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Onde mais estudantes podem encontrar apoio psicológico
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Onde mais estudantes podem encontrar apoio psicológico

Gerente da Célula de Atenção à Saúde Mental de Fortaleza, Harrismana Andrade afirma que, ao chegar em uma das unidades do Caps Infantil, o adolescente passa pelo acompanhamento de equipe multifuncional, com psicólogo, psiquiatra, assistente social e enfermeiro
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Ansiedade, depressão, automutilação e suicídio são principais transtornos observados em escolas públicas de ensino médio no Ceará (Foto: O POVO)
Foto: O POVO Ansiedade, depressão, automutilação e suicídio são principais transtornos observados em escolas públicas de ensino médio no Ceará

A presença de um psicólogo escolar e de um assistente social em cada unidade de ensino é apontada, tanto pela Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) quanto pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP-11), como o modelo ideal de atendimento psicossocial à comunidade. Enquanto isso não se concretiza, estudantes do ensino médio da rede pública cearense buscam suporte em instituições externas à escola. Da parte dos professores existe a iniciativa de tentar prevenir transtornos, de promover espaços de escuta e de outros trabalhos socioemocionais, com a ajuda de 30 psicólogos educacionais, mas não é o suficiente.

Em Fortaleza, dois Centros de Apoio Psicossocial Infantil (Caps) atendem à população de quatro a 17 anos e onze meses. Em média, sete mil atendimentos mensais. Os casos vão de sofrimentos psíquicos a transtornos mentais severos e persistentes, além de dependência química. Para pessoas a partir de 18 anos existem outros 13 Caps na Capital.

Gerente da Célula de Atenção à Saúde Mental de Fortaleza, Harrismana Andrade afirma que, ao chegar em uma das unidades do Caps Infantil, o adolescente passa pelo acompanhamento de equipe multifuncional, com psicólogo, psiquiatra, assistente social e enfermeiro. “É construído um plano de cuidado. (O paciente) será avaliado a partir de uma escuta. O histórico de vida vai ser visto junto à família.”

Por esse atendimento, a construção de uma ponte mais firme entre escola e Caps é defendida por psicólogos educacionais instalados nas Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação (Crede), que não conseguem dar um melhor atendimento psicológico aos alunos.

Mas a observação de Harrismana é de que só os casos mais graves chegam aos Caps. “Nós temos hoje diversos pontos da rede para os quais podem encaminhar os adolescentes. A escola encaminha, prioritariamente, para a unidade básica de saúde. Muitas vezes, ele fica só na atenção primária.”

De acordo com coordenadora do Ensino Médio do Ceará, Iane Nobre, a Seduc está elaborando um plano para tentar formalizar um programa de combate às doenças mentais nas unidades de ensino junto à Universidade Estadual do Ceará (Uece), Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Ministério Público cearense por meio do Projeto Vidas Preservadas e Organizações Não Governamentais. A expectativa é lançar a concepção da proposta em 2020. “Agora, a Seduc está avaliando o impacto do trabalho dos psicólogos educacionais existentes. Há esperança de criar um cenário mais favorável. Estamos criando situação que vai apontar mais soluções. Criando esse programa, a gente precisa de orçamento. Esperamos que seja liberado”, anseia.

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Vice-presidente do CRP-11 e psicóloga educacional e escolar, Raquel Nepomuceno crê que não haja outra via que não seja a luta por uma política educacional consolidada. “É preciso a formação da comunidade escolar como um todo, para que todos e todas que a compõem possam sair da escola melhores do que chegaram, e não o contrário.”

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Locais para atendimento psicológico gratuito ou a preço popular

CAPS INFANTIL - Estudante Nogueira Jucá - Regional III (Gratuito)

Rua Cruz Saldanha , 485, Parquelândia.

Atendimento: segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h

Telefone: (85) 3105 3721

CAPS INFANTIL - Maria Ileuda Verçosa - Regional VI (Gratuito)

Rua Virgílio Paes , 2500, Cidade dos Funcionários.

Atendimento: segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h

Telefone: (85) 3105 1510

Clínica de Psicologia UFC (Gratuito)

Rua Waldery Uchôa, 3A, Benfica.

*Plantão Psicológico (terça a partir das 7h são abertas 10 vagas/ a partir das 12h mais 10 vagas)

Necessário comprovante de residência e cópia do RG.

Telefone: (85) 3366 7690

Clínica de Psicologia UECE (Gratuito)

Centro de Humanidades da UECE - av. Dr. Silas Munguba, 1700, Campus do Itaperi

É preciso acompanhar o site da UECE ou ligar para o telefone para saber sobre novas vagas.

Telefone: (85) 3101 9981

Clínica de Psicologia Estácio do Ceará (Gratuito)

Rua Eliseu Uchôa Becco, 600, Guararapes.

Bloco B 1° andar.

Plantão psicológico (de segunda a sábado: confirmar horários por telefone).

Telefone : (85) 3270 6798

Clínica de Psicologia Uninassau (taxa de R$ 13 por sessão)

Avenida Aguanambi 251- José Bonifácio, 9° andar.

Telefone: (85) 3201 2448

Clínica de Psicologia UNIFOR- NAMI (Gratuito)

R. Des. Floriano Benevides Magalhães, 221, Edson Queiroz.

Plantão psicológico: segunda-feira (manhã e tarde) e de terça-feira a sexta-feira (tarde)

Somente 4 senhas por turno.

Telefone: (85) 3477 3644

Clínica de Psicologia UniFanor (gratuito)

Avenida Santos Dumont, 7800, Manoel Dias Branco.

Está em processo de fila de espera.

Telefone: (85) 3052 4865

SESC Saúde

(R$ 81 a sessão para público geral e R$ 41,50 a sessão para associados comércio, ambos necessitam carteirinha de associado).

Rua Clarindo de Queiroz, 1740, Centro.

Telefone: (85) 3464 9303

SESI Saúde

(R$ 82 a sessão público geral e R$ 62 trabalhadores da indústria)

Avenida Padre Ibiapina, 1449, Centro ou avenida João Pessoa, 6754, Parangaba.

Telefone: (85) 3421 6121

Instituto Bia Dote (Gratuito)

Av. Barão de Studart, 2360, Sala 1106, Aldeota.

Está em processo de fila de espera.

Telefone: (85) 3264 2992

Série

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