Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A Universidade Federal do Ceará (UFC) realiza mais uma edição do mutirão de elastografia hepática próximo sábado, 22, no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), equipamento do Complexo Hospitalar da UFC (CH-UFC). A iniciativa é promovida pela Liga de Radiologia da UFC, em parceria com residentes e com a supervisão do professor Jesus Irajacy, referência na área de imagem.
A elastografia é um exame que avalia a rigidez do fígado por meio de ultrassom, permitindo identificar graus de fibrose sem a necessidade de biópsia, um procedimento mais invasivo e com maior risco de complicações. Apesar de simples na execução, profissionais explicam que o exame ainda é pouco difundido por depender tanto de equipamentos específicos quanto de médicos capacitados.
Pacientes atendidos nos mutirões vêm diretamente da lista de espera do Sistema Único de Saúde (SUS), por encaminhamentos que entram no sistema integrado de saúde a partir de unidades básicas, hospitais ou outros meios. A convocação segue critérios como idade, tentativas anteriores de contato e prioridade clínica.
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Em média, cerca de 20 pessoas são examinadas a cada edição com a técnica que ajuda no acompanhamento de doenças hepáticas crônicas. O mutirão ocorre em um sábado do mês na unidade hospitalar universitária.
Coordenado pelo professor e médico-radiologista Jesus Irajacy, o projeto está em atividade há quatro anos. No período, estima-se que cerca de 400 pacientes tenham sido atendidos e, pelo aumento da demanda, número que corresponde ao tamanho inicial da fila quando o mutirão começou. A equipe é formada por alunos da graduação, médicos recém-formados e residentes de radiologia, que se revezam na execução dos exames e na formação prática.
Voluntário no projeto, o estudante de medicina Pablo Ernandes explica que a iniciativa tanto para desafogar a fila do SUS quanto para ampliar o acesso à formação especializada. “A elastografia requer não só equipamento especial como um médico que saiba realizar o exame. O ultrassom, por si só, já depende do médico, já a elastografia depende ainda outro grau de especialização (...) Essas somas de dificuldades atrapalham a difusão do exame, mas ele tem ganho força pela sua utilidade”, afirma.
por Camila Maia – Especial para O POVO
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