Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A Comissão Nacional da Anistia, órgão ligado ao Ministério da Cidadania e dos Direitos Humanos, aprovou nesta quinta-feira, 30, nota de repúdio contra a letalidade da política de segurança pública do Rio de Janeiro empregada durante operação policial da última quarta-feira, 30, que terminou com 121 mortos no município.
Durante a sessão, foi aprovado também repúdio a manifestação recente do deputado federal André Fernandes (PL), que pediu “minuto de aplauso” na Câmara Federal em “homenagem” às mortes registradas durante o confronto. Embora a moção não cite diretamente o deputado, o repúdio faz menção ao pedido de aplausos registrado pelo parlamentar na quinta-feira.
Durante o debate, o conselheiro José Carlos Moreira da Silva criticou “naturalização” do emprego letal de forças de segurança, muitas vezes em detrimento de um pensamento mais estratégico para o setor. “Aí já está nas bocas das autoridades que eram bandidos, como se isso naturalizasse execuções sumárias. A pena de morte não existe no Brasil”, diz.
Cearense, o conselheiro Mário Albuquerque também questionou o teor letal da população, apontando inclusive “caráter eleitoral” na ação. A inclusão da fala do deputado na manifestação foi proposta pelo conselheiro Marcelo Uchôa, também cearense.
“Ele (André Fernandes) saúda a violência dessa forma grotesca, que é pedindo aplausos pelas mortes, e ainda dizendo que se fossem 200, 300, seria melhor ainda. O pior ainda é que foi atendido", disse Uchôa durante a sessão.
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