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Suposto grupo de extermínio é suspeito de vingar assassinato de PMs
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Suposto grupo de extermínio é suspeito de vingar assassinato de PMs

Alisson Rodrigo da Silva Rodrigues foi morto a tiros logo após depor no Departamento de Homicídios
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O TRIPLO homicídio de PMs ocorreu em agosto de 2018 em meio a uma série de assassinatos
 (Foto: banco de dados O POVO)
Foto: banco de dados O POVO O TRIPLO homicídio de PMs ocorreu em agosto de 2018 em meio a uma série de assassinatos

A Polícia Civil investiga o envolvimento de policiais militares (PMs) na morte de Alisson Rodrigo da Silva Rodrigues, de 32 anos, crime ocorrido em 24 de agosto de 2018, na praça localizada em frente à Igreja de Fátima. A suspeita é de que o homicídio tenha sido praticado em retaliação aos assassinatos de três PMs ocorridos um dia antes no bairro Vila Manoel Sátiro.

Conforme o processo que apura o caso, ao qual O POVO teve acesso a trechos, Alisson foi morto logo após deixar o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), localizado a metros do local do crime. Ele havia ido prestar depoimento após circular nas redes sociais fotografia que o apontava como um dos possíveis suspeitos pelo triplo homicídio. Alisson almoçava quando foi assassinado, após ter passado a noite e a manhã no DHPP. As investigações do triplo homicídio não apontaram envolvimento de Alisson, que não possuía antecedentes criminais.

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Conforme a investigação policial, três homens estavam sentados próximos ao local onde Alisson almoçava. Eles se aproximaram, efetuaram os disparos e fugiram em duas motos. A investigação apurou que uma das motos usadas no crime pertenceria a um ex-PM. Ele também foi reconhecido por uma testemunha como executor de Alisson. O POVO opta por não divulgar o nome do suspeito por não haver acusação formal contra ele.

O então militar viria a ser demitido da corporação em novembro de 2018 acusado por outros crimes. Em 2017, ele foi preso em flagrante e denunciado por crimes como porte ilegal de arma de fogo, receptação, estelionato e desacato.

"Assinale-se que o suspeito (...) seria suspeito de integrar um grupo de extermínio composto também por outros policias militares e que seriam responsáveis pelo envolvimento em diversos homicídios, sendo que um desses homicídios, da vítima Bruno Rafael da Silva, inclusive, teria sido praticado (por um) possível integrante do mesmo grupo de extermínio, utilizando aquela motocicleta", afirma nos autos o Ministério Público do Estado (MPCE). Bruno foi morto em dezembro de 2018, no bairro Jardim América. Por esse crime, ninguém foi denunciado até o momento.

Em parecer feito ontem, 27, o MPCE pediu mais diligências para apuração da morte de Alisson, incluindo o envio do inquérito à Delegacia de Assuntos Internos (DAI), especializada em crimes cometidos por agentes de segurança. O órgão ministerial requereu à Justiça mais 90 dias para conclusão das investigações.

As investigações ainda chegaram a uma segunda linha de investigação, em que recaia como suspeito um dos acusados de ordenar o triplo homicídio. Isso porque Alisson teria sido "encarado", ainda no DHPP, por Fabiano Cavalcante da Silva, apontado como mandante dos assassinatos e liderança da facção Guardiões do Estado (GDE). Ele ainda teve contato com o advogado de outro suspeito do crime. A suspeita é de que Fabiano poderia ter mandado matar Alisson por acreditar que este iria delatá-lo, "o que, até o momento, não foi robustecido por nenhum elemento concreto", conforme o MPCE.

 

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