
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) comparou seus anos de gestão do município de Fortaleza com a recente atuação de Evandro Leitão. “Eu com eu dia primeiro de junho, meu primeiro mandato, eu já tinha entregue o bilhete único para cidade inteira, tinha iniciado a reforma de 80 postos de saúde, tinha começado a reforma e construção de creches e de escolas”, diz.
Evandro comanda há cinco meses o Paço Municipal, e, conforme Roberto, as crises da Capital começaram a surgir neste período. "Em seis meses, a gestão do PT, que conta com o governo estadual, com o governo federal, não fez nada, a não ser produzir crises até agora e culpar os outros pelas suas próprias responsabilidades. Então é isso que a gente tá vivendo, tem uma enorme dificuldade de governar bem e essa é a verdade", enfatiza.
A fala ocorreu em coletiva após encontro da oposição, que buscou viabilizar estratégias contra o aumento do ICMS em âmbito estadual, nesta sexta-feira, 23. Na ocasião, estiveram presentes os deputados estaduais Antônio Henrique (PDT), Cláudio Pinho (PDT), Lucinildo Frota (PDT), Queiroz Filho (PDT), Dra Silvana (PL), Felipe Mota (União), Sargento Reginauro (União). Além dos parlamentares, o ex-deputado Capitão Wagner participou do encontro.
Roberto Cláudio voltou criticar o atual prefeito que hoje conta com o apoio do governo Estadual e Federal, mas que, segundo ele, “não ser produzir crises até agora e culpar os outros pelas suas próprias responsabilidades”.
“Prometeram o tal três vezes mais forte, que foi uma peça publicitária poderosa, né, que era simples de entender, porque se tiver todo mundo junto, não vai faltar nem dinheiro, nem apoio para resolver tudo. Era bem ‘facinho’ de entender, não era? E o povo generosamente ali acabou confiando nessa mensagem”.
O pedetista continuou: “Vamos fazer uma pergunta ao povo do Ceará. A vida melhorou ou a vida piorou? A economia, o bolso do cidadão melhorou ou piorou? A violência do Ceará melhorou ou piorou? As filas para a saúde, o atendimento da saúde melhorou (...) Então, todas as dimensões da vida com essa hegemonia, com todo esse poder na mão do PT, tá servindo só ao poder do PT”
Segundo o ex-prefeito as articulações com partidos de oposição são inevitáveis devido à gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) ao nível federal, estadual e municipal. “O Ceará chegou num estado de decadência moral e política e de processo em todos, não tem um indicador social e econômico será que tenha prosperado nesse ciclo do PT”, afirma. “Essa é a principal razão e a principal força união das oposições”, destaca.
RC já recebeu convites e acenos públicos para a migração de partido, um deles feito pelo União Brasil. No entanto, o pedetista avaliou ser cedo para definir decisão. “Isso é cedo e esse é um fator que a gente precisa agregar. Na hora que a gente, há um ano e 3, 4 meses antes da eleição, já define especificamente quem vai ser candidato ao quê, a gente não ajuda a construir essa união”, explica.
O pedetista ainda reforçou que mesmo com a possibilidade de mudança de agremiação, mantém uma relação de amizade com André Figueiredo (PDT), ex-presidente nacional da sigla e deputado federal pelo Ceará.
Com a presença de Capitão Wagner na reunião, o pedetista ainda relembrou o cenário das eleições de 2022. “Quando acabou a eleição em 2022, o (Capitão) Wagner foi candidato a governador, eu fui candidato a governador, o Wagner terminou em segundo, eu terminei em terceiro, mas ali, a partir dali, passamos com coerência a assumir o papel que a democracia nos impôs, que é de fazer oposição”.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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