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"Sempre fui minoritária no partido", diz Luizianne sobre disputa no PT
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"Sempre fui minoritária no partido", diz Luizianne sobre disputa no PT

A deputada criticou o número de filiações impulsionada por grupos majoritários e relembrou sua trajetória como "minoria" em seus 36 anos na sigla
Deputada federal Luizianne Lins (Foto: Reprodução/YouTube PT Ceará)
Foto: Reprodução/YouTube PT Ceará Deputada federal Luizianne Lins

A deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins (PT) analisou a disputa interna do Partido dos Trabalhadores (PT) em meio ao Processo das Eleições Diretas (PED), o qual ocorre neste domingo, 6. Durante entrevista em Brasília na última quarta-feira, 2, a parlamentar afirmou que sempre foi “minoritária” em seus 36 anos de trajetória no partido e criticou o volume de filiações para formação de grupos majoritários.

“Desde que entrei no PT, apesar de tudo isso que falei, toda essa minha vida política, eu sempre fui minoritária no partido e por isso que não é fácil. É muito mais fácil se agarrar com a maioria para poder você conseguir o que você quer”, disse Luizianne, em entrevista ao colunista João Paulo Biage, do O POVO.

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Entre seus cargos no PT, a deputada federal relembrou a atuação na presidência municipal e estadual e na executiva nacional da sigla. Além das funções, Luizianne também foi vereadora, deputada estadual e prefeita pela legenda.

“Sempre fui minoria porque eu não queria abrir mão das minhas posições políticas, do que eu penso sobre as coisas, sobre governos, sobre partido, entende. E isso é muito bom porque a gente tem a condição de estar dentro e expressar o que a gente pensa no partido. É isso inclusive que diferencia o PT de outros”, pontua.

PED do PT e "filiações em massa"

As declarações da parlamentar surgem em um contexto de aumento de filiados no partido. No Ceará, até 28 de fevereiro deste ano, data limite para participação de recém-chegados no PED, houve 39 mil filiações no PT, sendo 15 mil apenas em Fortaleza. Conforme Luizianne, número é equivalente aos de seus oito anos de gestão municipal.

“Fui prefeita durante oito anos, durante a prefeitura foi praticamente a mesma quantidade, que é natural. Quando você está no governo, as pessoas querem entrar no partido, mas em quatro meses foi mais ou menos a mesma quantidade de filiação de 8 anos. Então tem alguma coisa, alguma coisa errada ou então alguma coisa que fugiu”, argumenta.

Ela ainda destaca: “A gente tem que conservar, uma coisa é você brigar com petista, porque eu sou setor minoritário, e o majoritário é desde sempre, desde 36 anos atrás (...) outra coisa é você lidar com seres estranhos ao partido, que fizeram filiações estranhas ao partido, que prestaram conta com pessoas estranhas para poder fazer maioria. Isso precisa ser dito e se tiver que ser eu, tô dizendo”.

Os próximos dirigentes em nivel municipal, estadual e nacional serão definidos nas urnas pelos membros no próximo domingo, 6 de julho. No Estado, destacam-se as candidaturas de Conin (PT) atual presidente e da vereadora Adriana Almeida (PT). Já para municipal concorrem o ex-deputado Antonio Carlos (PT) e a vereadora Mariana Lacerda.

Mariana e Adriana disputam pelo Campo de Esquerda, liderado por Luizianne Lins. A deputada, por sua vez, não descartou a possibilidade de unidade com os outros campos – Campo Popular, ligado ao ministro Camilo Santana (PT) e ao governador Elmano de Freitas (PT) e Campo Democrático, de Guimarães – até data da votação. (Com informações de João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília)

 por Camila Maia - Especial para O POVO

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