Por que Trump tornou-se um sujeito afável com o Brasil?
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Plínio Bortolotti integra o Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Por que Trump tornou-se um sujeito afável com o Brasil?
A ver o que acontecerá nos próximos capítulos, nesse clima burlesco de novela mexicana
Foto: LUDOVIC MARIN (AFP) e ANGELA WEISS (AFP)
Lula e Trump conversam remotamente
O que mudou na cabeça de Donald Trump para que ele saísse de uma posição ofensiva para vestir a capa de um homem cordato, que não resistiu ao “charme” do presidente Lula?
Que explique o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ferrenho opositor do PT, mas que declarou evitar encontros com o presidente brasileiro, temendo descontrole emocional: “Em três minutos de conversa com o Lula, você se apaixona. Ele é irresistível”.
Pelo jeito, Lula aperfeiçoou-se nas artes da sedução: para Trump bastaram 40 segundos para ele sentir uma suposta “química” a envolver os dois políticos oitentões.
Esse encontro fortuito (?) nos bastidores da reunião da ONU rendeu um telefonema, iniciativa de Trump, no qual ele e Lula acertaram uma reunião presencial, um “date”, digamos assim, que deverá acontecer brevemente.
Será a hora de selar compromissos para tentar salvar um relacionamento de mais de 200 anos entre os dois países, que quase chegou ao divórcio?
Porém, em todo novelão existe um antagonista invejoso que faz de um tudo para melar o relacionamento dos protagonistas. Justiça seja feita, até agora o ex-presidente Jair Bolsonaro, não se manifestou, apesar de já ter-se declarado com um “I love you” para Trump, no tempo em que circulava livremente.
Mas existem outros personagens tentando explodir a bolha idílica que hoje envolve os dois mandatários. Entretanto, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que pensavam ser os escolhidos do todo-poderoso, eram apenas instrumentos descartáveis, abandonados à beira do caminho.
À dupla, somente restou dizer que a simpatia de Trump com Lula, nada mais é do que uma armadilha para pegá-lo na curva. E o encarregado de pôr água no chopp da festa seria Marco Rubio. Porém, quem comanda o pagode é Trump — e Rubio, gostando ou não, terá de seguir suas orientações.
Para piorar a situação dos inconsoláveis, Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, o partido dos Bolsonaros, também entrou no clima, elogiando a amizade entre Trump e Lula. Pelo jeito, a “narrativa” de que o comportamento do presidente americano é apenas um truque para pegar Lula não emplaca nem entre a turma bolsonarista.
A ver o que acontecerá nos próximos capítulos nesse clima burlesco de novela mexicana.
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