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Até o Papa argentino se rendeu a Pelé, o maior jogador da história do futebol
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Até o Papa argentino se rendeu a Pelé, o maior jogador da história do futebol

Entre Messi e Maradona, Papa Francisco elegeu Pelé como o seu jogador preferido. A resposta veio em uma entrevista a Gian Marco Chiocchi, diretor do telejornal TG1, emissora italiana
Tipo Opinião
Pelé morreu aos 82 anos, em 29 de dezembro de 2022 (Foto: Franck FIFE / AFP)
Foto: Franck FIFE / AFP Pelé morreu aos 82 anos, em 29 de dezembro de 2022

A entrevista do Papa Francisco, argentino nascido em Buenos Aires, me surpreendeu. Entre Messi e Maradona, Francisco elegeu Pelé como o seu jogador preferido. A resposta veio em uma entrevista a Gian Marco Chiocchi, diretor do telejornal TG1, emissora italiana.

Até o Papa argentino se rendeu aos talentos do eterno camisa 10 da Canarinho. Vale ressaltar que a pergunta do jornalista não mencionava Pelé entre as opções, mas apenas Messi e Maradona.

A conversa aconteceu um dia após Messi conquistar a sua oitava Bola de Ouro, premiação da revista France Football que elege o melhor jogador do mundo a cada temporada.

"Eu direi um terceiro: Pelé", começou Francisco. "Destes três, para mim, o maior é Pelé. Um homem de coração. Eu falei com Pelé, uma vez o encontrei em um avião quando estava em Buenos Aires. Nos falamos. Um homem de uma humanidade tão grande. Os três são grandes, mas cada um com sua especificidade", contou o Papa.

O pontífice exaltou os feitos de Maradona dentro de campo, mas pontuou a conduta do craque argentino, morto em novembro de 2020, fora das quatro linhas.

"Maradona foi grande como jogador, mas falhou como homem. Coitado, escorregou com a corte de quem o louvava e não o ajudava. Ele veio me encontrar aqui no primeiro ano do pontificado e, depois, coitado, teve aquele fim."

Papa rasgou ainda elogios ao atual camisa 10 da seleção argentina, campeã mundial em 2022. "Messi é corretíssimo, é um cavalheiro. Messi é forte hoje em dia e Pelé era forte também."

E Pelé é gigante mesmo. Um gênio da bola que por vezes tem seu reinado dentro de campo questionado ou até mesmo comparado. Uma blasfêmia.

É o único tricampeão mundial. Ganhou tudo sorrindo com os pés. Até o gol que ele não fez virou uma marca. E os gols que Pelé fez foram imortalizados.

A entrevista do Papa me fez resgatar na memória o quão gigante Pelé é. É um revolucionário da bola. Lembro de duas coberturas marcantes envolvendo o Rei. A primeira, a reportagem especial sobre os 80 anos, que tive o prazer de escrever ao lado do amigo de redação André Bloc, editor-chefe do Cotidiano e colunista do O POVO.

A segunda foi sobre a morte de Pelé aos 82 anos, com o desafio de coordenar a cobertura e a edição do caderno de Esportes.

Foram dois períodos que me fizeram mergulhar na biografia de Pelé e ter contato com quem esteve próximo dele durante a carreira. Entre eles, Pepe, o "Canhão da Vila", que aceitou participar do especial em homenagem aos 80 anos do Rei e escreveu uma carta a mão destinada ao amigo ET. Confira aqui.

Outro contato que me marcou foi a conversa com Jairzinho, o "Furacão de 70", parceiro de ataque de Pelé na conquista do Mundial de 1970. Escrevi um texto sobre o papo com o ex-camisa 7. Além disso, as incontáveis histórias de bastidores do cantor Fagner com o Rei do Futebol.

Vale a pena revisitar Pelé. É revisitar o futebol, a magia e a paixão pelo esporte.

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