Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Com divergências expostas ao público no último final de semana, as falas de Michelle Bolsonaro contrariando a aliança do PL-CE com o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) ganharam posicionamento adverso do senador Flávio Bolsonaro (PL). Segundo Flávio, a escolha de candidatos para Governo Estadual se dará por grupo interno do PL, mas a palavra final continua sendo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A decisão sobre as candidaturas majoritárias nos Estados não é pessoal da Michelle, nem minha, nem de Valdemar. O mecanismo será uma discussão interna feita por um grupo, do qual ela faz parte, e depois a decisão final será, sempre, de Jair Messias Bolsonaro”, diz o senador ao colunista e correspondente do O POVO, João Paulo Biage, nesta segunda-feira, 1º.
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O senador enfatizou que “Michelle não é política e precisa entender que a forma de tomar uma decisão às vezes é mais importante do que a própria decisão”. Em evento de lançamento da pré-candidatura de Eduardo Girão (Novo) ao Governo do Ceará, Michelle foi teceu críticas direcionadas ao presidente do PL-CE, deputado André Fernandes, e ao seu grupo, o qual alimenta uma aliança com Ciro Gomes, cotado para o Abolição. “Se precipitaram”, afirma Michelle.
Em defesa do próprio posicionamento, André afirmou que a articulação teve aval de Bolsonaro. Como antecipou a Vertical, o senador Flávio Bolsonaro ligou diretamente para André após o episódio e tese de solidarização com o líder do PL Ceará se confirma com declaração recente do senador.
“A Michelle atropelou o próprio presidente Bolsonaro, que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes no Ceará.E a forma com que ela se dirigiu a ele, que talvez seja nossa maior liderança local, foi autoritária e constrangedora”, reconhece Flávio sobre a postura da ex-primeira dama.
Nesse sentido, Flávio ainda projeta o cenário eleitoral do Ceará para 2026 com possível apoio a Ciro. “Então a conta a ser feita no Ceará é a seguinte: ficamos com o discurso, não fazemos nenhum senador e ainda perdemos uma grande puxadora de votos para deputado federal, no caso de a Priscila Costa ser a candidata ao Senado, ou tapamos o nariz e tentamos fazer um senador, neste caso com a candidatura do Pastor Alcides Fernandes, que tem um acordo de ser indicado para receber o segundo voto para senador no palanque de Ciro”, defende.
por Camila Maia - Especial para O POVO
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