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A final do CBLOL em Recife pela ótica da caster Lahgolas
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Wanderson Trindade é repórter do O POVO+ e player1 do UP Gamer+, programa de entrevistas durante partidas de jogos eletrônicos. Por aqui, escreve um pouco de tudo sobre o universo gamer no Ceará, no Brasil e no mundo, além de trazer informações do cenário competitivo, com foco no FPS.

A final do CBLOL em Recife pela ótica da caster Lahgolas

Final do 2º split do Campeonato Brasileiro de League of Legends, entre paiN e Loud, neste sábado, 9, a partir das 13 horas. Caster oficial da Riot Games, Lahgolas compartilhou parte das emoções de participar do evento
Caster Lahgolas compartilhou parte das emoções de participar da final do CBLOL (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Caster Lahgolas compartilhou parte das emoções de participar da final do CBLOL

Os olhos dos fãs de League of Legends vão se voltar para os servidores de Recife na tarde deste sábado, 9 de setembro. A partir das 13 horas, acontece a final do Campeonato Brasileiro de LOL (CBLOL) 2º split, entre as equipes paiN e Loud. Para trazer toda as emoções e análises para os espectadores, a Riot Games preparou uma enorme equipe para fazer a transmissão da partida, com destaque para a nordestina Layze “Lahgolas” Brandão” (@lahgolas), que compartilhou parte de sua experiência e expectativa sobre o evento.

Nascida em São Luís, no Maranhão, ela conversou com a coluna, comentando como deu início à sua carreira, largando a advocacia para ficar de frente para as câmeras diante do público de uma das modalidades de e-sports mais populares do Brasil e do mundo. Confira trecho da entrevista com Lahgolas, caster oficial do MOBA da Riot e streamer na Wakanda Streamers (@wakandastreamers).

Lahgolas começou a fazer transmissões em 2020, sendo contratada no ano seguinte pela Riot Games(Foto: Cesar Galeao / Divulgação)
Foto: Cesar Galeao / Divulgação Lahgolas começou a fazer transmissões em 2020, sendo contratada no ano seguinte pela Riot Games

OP+ - Quando foi o start para você olhar os games como algo que podia ser além de diversão e de entretenimento?

Lahgolas - Quando eu era criança, cheguei a ver um programa na antiga MTV Brasil, de um grigo que falava sobre carreiras e profissões. Uma delas era de um cara lá dos Estados Unidos que era testar jogos antes de serem lançados pro grande público. Eu achei aquilo fascinante, porque a vida dele, basicamente, dele era jogar o dia inteiro. Mas aquilo parecia algo muito distante, muito utópico, inalcançável. Foi então eu segui a vida normalmente, fiz faculdade de Direito, atuei como advogada por uns dez anos até que decidi de vez migrar para os games.

Cheguei a fazer computação, para desenvolver meus próprios jogos, mas ainda não era exatamente aquilo que eu queria. Então, em 2020 comecei a fazer lives. Foi aí que o ponto inicial que eu imaginei poderia começar. Com as lives, veio o casting. E em 2021, veio o convite da Riot. Foi naquele momento que tive certeza de que estava no caminho certo.

OP+ - Você começou a fazer lives em 2020 e em 2021 já estava na Riot. Como foi a primeira participação para milhares de pessoas?

Lahgolas - Eu tinha pouco tempo de experiência. Foram poucos meses desde o meu primeiro campeonato até chegar na Riot. As outras pessoas, além de mim e da Fogueta (@mariafogueta), que éramos as novatas, o restante do quadro de caching era de pessoas muito experientes, que já tinham anos e anos de experiência com transmissão. Aquilo tudo para mim era uma novidade e eu tinha a noção de que havia uma grande responsabilidade em estar à altura de todos aqueles outros profissionais, meus colegas. Fiquei muito mais nervosa, até porque, nos primeiros campeonatos em que participei, tinha pouca gente assistindo. Uns 20, 50, 100 espectadores.

Mas na estreia do CBLOL Academy teve uma média de 50 mil views e aquilo para mim era surreal. Obviamente que, na hora, eu não estava vendo os números, mas tinha a ideia e o nervosismo estava lá em cima, estava muito grande. Eu estava até com medo de não conseguir falar na hora. No começo, a fala foi meio engasgada, a voz meio trêmula, mas depois foi ajustando enquanto foi rolando o jogo. Foi dando aquela acalmada. Mas esse nervosismo do começo é algo que tem até hoje, é algo que me perguntam e digo que, quando solta a vinheta do início da transmissão, dá aquele frio na barriga.

Maranhense, Lahgolas está escalada para participar da final do CBLOL em Recife(Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação Maranhense, Lahgolas está escalada para participar da final do CBLOL em Recife

OP+ - Essa é a terceira vez que a final do CBLOL acontece no Nordeste (Fortaleza em 2014 e Recife em 2017). O que isso representa para ti, que também é nordestina?

Lahgolas - Com certeza é algo bem emocionante, porque esse vai ser o meu segundo ano no CBLOL, vivendo essa final no local. No ano passado foi aquele primeiro gostinho de ver um ginásio lotado com muita torcida, e aquilo foi fantástico. Até então, só tinha assistido pela TV. Então foi a primeira final em que eu estive e foi trabalhando. É muito diferente a energia de ver tanta gente apaixonada junta, torcendo, vibrando, cantando.

E considerando que o público nordestino tem algo diferenciado, tem um calor diferente, eu acho que ter uma final do CBLOL na região de onde sou, nasci, cresci e comecei a minha carreira, para mi, vai ser mais especial ainda.

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