "Consórcio da Paz". Ao lado do governador fluminense, estavam Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Eduardo Riedel (PP-MS).
Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) foi por videoconferência (não gerou uma fotografia) e Ibaneis Rocha (MDB-DF) enviou a vice, Celina Leão (PP). Em suma, falam em compras conjuntas e compartilhamento de informações. Na entrelinha, um contraponto a Lula e à PEC da Segurança. Veem perda de autonomia.
Enquanto isso, fora dos gabinetes, as pessoas que moram nas comunidades dominadas por facções criminosas, não apenas no Rio, mas Brasil afora, incluindo o Ceará, sabem que a falta de leis não é o maior problema, mas sim o descumprimento das que há. Sabem também que operações policiais são temidas, pelo risco sobre suas cabeças, contudo, não acham justo serem esquecidas pelo Estado, com barricadas do crime e pedágios diversos.
O que o País tem a dizer para elas? Não vai agir? Elas não querem morrer em operação policial, mas sonham em ver o Estado vencer a guerra. A paz querem com fervor.
 
	        
DUAS AÇÕES
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a próxima terça-feira, 4, o julgamento de duas ações que podem resultar na cassação e inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil).
O móvel das ações é outro. Ambos são acusados de usar contratações no Centro Estadual de Pesquisa e Estatística do Rio de Janeiro (Ceperj) para empregar cabos eleitorais, mas negam as acusações. Contudo, a polêmica a partir da megaoperação policial é o escudo de Cláudio. Cassá-lo agora seria criar um mártir.
ATACADO
Com pouco mais de dois meses de funcionamento, o Giga Mall diz que a segunda quinzena deste mês vem tendo ocupação máxima no Ibis Styles Fortaleza Giga Mall. São 120 quartos temáticos (é o modelo de Ibis mais descolado) e restaurante aberto ao público, auditório e acesso direto ao Shopping. O perfil dos hóspedes é predominantemente de negócios. Quem opera o hotel da rede francesa Accor é a Atrio Hotel Management.
Elevador para carros - O Edge Condominium, residencial da Diagonal, em construção, terá elevador para carros até os apartamentos. Projetado pela TK Elevator, sobe com até três toneladas. Irá da garagem até os 47 andares dos moradores. Ao topo vai de 1,5 a 2 minutos.
COP30 - A Embrapa (orgulho nacional) terá 400 eventos que irão ocorrer nos cinco auditórios da AgriZone durante a COP30, em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro.
Finados - No próximo domingo, 2 de novembro, feriado de Finados, parte do comércio do Centro de Fortaleza estará de portas abertas. Os shopping centers também abrirão suas portas, seguindo o horário habitual de domingo: das 14h às 20h.
Tudo - A Azul manteve a liderança no transporte aéreo de passageiros em Pernambuco no mês de setembro, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Declara 266,5 mil clientes no último mês. Recife é o principal hub da Azul no Nordeste.
 
 
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