Jornalista, colunista de Economia da rádio O POVO/CBN; Coordenador de Projetos Especiais do Grupo O POVO DE COMUNICAÇÃO; Co-Autor do livro '50 Anos de Desenvolvimento Industrial do Ceará' e autor dos 'Diálogos Empresariais', dois livros reunindo depoimentos de líderes empreendedores do Estado do Ceará
A capacitação já ocorre no próprio campo, em diferentes regiões do Ceará. Somente assim ganhará o mercado nacional, competindo com queijos como o Canastra, de Minas
Quando você mexe na cultura para aprimora-la, o resultado chega transformador como um furacão. Sobretudo nas manifestações de seculares ancestralidades, transmitidas de geração a geração. Isto vale para a dança, a arte visual, a escrita, a moda, o artesanato em suas diferentes formas: renda de bilro, a cerâmica, o couro, a pesca.
Isto ocorreu há duas décadas no Ceará, quando a então Secretária de Cultura, Cláudia Leitão, restaurou e deu forma às diferentes manifestações culturais do estado, a partir do projeto de resgate de talentos e experiências dos mestres da cultura, titulares dos ensinamentos de seus antepassados.
Contribuindo com as habilidades nativas, por meio dessas políticas públicas chegaram as mentorias em inovação, criatividade, design, manejo de ferramentas ou instrumentos musicais, orientação para a acuidade nas cores e nos temperos, que terminaram por aprimorar o nosso artesanato em couro, renda de bilro, tear, danças, festas religiosas, madeira e culinária.
Foi o que ocorreu com a arte empreendedora do mestre Espedito Seleiro, bem como o design inovador das nossas quadrilhas juninas.
Aprimorando a matéria prima e o design sem descartar os valores tradicionais, o trabalho do genial artesão de Nova Olinda conquistou o mercado brasileiro e até internacional; modernos figurinos e graciosos arranjos temáticos deram novo encanto aos festivais juninos do Nordeste. O mesmo ocorreu com a nossa cachaça.
Foto: Arquivo pessoal
A premiada Malandrinha
Há dez anos o Sebrae atua no desenvolvimento da Certificação de Origem de alguns produtos do Ceará. Um deles, a cachaça produzida em Viçosa do Ceará, na Serra da Ibiapaba.
A conhecida qualidade da matéria prima, seus alambiques centenários de aroeira, jatobá e carvalho, o criterioso envelhecimento em seus sítios e a demanda seletiva da região ganharam robustez econômica com a consultoria do Sebrae-CE.
Da embalagem à padronização, design dos rótulos, fidúcia nas informações aos consumidores e inspeção criteriosa do Ministério da Agricultura, tudo junto resultou num produto premiado e reconhecido em concursos internacionais.
Uma dúzia de suas melhores marcas está exposta na CasaCor 2025 em Fortaleza, para venda e degustação. Saí de lá encantado com os sabores e qualidade das embalagens, apurados e elegantes como os mais famosos uísques escoceses.
O Sebrae promete para breve outras revoluções em nossas culturas e tradições. “Sem perder a ternura” e seu passado das velhas fazendas dos sertões nordestinos, em breve o nosso queijo coalho ganhará novo padrão de produção e qualidade.
A capacitação já ocorre no próprio campo, em diferentes regiões do Ceará. Somente assim ganhará o mercado nacional, competindo com queijos como o Canastra, de Minas. E, claro, com melhores ganhos na comercialização.
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