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Demanda por consórcios de imóveis no Ceará avança 10,9% em 2021; novas opções atraem público
Economia

Demanda por consórcios de imóveis no Ceará avança 10,9% em 2021; novas opções atraem público

De acordo com o vice-presidente de Vendas da Embracon, Luís Toscano, maior demanda ainda fica por conta dos consórcios de veículos e imóveis, mas modalidades diferentes, como procedimentos cirúrgicos, aparecem no mercado
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O SEGMENTO de veículos ainda é um dos mais demandados nos consórcios (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira O SEGMENTO de veículos ainda é um dos mais demandados nos consórcios

O sonho da casa própria permeia o imaginário de muitos cearenses e a instabilidade econômica, com aumento da Selic e alta dos juros do crédito imobiliário, pode prejudicar planejamentos caso a opção seja o financiamento. Neste cenário, aumenta a demanda por consórcio de imóveis. A modalidade foi a mais demandada pelos clientes da Embracon em 2021, com crescimento de 10,9%, com quase R$ 230 milhões em faturamento, divulga a empresa. 

O segundo tipo de consórcio com maior demanda no mercado cearense foi o de automóveis, com faturamento de R$ 229 milhões. Ao O POVO, a empresa detalha com exclusividade que teve um 2021 de crescimento no desempenho, alcançando R$ 423 milhões em cotas no Estado, o que representa alta de 1,8% ante 2020.

No resultado nacional, o desempenho positivo se repete. A Embracon fechou o ano com salto de 16% em volume de créditos comercializados. No total, foram vendidas mais de 68 mil cotas, contabilizando R$ 6,2 bilhões.

Luís Toscano é vice-presidente de vendas da Embracon.
Foto: Embracon / Divulgação
Luís Toscano é vice-presidente de vendas da Embracon.

O vice-presidente de vendas da Embracon, Luís Toscano, detalha que, se considerarmos os anos de 2018 até 2021, a companhia cresceu 43% em volume de créditos comercializados, com pouco impacto na demanda na pandemia, mantendo crescimento mesmo com a economia deprimida.

"Apesar da crise e do fraco desempenho de alguns setores da economia, o sistema de consórcios registrou crescimentos acima da média histórica, resultante da busca pelos consumidores por alternativas de investimentos mais seguros e modalidades mais econômicas para aquisição de um bem", afirma.

No entendimento do executivo, os consórcios têm ganhado adesão da sociedade brasileira por conta da sua flexibilidade diante da diversidade de cenários econômicos. "Em cenários de crescimento econômico, onde o índice de confiança do consumidor está elevado, o consórcio é visto como a alternativa mais vantajosa para aquisição de um bem, como o imóvel ou automóvel. Já em um ambiente com a queda de confiança do consumidor, o consórcio é uma alternativa para quem deseja investir, poupar e planejar o melhor momento para aquisição de um bem", complementa.

Esse é também um mercado que tem se diversificado na oferta. A maior demanda fica por conta dos imóveis e veículos, mas já existem no mercado opções variadas, como os consórcios de veículos pesados (ônibus, caminhões e máquinas agrícolas) e serviços, como procedimentos cirúrgicos, reformas, estudos etc.

Para o economista Wandemberg Almeida, do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), o momento da economia, de alta dos juros, explica essa preferência. Ele destaca que, ao invés de juros, no consórcio é cobrada uma taxa de administração, que tem um custo menor que as do financiamento. No fim, a escolha do consumidor é que vai definir qual a melhor opção.

"Quando colocamos na ponta do lápis, percebemos que o consórcio acaba sendo mais vantajoso. Mas o consumidor tem de pensar antes de escolher, observar qual a sua necessidade, o que precisa naquele momento. Se realmente não tiver condições de arcar com as taxas, não tiver reservas e não estiver precisando do bem imediatamente, aí vale mais a pena fazer o consórcio", pontua.

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Opção

O consórcio é uma alternativa para aquisição de bens e serviços, que funciona como um autofinanciamento, sem a exigência de um valor de entrada, oferece parcelas com valores menores e prazos maiores que um financiamento.

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