A partir de hoje os shoppings de Fortaleza estão autorizados a voltar a funcionar das 12 às 20 horas. O setor é considerado um dos mais emblemáticos da fase 1 do Plano de Retomada da Economia criado pelo Governo, que inclui a ampliação do percentual de funcionamento de diversos segmentos da indústria, comércio e construção civil. A retomada, no entanto, é com restrições. Os centros comerciais poderão funcionar com apenas 30% da capacidade total do espaço. Dentro de cada loja, apenas poderá ficar um cliente a cada 12 m², respeitando o distanciamento mínimo recomendado de dois metros entre os clientes nas áreas de venda ou atendimento.
Cinemas, teatro, academia, parques infantis, atividades de lazer e educação permanecem fechados. Restaurantes e praças de alimentação somente podem atender por delivery, take away e drive-thru.
O decreto do Governo do Estado publicado no sábado, 6, também trouxe como medidas obrigatórias de submissão à Secretaria de Saúde, com 48 horas de antecedência, de protocolo de funcionamento com medidas de segurança para evitar a proliferação da Covid-19, em especial prevendo a forma de controle do quantitativo máximo de pessoas e veículos.
O coordenador do plano responsável de retomada da economia, Flávio Ataliba, explica que dentre os fatores que pesaram para liberação deste tipo de atividade estão a redução da pressão nos hospitais, o tipo de controle que é possível fazer nestes espaços e a capacidade de resposta econômica do segmento. Em Fortaleza, com a primeira fase, 69.229 pessoas voltam a trabalhar na Capital, totalizando 1,025 milhão de trabalhadores ativos no Estado.
"Temos consciência de que não dá para imaginar um período muito mais longo sem a economia funcionando, mas não se pode desconhecer que a pandemia não está superada. Só haverá segurança quando houver vacina ou remédio. Por isso, até lá, é preciso encontrar um meio termo", diz.
A fase 1 será monitorada por 14 dias e determinante para a liberação das outras. "Vamos observar como a população se comporta, como a atividade econômica reage, o movimento não só nestes espaços, mas o impacto que haverá no deslocamento das pessoas pela Cidade e nos indicadores de saúde", acrescenta.
Mas como será este "novo normal" em um ambiente que foi feito justamente para reunir uma grande quantidade de pessoas? As próprias administradoras dos shoppings se anteciparam com investimentos em tecnologia, limpeza e segurança. Inclusive, com a criação de comitês internos de avaliação e fiscalização.
Dentre as medidas anunciadas pela maioria está a intensificação da higienização dos espaços, instalação de tapetes desinfetantes nas portas de acesso; disponibilização álcool em gel; checagem de temperatura de clientes, fornecedores e funcionários; sistema de controle de acesso; e sinalização da quantidade de pessoas permitidas por espaço. Nos estabelecimentos da rede RioMar, por exemplo, foi criado ainda um comitê multidisciplinar para avaliação frequente das atualizações dos órgãos de saúde e diretrizes governamentais.
Os estacionamentos apenas poderão funcionar com 50% da sua capacidade. E muitos empreendimentos instalaram pontos de emissão de ticket de estacionamento automático para evitar o contato com o botão.
Serviços como valet, empréstimo de carrinhos de bebê, cadeira de rodas, scooter, carregadores de celulares, bebedouros serão suspensos. A quantidade de bancos e mesas disponíveis e a distância entre elas também será revista.
