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ESG, clima, COP28, Dubai, Ceará, Brasil.....
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

ESG, clima, COP28, Dubai, Ceará, Brasil.....

Desde 30 de novembro, Dubai, nos Emirados Árabes, país que está entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo, está recebendo a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28
 VILMA Freire é secretária da 
Sema e está na comitiva da COP28 (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA  VILMA Freire é secretária da Sema e está na comitiva da COP28

2023 já entrou para história como um dos anos mais quentes e as suas consequências como inundações, incêndios e ondas mortais de calor.

O mês de outubro teve destaque com média global de temperaturas de 0,4°C mais alta que o recorde anterior, que era de outubro de 2019, de acordo com o serviço de mudanças climáticas da União Europeia. Isso aconteceu pelo impulso das emissões de carbono e pelo evento climático El Niño.

Outubro bateu ainda mais um recorde negativo, com 1,7ºC mais quente do que a média pré-industrial, ou seja, período antes de os humanos começarem a queimar grandes quantidades de combustíveis fósseis. Falar sobre as altas temperaturas é inevitável para atuar no presente o no futuro do planeta.

Assim, desde 30 de novembro, Dubai, nos Emirados Árabes, país que está entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo, está recebendo a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28.

Até 12 de dezembro, data prevista para finalização do evento mundial, muita coisa será discutida, mas alguns pontos já foram destaques nos dias iniciais.

Boas novas

Entre eles a aprovação do Fundo de Perdas e Danos, em que recursos financeiros oriundos de países ricos serão destinados a outros menos abundantes financeiramente e que estão sendo impactados com os eventos climáticos como secas, inundações e incêndios.

Até agora, pelo menos US$ 400 milhões, algo em torno de R$ 2 bilhões, sairão dos cofres dos Emirados Árabes, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Japão.

Outra novidade é a formalização entre o Brasil e Reino Unido de um acordo bilateral para o desenvolvimento e geração de energia limpa e renovável, o Hub de Hidrogênio Brasil-Reino Unido.

Será uma plataforma multilateral e colideradas para cooperação no desenvolvimento do hidrogênio por meio de uma oferta internacional coordenada, holística e direcionada.

Caberá ao Brasil o desenvolvimento tecnológico, pesquisas e desenho de ecossistemas de inovação para catalisar os investimentos em hidrogênio de baixa emissão de carbono.

O diálogo técnico com o Reino Unido poderá contar com apoio financeiro, principalmente para a estruturação de projetos sobre a transição energética.

Ceará

O Estado também marca sua presença no evento com uma comitiva com o governador Elmano de Freitas, a secretária Vilma Freire, titular da Secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema); Juliana Alves, secretária dos Povos Indígenas e do superintendente da Secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Semace), Carlos Alberto Mendes Júnior.

Entre as mesas  e painéis que participam estão "Acelerando e fortalecendo o desenvolvimento da indústria eólica brasileira - Brasil Hub Global de Energias Renováveis"; "Implantação da Agenda 2030 na Assembleia Legislativa do Ceará: Promovendo a responsabilidade social por meio da educação e da adoção de critérios sustentáveis pelo poder público”; iniciativas de resiliência climática no semiárido brasileiro; e “O Fundo da Caatinga – O investimento verde a favor da salvaguardado único bioma exclusivamente brasileiro".

Segundo Vilma, o objetivo cearense na COP28 é ampliar o diálogo e promover a troca de experiências que possam colaborar na tomada de decisões para enfrentamento à crise climática do Estado.

“A pauta das mudanças climáticas deixou de ser um tema do futuro, estão acontecendo agora e são urgentíssimas. Estamos enfrentando eventos extremos em todo planeta, ondas de calor e uma seca se aproximam da nossa região. O Ceará terá um papel de destaque com os investimentos na produção de energias renováveis, em especial hidrogênio verde, dando o primeiro passo a nível nacional para essa importante mudança”, afirma.

Negociações internacionais

A presidente da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Ceará (OAB-CE), a cearense Beatriz Azevedo, também está presencialmente no evento climático e diz que é uma grande oportunidade de acompanhar a política e as negociações internacionais na pauta de clima.

Que, hoje em dia, concentra alguns dos principais debates financeiros do mundo, como o financiamento para uma transição justa para uma economia de baixo carbono, o que envolve temas como transição energética, agricultura e financiamento para adaptação e perdas e danos.

“Estar no centro de todos esses debates é ter a oportunidade de me conectar com governos do mundo inteiro, inclusive do Governo Federal e subnacional do Brasil. Assim, como especialistas e sociedade civil de vários países. Além de grande aprendizado e conexão, é também uma oportunidade de comunicar para a sociedade cearense a importância desse evento”, declara a advogada.

Ela acredita que comunicar sobre mudança climática é parte da solução, pois uma população sensível ao tema pode eleger representantes melhores para desenhar as políticas públicas e se torna um público consumidor também mais consciente, o que é essencial para a solução da crise climática.

 

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