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Especialistas citam MP da Eletrobras e falta de normas como riscos para fontes renováveis
Economia

Especialistas citam MP da Eletrobras e falta de normas como riscos para fontes renováveis

|SETOR ENERGÉTICO| Maior alvo de contestação foram as condicionantes e os chamados ‘jabutis’ colocados em medida provisória que permite a venda da estatal
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O tema do programa Economia na Real de ontem foi: A crise hídrica e o risco de racionamento no Brasil (Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução O tema do programa Economia na Real de ontem foi: A crise hídrica e o risco de racionamento no Brasil

Alguns dos principais especialistas em energia no Ceará repercutiram ontem a recente aprovação pela Câmara da Medida Provisória 1031/21 que permite a privatização da Eletrobras e o risco de racionamento de eletricidade em decorrência da crise hídrica que atinge os principais reservatórios da região Centro-Sul, com potencial para afetar todo o sistema de transmissão do Brasil.

Embora tenham se dividido sobre a possibilidade concreta de haver um racionamento nos moldes do que ocorreu em 2001 no País (ou mesmo um apagão), houve unanimidade quanto à existência de entraves para o desenvolvimento das energias renováveis, entre os quais a ausência de legislação mais específica para o segmento e a aprovação da MP da Privatização da Eletrobras. Nesse último caso, a maior crítica foi à inserção de diversos ‘jabutis’, emendas com pouca ou nenhuma relação com o objetivo inicial da medida, principalmente o que trata da contratação de energia termelétrica movida a gás.

“Esse processo de aprovação da privatização da Eletrobras foi muito triste. Eu sou favorável às privatizações, mas foram colocadas condicionantes muito prejudiciais, especialmente para o setor energético do Nordeste, como essa obrigação de contratar usinas térmicas. Não há necessidade disso, quando é possível aumentar o uso de energias renováveis, ao mesmo tempo em que se administra as hidrelétricas. Se a bancada nordestina estivesse alinhada teria barrado esse jabuti”, criticou Jurandir Picanço, consultor de Energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).



Por sua vez, o coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) no Ceará, Jonas Becker, citou a ausência de normas sobre armazenamento de energias renováveis na Agência de Energia Elétrica (Aneel) e criticou o atraso na aprovação do Projeto de Lei 5829/19 que regulamenta o setor de geração distribuída no País. “É preciso ter legislação. Os Estados Unidos têm quase 1 GW de armazenamento de energias renováveis e aqui praticamente isso inexiste. O Brasil está muito atrás nesses dois aspectos”, argumenta.

Já Daniel Queiroz, diretor do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará, Sindienergia, o País perdeu uma janela de oportunidades para expandir sua matriz de energia renovável, enquanto foi considerado grau de investimento pelas agências internacionais de classificação de risco na década passada, e precisa, agora, aproveitar o contexto das reformas tributária e administrativa e de recuperação econômica pós-pandemia.

Quanto ao risco de racionamento no Brasil, Jurandir Picanço disse acreditar que é mínimo e que há uma menor dependência da matriz hidrelétrica em relação à crise de 2001. Para Jonas Becker é preciso inovação para evitar um ‘apagão’, já que deve haver aumento de consumo de energia, especialmente na região Centro-Sul, com a chegada do inverno. Daniel Queiroz destacou a importância do consumidor como protagonista nesse processo.

As declarações ocorreram durante a live Economia na Real, que acontece semanalmente no canal do O POVO no YouTube. O tema dessa edição foi a crise hídrica e o risco de racionamento no Brasil. O projeto tem apresentação de Adailma Mendes, editora-chefe de Economia do O POVO.

Veja o 1º episódio do Economia na Real

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Conheça o programa

Entender de economia nem sempre é fácil. Ainda mais em tempos como esses, de tantos desafios e com grande volume de informações, que exigem das pessoas uma adaptação muito rápida de cenário. Com o objetivo de manter sua audiência bem informada, em diferentes canais e linguagens, o Grupo de Comunicação O POVO realiza toda quinta-feira, 19 horas, o Economia na Real, que trará semanalmente um time especial de convidados para debater temas importantes que estão dominando o noticiário econômico.

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Será um bate-papo mais aprofundado com especialistas sobre o tema quente da semana no noticiário econômico. O programa é para quem acompanha o segmento e quer ouvir mais análises, repercussões e explicações sobre temas que estão na pauta nacional ou regional.

Com uma hora de duração, a live será transmitido sempre às quintas-feiras, às 19 horas, no YouTubeFacebook do O POVO e LinkedIn O POVO. A apresentação é de Adailma Mendes, editora-chefe de Economia do O POVO, e terá como convidados especialistas, empresários, representantes do setor público, privado ou da sociedade civil organizada.

No episódio de estreia, no último dia 17, o tema foi o futuro da economia do Ceará a partir do hub de hidrogênio verde. Participaram da live o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Maia Junior; o presidente da Qair Brasil e presidente da Federação das Câmaras Portuguesas no Brasil, Armando Abreu; o diretor-presidente do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fernando Nunes; e o repórter especial de Economia do O POVO Armando Lima.

“A expectativa é de uma ótima receptividade do público. São duas vertentes bem diversas, mas que interessa a todos os públicos. São produtos que estão sendo feitos com muito carinho”, reforça o editor chefe do Núcleo de Imagem do O POVO, Chico Marinho.

 

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2º episódio sobre como casar gastando menos

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