
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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As mudanças no tempo de fala e na quantidade oradores passaram a funcionar nesta terça-feira, 27, na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor). Líderes das bancadas da casa legislativa se reuniram na última sexta-feira, 24, implementar medidas de melhorias nas atividades legislativas do plenário – uma delas é o alerta sonoro ao final dos tempos de fala.
Conforme 2º secretário da mesa diretora, vereador Aguiar Toba (PRD), cada parlamentar, no pinga-fogo, momento inicial de cada sessão, ainda possui três minutos para discurso, o que muda é a quantidade de inscritos. “Primeiro, nós temos o pinga-fogo. Cada vereador tem 3 minutos, antigamente falavam 10 vereadores, agora podem falar 15 vereadores. Nós ainda temos o grande expediente, nós temos as explicações pessoais”, diz.
Aguiar Toba complementa: “Na verdade, o que estamos tentando fazer é que essa casa seja mais pontual, que nós tenhamos mais pontualidade nas nossas explicações (...) Às vezes com conversas paralelas que tiram o foco real de administrar a casa”.
O vereador Bruno Mesquita (PSD), líder do governo Evandro Leitão (PT) disse que as mudanças ocorrem em razão das constantes interrupções feitas pelos próprios parlamentares. “Estávamos tendo várias interrupções em fala de colegas e no colégio de líderes. Decidimos que não pode haver isso aqui. É um poder onde todos têm que andar em harmonia por mais que defenda pautas diferentes”, explica.
Para o líder, as ordens devem acentuar o “respeito mútuo entre os colegas”. “Não somos como a Câmara Federal que lá são diferentes. Um é do Pará, outro é do Amapá (...) Vivemos no mesmo canto, no mesmo ambiente. Então, a gente também tem esse respeito mútuo de todos os colegas uns com os outros, para zelar aqui a casa que a gente pertence”, acrescenta.
Mediado pelo presidente da Casa, vereador Léo Couto (PSB), o encontro de líderes debateu também as publicações descontextualizadas das sessões legislativas publicadas pelos vereadores.
“Às vezes em um corte, a gente tira o sentido. Muitas das vezes o parlamentar é colocado no contexto diferenciado do que tava conversando e também a imagem do parlamentar é diferente da forma que foi passada, com mudança de cor, com a mudança do volume da fala, do jeito”, destaca Bruno Mesquita (PSD).
Mesmo sem delimitações ou regras sobre os conteúdos das postagens, o vereador Aguiar Toba enfatiza que vereadores podem “conversar para que a sua imagem não seja exposta de uma forma desnecessária e descabida”. “As bancadas são amigas, mesmo sendo de lados adversos – base ou oposição – a gente tem uma conversa franca, olha nos olhos, conversa com os vereadores após expor. Muitos deles pedem desculpas, dizem que não vai mais usar e fica tudo tranquilo nessa casa”, continua.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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