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Mibr vence a Imperial no Rio e soma pontos no ranking rumo ao Major de CS2
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Wanderson Trindade é coordenador da Central de Dados e repórter do O POVO+, com uma paixão declarada por contar as histórias de quem faz a indústria dos jogos eletrônicos acontecer. Especializado na cobertura do universo dos games no Ceará, no Brasil e no mundo, acompanha de perto tanto o cenário competitivo quanto o desenvolvimento de jogos. Autodescrição: Homem pardo de cabelos ondulados, Wanderson aparece na foto usando óculos e fones de ouvido, com um sorriso no rosto que traduz sua energia e entusiasmo pelo tema.

Mibr vence a Imperial no Rio e soma pontos no ranking rumo ao Major de CS2

Virada histórica em final melhor de cinco garante título, premiação de R$ 150 mil e pontos cruciais no ranking da Valve
Virada histórica em final melhor de cinco garante título, premiação de R$ 150 mil e pontos cruciais no ranking da Valve (Foto: HLTV)
Foto: HLTV Virada histórica em final melhor de cinco garante título, premiação de R$ 150 mil e pontos cruciais no ranking da Valve

O Rio de Janeiro foi palco de uma final que vai entrar para a história do Counter-Strike brasileiro. Em uma série de tirar o fôlego, o Mibr venceu a Imperial por 3 a 2 e conquistou o Ferjee Rush 2025, torneio realizado entre os dias 27 e 30 de setembro de 2025. Além da glória, o título rendeu R$ 150 mil e pontos valiosos no ranking que define quem estará no próximo Major, o campeonato mais importante do cenário mundial de CS.

A decisão começou com um banho de água fria para os torcedores do Mibr. A Imperial venceu os dois primeiros mapas da série melhor de cinco (13 a 7 na Inferno e 13 a 6 na Mirage) e parecia encaminhar o título. Só que a reação veio na base da resiliência. No mapa Nuke, os comandados de Exit abriram caminho para a recuperação com vitória por 16 a 12. O empate veio na Overpass, com triunfo por 13 a 8.

O título seria definido no mapa Train, o único restante após os vetos. A partida foi digna de final: disputada ponto a ponto, só foi resolvida na prorrogação, quando o Mibr fechou em 19 a 16. A virada de 0-2 para 3-2 coroou uma campanha marcada pela regularidade e pela frieza em momentos decisivos.

Nos destaques individuais, Santino “try” Rigal, da Imperial, brilhou mesmo na derrota, com 113 eliminações e um rating de 1.46 — números que reforçam sua importância no cenário sul-americano. Pelo lado do Mibr, Breno “brnz4n” Poletto liderou a vitória com 108 abates e rating de 1.26, consolidando-se como peça fundamental do título.

 

Estrutura e bastidores do Rush

O campeonato foi organizado pela Federação do Estado do Rio de Janeiro de Esportes Eletrônicos(Ferjee) e contou com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Estado do Rio. Sem público presencial, as partidas foram transmitidas nos canais da federação, além de contar com as transmissões paralelas de Gaules e Forg1, que ajudaram a mobilizar a comunidade online.

Ao todo, 16 equipes participaram do torneio, entre brasileiras e latino-americanas. A fase de grupos foi disputada em eliminação dupla, todas em séries melhor de três. Os dois melhores times de cada chave avançaram para os playoffs, que seguiram em formato de eliminação simples.

O Mibr chegou à decisão após vencer a Bestia e a Oddik, enquanto a Imperial eliminou Sharks e Gaimin Gladiators. A disputa de terceiro lugar ficou entre Oddik e Gladiators, coroando uma campanha que reforçou a força da cena regional.

 

O que está em jogo além do troféu

Mais do que o título, o Rush teve papel estratégico: foi submetido à Valve para valer pontos no VRS, ranking que define quem terá vaga direta no Major. Para equipes brasileiras, a pontuação conquistada em torneios desse porte pode fazer a diferença no caminho até o palco mais prestigiado do Counter-Strike.

O torneio também marcou um momento importante de profissionalização da cena. Com o patrocínio de naming rights do KaBuM!, e-commerce de tecnologia e games, a competição mostrou como as parcerias comerciais começam a se consolidar no ecossistema dos e-sports no Brasil.

A vitória do Mibr reforça a tradição da organização, que desde os anos 2000 é referência no cenário. Mais do que isso, mostra que o Brasil segue competitivo em meio às mudanças trazidas pelo Counter-Strike 2 e pelos ajustes no sistema de classificação da Valve.

Foto do Wanderson Trindade

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