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Fortaleza é 3ª em velocidade de conexão fixa e 4ª em móvel entre grandes capitais
Economia

Fortaleza é 3ª em velocidade de conexão fixa e 4ª em móvel entre grandes capitais

|Speedtest| Conexão por cabos de fibra ótica e maior atuação de pequenos provedores colaboraram com desempenho da Cidade, segundo especialista
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Novidades em banda larga B2B (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Novidades em banda larga B2B

Sem destaque entre as cidades de conexão mais rápida do Brasil, mas também sem figurar entre as de pior desempenho, Fortaleza cravou o 3º lugar em velocidade da banda larga fixa e o 4º lugar na móvel entre as capitais brasileiras de maior população no Índice Global Speedtest. Foram 18,77 megabits por segundo (Mbps) médios de download para os acessos móveis e 56,83 Mbps médios para os fixos, o que demonstra poderio da capital cearense a partir do backbone (espinha dorsal por onde passam os dados) de fibra ótica e das conexões internacionais via cabos submarinos.

Os dois pontos foram apontados por Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, como privilégio da capital cearense no setor de telecomunicações e motivo dos resultados em um dos indicadores de velocidade mais difundidos do planeta. Os dados compilados pela Ookla, empresa controladora do Speedtest, são resultados de medições feitas pelos usuários que acessam o portal da empresa ou baixam o aplicativo. Assim, demonstra mais credibilidade nas medições, diferente de indicativos que têm as informações repassadas pelas operadoras.

Na prática, Tude explica que os cabos submarinos agem para reduzir a espera no acesso à informação. Uma vez que há uma concentração maior deles, mais empresas instalam datacenters e provedores – estruturas responsáveis por armazenar os dados acessados na internet –, o que agiliza o tráfego entre o computador/smartphone do usuário e o banco de dados que ele busca.

Hoje, Fortaleza conta com 16 cabos submarinos de fibra ótica em operação, interligando o Brasil com a África, Europa, América do Norte, América Central e América do Sul. Responsável por um projeto de hub tecnológico justamente por este potencial, o Governo do Estado ainda estima que, até o fim de 2021, 18 cabos estejam conectados na capital cearense.

Ao mesmo tempo em que proporcionam mais velocidade na conexão, a chegada de grandes estruturas de armazenagem de dados traz desenvolvimento tecnológico e econômico. É uma nova economia já na mira do poder público e que tem na Angola Cables a empresa âncora do hub.

Sobre o backbone de fibra ótica – a outra característica que faz de Fortaleza privilegiada em telecomunicações –, o presidente da Teleco aponta a participação decisiva dos pequenos e médios provedores de internet. “O aumento do acesso e da velocidade está ‘linkado’ a um acesso em fibra ou cabo, pincipalmente pelos provedores menores, que hoje já estão se tornando maiores, como o caso da Brisanet”, analisa.

A empresa cearense, inclusive, foi mencionada pela primeira vez no relatório do Índice Global Speedtest, quando se observa que “não houve vencedor estatisticamente significativo em Fortaleza, embora a Oi tivesse uma velocidade média de download de 94,43 Mbps e a Brisanet tivesse uma velocidade média de download de 93,45 Mbps”.

São justamente essas empresas de menor porte que colaboram no resultado médio da Capital, uma vez que levam fibra ótica às periferias. Ou seja, ofertam a melhor tecnologia de conexão fixa em locais geralmente menosprezados pelas grandes empresas.

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