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Geração própria cresce e Ceará consome 3,4% menos energia da rede em agosto
Economia

Geração própria cresce e Ceará consome 3,4% menos energia da rede em agosto

| FORNECIMENTO | Aumento da Geração Distribuída a partir da instalação de painéis solares em residências e negócios é o principal fator para queda da demanda na rede
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Caminhos da Reportagem deste domingo trata da energia solar no Brasil (Foto: )
Foto: Caminhos da Reportagem deste domingo trata da energia solar no Brasil

O consumo de energia proveniente da rede do mercado regulado sofreu queda de 3,4% em agosto no Ceará. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a queda do consumo está relacionada com o uso mais intenso da Geração Distribuída.

O consumo médio de energia elétrica no mês passado foi de 1.742 megawatts médios. Essa foi a demanda do mercado regulado, que é composto pelas residências e pequenas empresas, que contratam o seu fornecimento das distribuidoras de energia, a Enel no caso do Ceará.

Ainda segundo a CCEE, nesse ambiente de baixa tensão, foram consumidos 1.363 megawatts médios. Isso representa um recuo de 5,6% na comparação anual.

Se desta conta for retirado os efeitos da geração distribuída, a redução de consumo de energia pelos pequenos consumidores foi da ordem de 2,7%. E essa queda não tem relação com risco de seca, mas as temperaturas mais amenas registradas no Estado na comparação com agosto de 2021, o que reduziu a necessidade de acionamento de aparelhos de refrigeração ou ar-condicionado.

Sobre as condições de geração pela matriz hidrelétrica, os dados do CCEE ainda revelam que o nível dos reservatórios do Nordeste subiram de 50% em média, para 70% neste ano. Por isso, o cenário de hidrologia é bastante favorável, em que se consegue atender as necessidades energéticas do País principalmente com o uso das hidrelétricas.

Já dentre os grandes consumidores, de janeiro a agosto, o mercado livre de energia (quando um grande consumidor contrata o fornecimento) apresentou aumento de 7,3% na demanda. Para o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, isso representa uma boa notícia para a atividade econômica do Estado.

Rui enfatiza que há uma tendência de crescimento nessa demanda, que inclui as indústrias e redes de comércio e serviços da Região.

"Parte desse resultado se explica pela entrada de novas unidades, que saíram do segmento regulado. Mas mesmo se retirarmos da conta esse efeito, continuamos vendo uma alta de 1,2%, bem em linha com o crescimento do PIB do País", complementa.

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