
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
A deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins (PT) analisou a disputa interna do Partido dos Trabalhadores (PT) em meio ao Processo das Eleições Diretas (PED), o qual ocorre neste domingo, 6. Durante entrevista em Brasília na última quarta-feira, 2, a parlamentar afirmou que sempre foi “minoritária” em seus 36 anos de trajetória no partido e criticou o volume de filiações para formação de grupos majoritários.
“Desde que entrei no PT, apesar de tudo isso que falei, toda essa minha vida política, eu sempre fui minoritária no partido e por isso que não é fácil. É muito mais fácil se agarrar com a maioria para poder você conseguir o que você quer”, disse Luizianne, em entrevista ao colunista João Paulo Biage, do O POVO.
LEIA TAMBÉM | Eleição do PT: Grupo de Luizianne mantém candidaturas
Entre seus cargos no PT, a deputada federal relembrou a atuação na presidência municipal e estadual e na executiva nacional da sigla. Além das funções, Luizianne também foi vereadora, deputada estadual e prefeita pela legenda.
“Sempre fui minoria porque eu não queria abrir mão das minhas posições políticas, do que eu penso sobre as coisas, sobre governos, sobre partido, entende. E isso é muito bom porque a gente tem a condição de estar dentro e expressar o que a gente pensa no partido. É isso inclusive que diferencia o PT de outros”, pontua.
As declarações da parlamentar surgem em um contexto de aumento de filiados no partido. No Ceará, até 28 de fevereiro deste ano, data limite para participação de recém-chegados no PED, houve 39 mil filiações no PT, sendo 15 mil apenas em Fortaleza. Conforme Luizianne, número é equivalente aos de seus oito anos de gestão municipal.
“Fui prefeita durante oito anos, durante a prefeitura foi praticamente a mesma quantidade, que é natural. Quando você está no governo, as pessoas querem entrar no partido, mas em quatro meses foi mais ou menos a mesma quantidade de filiação de 8 anos. Então tem alguma coisa, alguma coisa errada ou então alguma coisa que fugiu”, argumenta.
Ela ainda destaca: “A gente tem que conservar, uma coisa é você brigar com petista, porque eu sou setor minoritário, e o majoritário é desde sempre, desde 36 anos atrás (...) outra coisa é você lidar com seres estranhos ao partido, que fizeram filiações estranhas ao partido, que prestaram conta com pessoas estranhas para poder fazer maioria. Isso precisa ser dito e se tiver que ser eu, tô dizendo”.
Os próximos dirigentes em nivel municipal, estadual e nacional serão definidos nas urnas pelos membros no próximo domingo, 6 de julho. No Estado, destacam-se as candidaturas de Conin (PT) atual presidente e da vereadora Adriana Almeida (PT). Já para municipal concorrem o ex-deputado Antonio Carlos (PT) e a vereadora Mariana Lacerda.
Mariana e Adriana disputam pelo Campo de Esquerda, liderado por Luizianne Lins. A deputada, por sua vez, não descartou a possibilidade de unidade com os outros campos – Campo Popular, ligado ao ministro Camilo Santana (PT) e ao governador Elmano de Freitas (PT) e Campo Democrático, de Guimarães – até data da votação. (Com informações de João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília)
por Camila Maia - Especial para O POVO
Política é imprevisível, mas um texto sobre política que conta o que você precisa saber, não. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.