
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
Deputados estaduais do PDT que fazem oposição na Assembleia Legislativa do Ceará reagiram a movimentações dos vereadores para antecipar a saída do grupo do partido. O bloco é formado pelos deputados pedetistas Antônio Henrique, Claudio Pinho, Lucinildo Frota e Queiroz Filho, os quais integram o bloco contrário ao governo Elmano de Freitas (PT) na Alece.
A estratégia sugerida pelos vereadores é que os deputados desocupem as cadeiras da Assembleia para que o partido inicie a formação de chapa para a eleição do próximo ano. Pretendem disputar cargo de deputado estadual os vereadores Gardel Rolim (PDT), Kátia Rodrigues (PDT) e Paulo Martins (PDT), mas a indefinição sobre o futuro dos deputados vem causando incômodo internamente.
LEIA TAMBÉM | Vereadores querem "antecipar" saída de pedetistas que estão na oposição
Em entrevista ao O POVO, o deputado Cláudio Pinho destacou não ter interesse em deixar a sigla, mas não se opôs ao posicionamento dos vereadores. “Se o partido assim o deseja, que dê a carta de anuência, porque eu particularmente não pretendo sair, porém, se tem alguém que não me quer no partido, acredito que seria mais digno chegar, falar e entregar a carta de anuência para que a gente procure outro partido para se filiar”, declara Pinho.
Recentemente, os vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza se oficializaram como base ao governo Evandro Leitão, e a tendência é que o mesmo aconteça com a bancada estadual por decisão do presidente André Figueiredo (PDT). Apesar da definição, deputados estaduais tem permissão para continuar no movimento de oposição, segundo Claudio Pinho.
“Os vereadores agora estão pautando o partido em uma eleição que não é municipal, mas sim estadual. Esses mesmos vereadores há pouco tempo eram um dos maiores defensores do partido na oposição ao PT (...) Então, vamos aguardar, mas se for um desejo do partido, o correto seria o partido dar a carta de liberação para quem deseja sair”, pontua.
O deputado Lucinildo Frota, por sua vez, reconhece o movimento dos vereadores como “legítimo”, mas garante que continuará como oposição na Alece. Após a saída do ex-prefeito Roberto Claudio do PDT, o parlamentar antecipou ao O POVO a migração para o Partido Liberal (PL).
“É um direito deles. Eles querem manter o PDT com esse alinhamento à esquerda que apoia o governador Elmano, mas nós, deputados, temos até abril para se definir se saímos ou não do partido. Eu já tenho o posicionamento certo, não serei do PDT. Eles podem ficar tranquilos disso, mas os outros deputados, eu não posso garantir”, finaliza.
O presidente estadual André Figueiredo descartou a possibilidade de concessão de cartas de anuência para os deputados. “Nós nem podemos, porque existe uma resolução nacional do PDT proibindo isso”, diz. Em resposta à Vertical, ele afirma que o partido já conversa com todos os parlamentares no sentido de “garantir” que os quatro deputados de aliados à direita irão efetivamente deixar o partido. (Com informações de Rogeslane Nunes - Especial para O POVO)
por Camila Maia - Especial para O POVO
Política é imprevisível, mas um texto sobre política que conta o que você precisa saber, não. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.