QUANTIDADE DE TRABALHADORES ATIVOS QUANDO INICIOU O ISOLAMENTO SOCIAL - 889.3986
TRABALHADORES QUE VOLTARAM AO MERCADO NA FASE DE TRANSIÇÃO - 66.975
TRABALHADORES QUE VOLTAM AO MERCADO NA FASE 1 – APENAS EM FORTALEZA - 69.229
TOTAL DE TRABALHADORES ATIVOS NO CEARÁ COM A CAPITAL EM FASE 1 - 1.025.590
FASE DE TRANSIÇÃO (1º de junho)
Total de tralhadores liberados: 66.975
Percentual de liberação das atividades: 11,5% no Ceará e 67% em Fortaleza
INDÚSTRIA QUÍMICA E CORRELATOS - 1.198 trabalhadores - Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel
ARTIGOS DE COUROS E CALÇADOS - 11.726 trabalhadores - Fabricação de calçados e produtos de couro
INDÚSTRIA METALMECÂNICA E AFINS - 2.402 trabalhadores - Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda
SANEAMENTO E RECICLAGEM - 401 trabalhadores - Recuperação de materiais
ENERGIA - 1.209 trabalhadores - Construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores
CADEIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL - 27.141 trabalhadores - Construção de edifícios até 100 operários obra, cadeia produtiva com 30%
TÊXTEIS E ROUPAS - 11.185 trabalhadores - Indústria têxtil, confecções e de redes
COMUNICAÇÃO, PUBLICIDADE E EDITORAÇÃO- 789 trabalhadores - Impressão de livros, material publicitário, e serviços de acabamento gráfico
INDÚSTRIA E SERVIÇOS DE APOIO - 582 trabalhadores - Indústria de artigos de escritório e manutenção industrial. Cabeleireiros, manicures e barbearias
ARTIGOS DO LAR - 1.740 trabalhadores - Fabricação de eletrodomésticos e artigos domésticos
AGROPECUÁRIA - 122 trabalhadores - Obras de irrigação
MÓVEIS E MADEIRA - 1.348 trabalhadores - Fabricação de móveis e produtos de madeira
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - 96 trabalhadores - Fabricação de equipamentos de informática
LOGÍSTICA E TRANSPORTE - 1.113 trabalhadores - Metrofor, transporte rodoviário metropolitano na RMF e manutenção de bicicletas
AUTOMOTIVA - 471 trabalhadores - Indústria de veículos, de transporte e peças
CADEIA DA SAÚDE - 4.652 trabalhadores - Comércio médico e ortopédico, óticas, podologia e terapia ocupacional
ESPORTE, CULTURA E LAZER - 800 trabalhadores - Treinos de atletas de esportes individuais, além dos clubes de futebol participantes da final do Campeonato Cearense
FASE 1 (8 de junho) - Indústria, serviços e comércio – APENAS EM FORTALEZA
Total de trabalhadores liberados: 69.22969.229,00
Percentual de liberação das atividades: 81% na Capital
INDÚSTRIA QUÍMICA E CORRELATOS - 266 trabalhadores - Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel
ARTIGOS DE COUROS E CALÇADOS - 4.194 trabalhadores - Indústria e Comércio
CADEIA METALMECÂNICA E AFINS - 715 trabalhadores - Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda e comércio atacadista
SANEAMENTO E RECICLAGEM - 77 trabalhadores - Recuperação de materiais
CADEIA ENERGIA ELÉTRICA - 1.028 trabalhadores - Construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores.
CADEIA DA CONSTRUÇÃO - 6.569 trabalhadores - Até 100 operários obra, cadeia produtiva com 40%
TÊXTEIS E ROUPAS - 20.226 trabalhadores - Indústria e comércio
COMUNICAÇÃO, PUBLICIDADE E EDITORAÇÃO - 503 trabalhadores - Comércio de livros e revistas
INDÚSTRIAS E SERVIÇOS DE APOIO - 4.610 trabalhadores - Comércio de artigos de escritório, serviços de manutenção. Contabilidade, auditoria e direito (máximo de 3 trabalhadores por escritório)
ARTIGOS DO LAR - 1.803 trabalhadores - Indústria e comércio
CADEIA AGROPECUÁRIA - 203 trabalhadores - Comercialização de flores e plantas, couros
CADEIA MOVELEIRA - 2.531 trabalhadores - Indústria e comércio
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - 2.232 trabalhadores - Indústria e comércio
LOGÍSTICA E TRANSPORTE - 159 trabalhadores - Comércio de bicicletas
CADEIA AUTOMOTIVA - 6.536 trabalhadores - Indústria, comércio e serviços
COMÉRCIO DE OUTROS PRODUTOS - 3.690 trabalhadores - Comércio de saneantes, livraria, brechós, papelarias, doces e caixões
COMÉRCIO E SERVIÇOS DE HIGIENE E LIMPEZA - 1.615 trabalhadores - Comércio de higiene e cosméticos
ESPORTE, CULTURA E LAZER - 750 trabalhadores - Fabricação e comércio de aparelhos esportivos, instrumentos e brinquedos
Quais atividades do comércio foram liberadas
Artigos de couro e calçado
Atacadista da cadeia metalmecânica e afins
Cadeia têxtil e roupa
Comércio de livros e revistas
Comércio de artigos do lar
Comércio da cadeia agropecuária
Comércio moveleiro
Comércio da cadeia de tecnologia da informação
Comércio de bicicletas na cadeia de logística e transporte
Comércio automotivo e serviços
Comércio de saneantes, livraria, brechós, papelarias, doces e caixões
Comércio de aparelhos esportivos, instrumentos e brinquedos
Locais que confirmaram abertura
Shopping Iguatemi
Rio Mar (Fortaleza e Kennedy)
Rede Ancar Avanhoe (North Shopping Fortaleza, North Shopping Jóquei, North Shopping Maracanaú e Via Sul Shopping)
Grand Shopping
Parangaba
Del Paseo
Aldeota
Benfica
O horário de funcionamento será das 12 às 20 horas. Estabelecimentos de atividades consideradas essenciais seguem com horário diferenciado. E restaurantes, lanchonetes e cafeterias funcionam apenas por delivery, take away ou drive-thru.
