
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
Na bancada cearense da Câmara dos Deputados, 17 dos 22 parlamentares votaram a favor da derrubada dos decretos do Governo Lula sobre a sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O episódio repercutiu como uma das crises da gestão, tendo o apoio de deputados de base governista. Para o deputado federal Luiz Gastão (PSD), “o governo errou” com a pauta.
“Já estamos com um juro estratrosférico, com 15% pela Selic. Então, a cobrança do IOF ela tem um impacto ainda maior e, principalmente, nas micro e pequenas empresas, que às vezes precisam fazer antecipação de recurso ou operação de crédito para pagar sua folha de pagamento. Estavam quase dobrando o custo desse financimento por conta do valor do IOF”, justifica Gastão.
LEIA MAIS | Ação do PSOL leva discussão sobre alta do IOF para o Supremo
Por questões de agenda, o deputado não manifestou voto na discussão, mas afirmou: “O meu o meu posicionamento seria pela derrubada do decreto”. Pelo Ceará, somente os parlamentares petistas – Luizianne Lins, José Airton e José Guimarães – foram contrários.
“Com relação ao IOF, diferente do que querem pregar, de que é um imposto para rico, ele é um imposto principalmente para pobre. Todos tem um crediário e o crediário aumenta sua parcela por conta do IOF. O IOF atingia todas as operações financeiras”, sustenta. “O governo errou e o IOF ele ele trata justamente de penalizar o pequeno e não é o grande não”, continua.
Além de Gastão, deputados alinhados ao governo, como Junior Mano (PSB), Yury do Paredão (MDB) e André Figueiredo (PDT), foram favoráveis à derrubada. “O Congresso não é subordinado a Governo. O Congresso ele representa a população brasileira (...) ele é um poder e que quando o executivo faz alguma coisa que não está acordo com a população e com o setor, cabe a ele fazer sua manifestação”, destaca o deputado.
Ele continua: “Eu acho que o ministro Haddad errou com com relação à forma e com relação ao que ele colocou. Por isso, nem sempre o Congresso vai votar em 100% nas pautas favoráveis ao governo, nem o Congresso vai votar 100% contrário às pautas do governo. Quando forem e estiverem em sintonia com a sociedade, terá o apoio do Congresso, como sempre teve”, reforça.
O deputado ainda enfatizou as vezes em que as Casas Legislativas de Brasília apoiaram as pautas do Governo Lula. “O Congresso votou o arcabouço fiscal, eu fui, inclusive, o relator do aumento do salário dos funcionários públicos, que foi uma pauta do governo. Então, tem pautas que são pautas que que dizem respeito à sociedade e ao bem comum que nós vamos votar”, finaliza.
por Camila Maia - Especial para O POVO
Política é imprevisível, mas um texto sobre política que conta o que você precisa saber, não. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.