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Turismo na América do Sul cresce com real valorizado frente a outras moedas latinas
Economia

Turismo na América do Sul cresce com real valorizado frente a outras moedas latinas

| RETOMADA| No período de um ano, moeda brasileira se valorizou 23,32% ante o peso argentino, por exemplo, e reflexos já são sentidos na venda de pacotes de viagem
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Somente para Argentina, o número de voos partindo do Brasil deve crescer 32% até o fim deste ano, passando de 162 voos semanais para 214 (Foto: Arquivo Latam/Divulgação)
Foto: Arquivo Latam/Divulgação Somente para Argentina, o número de voos partindo do Brasil deve crescer 32% até o fim deste ano, passando de 162 voos semanais para 214

Com o real se valorizando de 8% a 23% frente às principais moedas sul-americanas e europeias, o poder de compra do turista brasileiro também tem aumentado no Exterior. Esse movimento já tem reflexos nas agências de viagens e, naturalmente, no aumento do número de voos entre o País e destinos tão diversos como Bariloche, deserto do Atacama e Bogotá.

Somente para Argentina, cuja moeda se desvalorizou 23,32% frente ao real, o número de voos deve crescer 32% até o fim deste ano, passando de 162 voos semanais para 214. A busca pelo país vizinho nos sites de busca aumentou 200% nos últimos 9 meses.

A partir do próximo mês, por exemplo, Fortaleza ganhará um voo semanal rumo a Buenos Aires, operado pela companhia aérea Gol.

Demanda reprimida por viagens 

Para a gestora de marketing da Wee Travel, Bárbara Redes, além do câmbio favorável, “há uma demanda reprimida muito grande, nesses dois anos de pandemia. Então, as pessoas estão loucas para viajar. Antes da pandemia o brasileiro estava programando viagens. Agora, os nossos clientes não querem mais esperar porque não sabem se daqui a dois meses tudo poder mudar. Há uma ânsia por viver”.

“Aqui no Ceará, tem uma procura muito grande agora por Bariloche e, entre março e junho, por Mendoza, na Argentina, e como o Chile foi o último país da América do Sul a se abrir para o turismo também está vindo forte, inclusive com destinos menos tradicionais, como o deserto do Atacama. Também vemos boas perspectivas para Colômbia”, cita. Vale lembrar que as moedas desses dois países se desvalorizaram, respectivamente, 16,15% e 8,95%.

Segundo Bárbara, antes mesmo da expressiva desvalorização das moedas sul-americanas registrada em julho, já havia a valorização de alguns destinos na agência, como, por exemplo, o Chile que passou da 16ª para 14ª posição no ranking dos mais procurados, bem como o Uruguai, que passou da 18ª para a 16ª posição. Já os Estados Unidos, com o dólar valorizado caíram da 3ª para a 5ª posição.

O que levar em conta na hora de planejar a viagem

Nesse sentido, Camila Fernandes, executiva de Novos Negócios da Tour House, afirma que o turista pode até aproveitar o real mais forte em relação ao peso argentino, por exemplo, ou o dólar extremamente valorizado para compras ou lazer na nação vizinha. “O que a gente fala para os nossos clientes é que comprem toda parte de passagens e hospedagens no Brasil e que levem uma reserva de US$ 50 ou R$ 250 reais de reserva por dia de viagem”, sugere. Um pacote de quatro dias para Buenos Aires, por exemplo, custa cerca de R$ 2.350.

Ela acrescenta que em todos os países aqui da América do Sul há facilidade de trocar a moeda local por real ou dólar.

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