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Medalhas inéditas do Brasil na ginástica rítmica
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Medalhas inéditas do Brasil na ginástica rítmica

a 41ª edição do torneio, realizada na semana passada, no Rio de Janeiro, o Brasil conquistou duas medalhas de prata no conjunto: na prova geral e na série mista (três bolas e dois arcos)
As brasileiras conquistaram duas medalhas de prata inéditas no fim de semana (Foto: Mauro PIMENTEL / AFP)
Foto: Mauro PIMENTEL / AFP As brasileiras conquistaram duas medalhas de prata inéditas no fim de semana

Depois da canoagem, do tênis de mesa, da esgrima e do pentatlo, esportes que, até 2010, não tinham tradição de conquistas no Brasil —, chegou a vez da ginástica rítmica entrar para a lista de medalhistas em Mundiais.

Na 41ª edição do torneio, realizada na semana passada, no Rio de Janeiro, o Brasil conquistou duas medalhas de prata no conjunto: na prova geral e na série mista (três bolas e dois arcos). Vale lembrar que, em Olimpíadas, apenas a prova geral, com a soma de duas apresentações, vale medalha.

Nos Jogos de Paris, no ano passado, a equipe brasileira já aparecia como candidata ao pódio, após bons resultados em etapas da Copa do Mundo e o 6º lugar no Mundial de 2023. Na Olimpíada, depois de um 1º dia em que terminou na 4ª colocação, no 2º dia a atleta Victória Borges sofreu uma lesão na panturrilha e não conseguiu executar todos os movimentos. Sem a possibilidade de substituição, comprometeu a apresentação da equipe. O Brasil terminou em 9º lugar no geral, ficando fora da final, já que apenas as oito melhores avançaram. Uma enorme decepção.

Mas no Mundial em casa, a conquista veio. A medalha mais importante foi a da prova geral. Ao fim da série com três arcos e duas bolas, ao som de “Evidências”, o Brasil estava em 2º lugar, com 27.400 pontos, atrás da Bulgária (27.750). Na série de cinco fitas, as búlgaras fizeram apenas 25.400, contra 27.850 do Brasil. Porém, o Japão, que ocupava a 3ª posição, alcançou 28.350 pontos, superando o Brasil por 300 pontos na classificação geral. A Espanha ficou com o bronze. Detalhe: o Japão esteve fora da Olimpíada de Paris e havia terminado apenas em 13º lugar no Mundial de 2023.

A equipe brasileira contou com Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves, com o comando técnico de Camila Ferezin.

Na prova individual o Brasil também conseguiu um resultado significativo: colocou duas atletas na final entre 97 atletas. Bárbara Domingos terminou na 9º posição e Geovanna Santos, que errou muito na final e tinha condições de top-10, em 18º. A alemã Darja Varfolomeev, atual campeã olímpica, faturou o bicampeonato mundial.

A ginástica rítmica sempre foi dominada pela Rússia, que soma 10 ouros em 19 possíveis em Jogos Olímpicos. Com a suspensão do país devido à guerra contra a Ucrânia, outras nações passaram a se destacar, como Israel, Bulgária, Espanha e China. Agora, o Brasil entra nessa lista e terá chances reais de brigar por uma inédita medalha olímpica em 2028.

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