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BNB aporta R$ 1 milhão em pesquisa para produzir metano sintético no CE
Economia

BNB aporta R$ 1 milhão em pesquisa para produzir metano sintético no CE

| Fundeci | Projeto de pesquisa será realizado pela Cegás e Cagece para produção de metano sintético, aproveitando emissões de CO2 de aterro sanitário e reação com hidrogênio verde
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Usina é localizada na Região Metropolitana de Fortaleza (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Usina é localizada na Região Metropolitana de Fortaleza

Projeto de pesquisa cearense para geração de metano sintético após reação de dióxido de carbono (CO2) proveniente de aterro sanitário com hidrogênio verde receberá aporte de R$ 1 milhão do Banco do Nordeste (BNB). O estudo foi aprovado em edital do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci).

A pesquisa será desenvolvida numa parceria da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), autora do projeto, juntamente com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Cegás e Cagece devem aportar, cada uma, outros R$ 300 mil na pesquisa.

O projeto tem por finalidade aumentar a produção e aumentar a disponibilidade de gás natural no Ceará.

De acordo com a Cegás, além de utilizar o CO2 proveniente de biodigestores dos aterros sanitários, existe a possibilidade de aproveitar o potencial das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) da Cagece durante o processo de tratamento dos efluentes.

Miguel Nery, diretor-presidente da Cegás, revela que a assinatura de contrato e dispêndio de recurso para a pesquisa será realizada em fevereiro.

Ele acredita que o projeto "permitirá o desenvolvimento de solução tecnológica que elevará a competitividade do gás natural no estado do Ceará".

O Ceará é analisado como um exemplo para o mercado brasileiro de gás ao ser o primeiro estado a injetar biometano nos gasodutos, lembra a presidente executiva da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Renata Isfer. Atualmente, cerca de 15% do gás natural da empresa é composto de biometano adquirido da GNR Fortaleza, que atua no aterro sanitário de Caucaia.

Ela pontua que a partir da experiência do Ceará, o mercado tem crescido e o combustível que mais avançou na utilização foi o biogás de biometano.

Atualmente, existem seis plantas de biometano certificadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

A capacidade de produção de 417,1 mil m³/dia de biometano pode ser incrementada com a instalação de 15 novas plantas, num incremento de 544,9 mil m³/dia. Até 2029, a Abiogás projeta 90 plantas autorizadas.

"A partir do momento em que a ANP terminar o processo de aprovação, vamos multiplicar por quatro o número de plantas de biometano em atividade no Brasil. Então, esse "boom" está chegando", pontua.

De acordo com o diretor técnico-comercial da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Marcelo Mendonça, destaca que a injeção de biometano no sistema canalizado das distribuidoras é tratado com grande interesse.

O setor busca liderar no papel ambiental de descarbonização na cadeia de energia brasileira, uma vez que o gás natural é uma fonte mais limpa do que outras de origem fóssil e vem sendo relevante substituto de combustíveis poluentes na indústria, como diesel e carvão, aponta.

"Definitivamente, as concessionárias estão completamente engajadas nessa agenda para oferecer aos seus mercados mais uma opção com benefícios ambientais – além do gás natural, o biometano", destaca.

Atualmente, o principal desafio apontado para maior avanço dessa cadeia é a oferta às distribuidoras.

Do ponto de vista técnico, não há impedimento para incremento de biometano nos gasodutos de gás natural e as distribuidoras buscam mapear o crescimento da oferta de biometano nos próximos anos.

Além do caso pioneiro da Cegás, outras distribuidoras estaduais têm apostado na injeção de biometano na sua rede.

No fim de 2023, a Copergás, de Pernambuco, assinou aditivo de contrato com a Orizon VR, para ampliação dos volumes adquiridos de biometano advindos do aterro sanitário.

Apesar do crescimento do número de acordos, a Abegás estima que o suprimento de biometano injetado nos sistemas de gás das distribuidoras some algo em torno de 290 mil m³/dia. Isso representa menos de 1% da demanda não térmica das concessionárias.

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Comitiva da BP Energy visita o Complexo Industrial e Portuário do Pecém
Comitiva da BP Energy visita o Complexo Industrial e Portuário do Pecém

Executivos da BP Energy visitam o Pecém

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém recebeu uma comitiva da britânica BP Energy ontem, 15. A empresa tem um memorando de entendimento com o governo cearense para a formação de um hub de gás natural no Porto do Pecém.

"O Estado do Ceará faz parte de uma região-chave para a nova estratégia da BP. O hub de gás pode possuir capacidade instalada de cerca de 2.2 GW, o que seria suficiente para abastecer 10 milhões de residências e gerar por volta de 5 mil empregos durante a construção", comentou Mario Lindenhayn, então presidente da empresa, em janeiro de 2022.

A visita acontece justamente quando o fornecimento do insumo para o Estado vem sendo debatido. Com a saída do navio regaseificador do Porto no fim do ano passado, o setor ficou em alerta devido à hibernação das térmicas a gás natural instaladas no Estado e à possibilidade de ampliação da demanda pelo parque industrial cearense.

"Iniciamos a semana com uma visita muito importante ao Pecém! Nesta segunda-feira (15), contamos com a visita de executivos da BP Energy, uma das empresas internacionais com o maior portfólio de exploração em águas profundas no país, para conhecerem o Complexo e os diferenciais do Hub de Hidrogênio Verde. Os convidados foram recebidos pelo presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo", informou a Cipp SA nas redes sociais.

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