Os serviços essenciais funcionam em horário diferenciado, exemplo no Del Paseo, em que Mercadinhos São Luiz, funcionam das 7 às 20h; Extrafarma das 8 às 20h; Caixa Econômica Federal das 8 às 14h; Lotérica das 10 às 16h; Lojas Americanas das 10 às 20h; Loja Baby Dog Pet Shop das 10 às 18h; e Loja Sementes das 10 às 20h.
80%
É o percentual médio de lojas do shopping com atividades liberadas para funcionar.
O que diz o decreto do Governo sobre os centros de compras
Os shoppings poderão funcionar das 12 às 20 horas, de segunda a domingo, apenas com lojas cujas atividades já estão liberadas.
Movimento de consumidores deve ser de até 30% da capacidade total.
Os shoppings devem submeter à aprovação da Sesa, com 48 horas de antecedência à abertura, o protocolo de funcionamento.
Orientação a todos os colaboradores e prevenção no transporte residência-trabalho-residência.
Home office para equipe administrativa ou aquelas atribuições que não exijam presença.
Campanhas de conscientização, capacitação e fiscalização.
Vedar o funcionamento de atividades que possam gerar aglomeração acima das reocmendações.
Não poderão funcionar cinema, entretenimento, praça de alimentação, atividades para crianças, atividades promocionais, eventos, teatro, serviços de valet, fraldário e empréstimo de carrinho de bebê.
Remover cadeiras e mesas das praças de alimentação e restringir restaurantes e lanchonetes a delivery, take away e drive-thru.
Proibição do uso de elevadores, exceto para portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes, somente uma família de cada vez.
Higienização nas cancelas, nos equipamentos de entrada dos veículos e todos os periféricos de uso comum.
Implementação de acessos aos estacionamentos com sensor de aproximação, sem necessidade de apertar botões para a retirada de tickets, que devem ser descartáveis.
Higienização das máquinas de autoatendimento, incluindo a instalação de dispensers de álcool gel.
Reduzir o número de andares de estacionamento.
No máximo um cliente para cada 12 m² de loja, com distanciamento mínimo recomendado de 2 metros entre os clientes nas áreas de venda ou atendimento.
A capacidade do número de clientes permitidos deverá estar afixada em cartaz na entrada de cada loja.
Controle de acesso dos clientes nas lojas.
Remover mobiliário móvel e demarcar distanciamento mínimo no mobiliário fixo.
Inspeções periódicas para garantir o cumprimento dos protocolos.
Uso obrigatório de máscaras por todos.
Funcionários dos caixas ou guichê de atendimento devem ser orientados, evitando, por exemplo, falar excessivamente.
Pontos com dispensers de álcool gel.
Desinfecção a cada 3 horas de painel de elevadores, corrimãos de escadas e escadas rolantes, balcões de informação, sanitários e áreas de descarte de lixo.
O piso deverá ser limpo continuamente com solução de hipoclorito de sódio a 2%, além da desinfecção diária (durante o período noturno), com pulverização de produto sanitizante com base de quaternário de amônia e/ou hipoclorito de sódio.
A equipe de manutenção do shopping deverá realizar vistorias periódicas nos equipamentos e sistemas de ar condicionado das lojas.
Portas dos sanitários prioritariamente abertas para beneficiar a ventilação e reforçar a limpeza nas maçanetas e puxadores.
Redução da quantidade de pias, lavatórios e mictórios.
Desativar todos os bebedouros.
Aferir temperatura de todos os clientes, lojistas e funcionários nas portas de acesso. Caso alguém apresente temperatura acima de 37,5ºC, será recomendado que o mesmo procure uma unidade de saúde.
Capacitação de todos os colaboradores para orientar os clientes sobre as medidas de prevenção.
Demarcar com sinalização a distância de 2 metros que deve ser mantida entre um cliente e outro, e utilizar de meios para demarcar o sentido único do fluxo interno de pessoas, determinando a entrada e saída dos estabelecimentos.
Proibição do consumo de produtos alimentícios no interior do centro comercial pelos clientes.
Barreiras físicas entre o funcionário e os clientes nos pontos de pagamentos.
Higienização interna e externa dos compartimentos de carga após cada recebimento ou entrega.
Uso obrigatório ou disponibilização de limpa sapato, tapete sanitizante de hipoclorito de sódio a 2% para higienização e desinfecção de sapatos na entrada do estabelecimento.