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Preços dos imóveis têm valorização de 9,45% em Fortaleza
Economia

Preços dos imóveis têm valorização de 9,45% em Fortaleza

|Em 12 meses| Apesar da alta, o IGMI-R, medido pela Abecip, está abaixo da inflação do período e distante da média nacional (17,26%). Em abril, a variação foi de 0,86%
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EM ABRIL, o preço dos imóveis em Fortaleza subiu 0,86% (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira EM ABRIL, o preço dos imóveis em Fortaleza subiu 0,86%

Os preços dos imóveis residenciais em Fortaleza registraram alta de 0,86% em abril. O indicador ficou 0,18 pontos percentuais acima do registrado no mês imediatamente anterior (0,68%). Os dados do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) foram divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Esta foi a terceira menor alta do País. Está à frente apenas para a de Recife (0,62%) e a de Belo Horizonte (0,74%).

Em 12 meses, os imóveis na capital cearense tiveram valorização de 9,45%. Ainda assim bem abaixo do indicador nacional que acumula alta de 17,26%. Em abril, a média nacional foi de 1,08%, resultado próximo ao do mês imediatamente anterior (1,05%).

Dentre as dez capitais pesquisadas, Fortaleza, Belo Horizonte e Recife são as únicas que, apesar da aceleração nas taxas de variação acumuladas em 12 meses, ainda possuem percentuais abaixo da variação da inflação no período (12,13%).

Nas demais, a aceleração dos preços nominais dos imóveis residenciais a partir de abril de 2021 representou um ganho também em valores reais, tomando como base a evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pesquisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Rio de Janeiro é a capital onde os preços de imóveis mais subiram em 12 meses. Alta de 19,83%. Em seguida aparece São Paulo (19,49%) e Brasília (17,07%). O levantamento da Abecip mostra que as três capitais compõem o grupo com as maiores variações acumuladas em doze meses, porém com desaceleração em relação aos respectivos resultados de março.

Já Goiânia, Salvador, Curitiba e Porto Alegre integram um segundo grupo com variações acumuladas em 12 meses inferiores às do primeiro grupo, porém com aceleração em abril, e ainda registrando ganhos reais.

De acordo com a Abecip, a aceleração dos preços dos imóveis residenciais a partir do 2º trimestre de 2021 ocorreu no contexto da retomada do nível de atividades da economia brasileira, e do aumento da concessão de crédito para o setor.

"Apesar da tendência de acomodação do crescimento desses preços verificada em abril, e dos desafios renovados em relação à evolução dos preços ao consumidor, as expectativas dos empresários do setor ainda mostram resiliência", ressalta a entidade.

Dois dos principais componentes do Índice de Expectativas da Sondagem da construção civil IBRE/FGV, demanda prevista e tendência dos negócios, reverteram em abril o movimento de queda verificado no mês anterior.

"O comportamento dos preços dos imóveis residenciais ao longo dos próximos meses pode ser ponderado à luz desses indicadores de expectativas, que ainda evoluem sem tendência clara, refletindo resultados recentes do nível de atividade que parecem contrabalançar em alguma medida os desafios da persistência inflacionária e da lenta recuperação do mercado de trabalho."(Irna Cavalcante)

 

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Base

O IGMI-R é medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), com base nos laudos de imóveis financiados pelos bancos

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