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Setor de turismo espera triplicar taxa de ocupação de hotéis em Fortaleza
Economia

Setor de turismo espera triplicar taxa de ocupação de hotéis em Fortaleza

|COM FLEXIBILIZAÇÕES| De acordo com a ABIH-CE, abertura de barracas de praias nos fins de semana e retorno de passeios de buggy devem elevar índice para 30%
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A taxa de ocupação dos hotéis da 
Capital, que era de 10% no dia 1º de abril, deve passar para 30% já na primeira quinzena de maio  (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA A taxa de ocupação dos hotéis da Capital, que era de 10% no dia 1º de abril, deve passar para 30% já na primeira quinzena de maio

O novo decreto de reabertura gradual de atividades econômicas, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do Ceará no último sábado, 1º, trouxe uma série de medidas que devem dar novo fôlego ao setor hoteleiro em Fortaleza.

Mesmo com poucas alterações em relação aos meios de hospedagem propriamente ditos, a retomada ou ampliação de alguns setores que fazem parte da cadeia turística contribuem para que as perspectivas do setor sejam otimistas.

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De acordo com projeção da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), a taxa de ocupação dos hotéis da Capital, que era de 10% no dia 1º de abril, antes do início das flexibilizações no dia 12 do mês, deve passar para 30% já na primeira quinzena de maio. O número representa o triplo do registrado no auge do lockdown, decretado no dia 5 de março, e depois ampliado para o restante do Ceará, no contexto da pandemia de Covid-19.

Entre as medidas que devem impulsionar o aumento das atividades turísticas na Cidade destaca-se a reabertura das barracas de praia nos fins de semana, que funcionarão das 10h às 15h, com 40% da capacidade. Em menor intensidade, também deve ter impacto positivo o retorno da operação de passeios de buggies, com até 50% da frota e desde que limitados a até 3 pessoas por família. Os hotéis, por sua vez, seguem podendo operar com até 80% da capacidade desde o início do ano.

De acordo com o presidente da ABIH-CE, Régis Medeiros, contudo, embora tenham chegado a registrar 55% de taxa de ocupação no mês de janeiro, o início das restrições já em fevereiro e o posterior lockdown, somado ao agravamento da pandemia, afastaram os turistas. Agora, ele crê em uma recuperação rápida. "As pessoas estão muito ávidas por se movimentarem e para viajar. A partir da hora em que elas souberem que existem essas aberturas já passam a enxergar o destino Fortaleza de forma diferente", afirma.

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Ele acrescenta que "a abertura do comércio, especialmente aquele de tradição mais turística, como o Mercado Central e as lojas da avenida Monsenhor Tabosa; dos restaurantes; das barracas de praia, inclusive a de outros municípios litorâneos; e dos passeios são grandes atrações para os turistas de Fortaleza porque eles passam a ter o que ver e fazer aqui. Além da Praia do Futuro, eles aproveitam muito esses passeios para Lagoinha, Cumbuco, entre outros, que fazem durante o dia e voltam à noite".

Medeiros pontua que quase a totalidade dos turistas que devem visitar à Cidade, pelo menos até o mês de agosto, será de brasileiros, principalmente da região Nordeste. "Turismo estrangeiro eu creio que seja bem perto de zero, pois ainda existem muitas restrições de viagem, e, também, por não ser alta temporada para visitação europeia, mesmo se estivéssemos em condições de normalidade. Nesse primeiro momento, vai ser mais o turismo regional, muita gente que vem até de carro, por conta da dificuldade de voos", avalia.

Análise semelhante faz o secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho. Ele explica que a partir do fim deste mês, a Pasta já começará a trabalhar campanhas para reaquecer o turismo, mas que trabalha com projeções de resultados mais fortes apenas para o segundo semestre, até por conta do quadro pandêmico. "No dia que tiver todo mundo vacinado, a explosão do turismo será enorme porque as pessoas vão valorizar mais viver e viajar que guardar dinheiro e viver só materialmente", projeta.

 

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