O Ceará tem se desenvolvido como um forte hub logístico nos últimos anos. A taxa de ocupação nos condomínios logísticos de armazenagem e distribuição do comércio no Estado está em 99,34%, entre as classes A+, A e B, de acordo com levantamento da plataforma de inteligência imobiliária SiiLA, referente ao quarto trimestre de 2023.
Os dados apontam que o indicador de vacância ou desocupação dos condomínios logísticos comerciais está em 0,66%, considerando um estoque total existente de 428.706 metros quadrados (m²) no Estado. A expectativa é que mais 265.970 m² em condomínios logísticos sejam entregues no Ceará em 2024 e 2025 por meio de três empreendimentos.
O BWDiase Fortaleza deverá ser entregue no terceiro trimestre deste ano, com 190.000 m²; acompanhado do LOG Fortaleza III, com 61.568 m², no mesmo período. Já no segundo trimestre de 2025 espera-se o Aurum 100, com 14.402 m².
Enquanto as maiores empresas ocupantes por área no Ceará são: Amazon, com 64.924 m²; Magazine Luiza, com 33.201 m²; Casas Bahia, com 21.634 m²; Mercado Livre, com 11.038 m²; Avon, com 9.963 m²; Facily, com 3.960 m²; Nagem, com 2.886 m²; e M2 Têxtil, com 1.065 m².
Sobre o perfil de ocupação comercial nos condomínios logísticos, o Estado conta com empreendimentos de bens de consumo (40,18%); transporte e logística (34,33%); alimentos e bebidas (14,28%); e produtos industrializados (5,57%).
Em termos de área ocupada, o condomínio do LOG Fortaleza I dispõe de 108.000 m² e o LOG Fortaleza II, de 93.000 m² aproximadamente. O Condomínio Aliança Aliança fica com 43.000 m²; Condomínio Logístico de Fortaleza (CLF), com 42.000 m²; Varilog Cidade do Atacado, com 36.000 m²; e Centro de Distribuição Maracanaú, com 29.000 m².
De acordo com o diretor-presidente da SiiLA, Giancarlo Nicastro, o Ceará é um hub logístico muito interessante fora do eixo Sudeste. “O mercado de condomínios logísticos como um todo vem se tornando atrativo para investimentos, dado a descentralização dos hubs logísticos por todo Brasil e novos desenvolvimentos e investimentos fora da região Sudeste”, analisou.
Um fomentador disso foi o crescimento do comércio eletrônico desde a pandemia de covid-19. “Cada vez mais os consumidores buscam por entregas mais rápidas (...), dito isso, os setores que mais cresceram durante esse período foram obviamente do e-commerce e, como consequência, transporte e logística”, observou Nicastro.
"A estrutura desse tipo de comércio (online) é muito mais barata do que a estrutura convencional, então com avanço do próprio sistema de comércio eletrônico ficou muito mais atraente para o consumidor", acrescentou o professor do Departamento de Administração da Universidade Federal do Ceará (UFC), Carlos Manta Pinto de Araújo.
No entanto, a taxa de vacância no Estado (0,66%) indica um certo desequilíbrio entre a relação de oferta e demanda na visão de Nicastro, já que pode haver falta de imóveis disponíveis para locação. Por outro lado, o secretário-executivo de Comércio, Serviços e Inovação do Ceará, Fábio Feijó, afirmou que a localidade não enfrenta esse desafio.
“O que a gente está percebendo aqui é que tem muito galpão disponível para alugar e terrenos para construir. Essa limitação não chegou para a gente; pelo contrário, acaba sendo um diferencial aqui no Estado, com áreas próximas a rodovias para escoamento”, explicou Feijó em entrevista ao O POVO.
O secretário-executivo detalhou, ainda, que as grandes empresas multinacionais optam por comprar terrenos e construir do zero os seus respectivos galpões logísticos. “Elas têm toda uma racionalidade de estocagem não só horizontal, mas principalmente vertical”, disse Feijó.
Em relação aos galpões industriais, não relacionados ao comércio, 95% das unidades disponibilizadas pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) estão ocupadas no Estado, em 56 municípios. Essas concessões ocorrem via contratos com prazo padrão de cinco anos, e as renovações podem ocorrer quantas vezes forem necessárias.
Além disso, mais de R$ 63 milhões estão sendo investidos em obras de infraestrutura para empresas que desejam se instalar ou ampliar suas atividades no Ceará entre os anos de 2023 e 2024, de acordo com a Adece, executora das políticas e diretrizes oriundas da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE).
Empresas com maior espaço
Amazon:
64.924 m²
Magazine Luiza: 33.201 m²
Casas Bahia:
21.634 m²
Mercado Livre:
11.038 m²
Avon:
9.963 m²
Facily:
3.960 m²
Nagem:
2.886 m²
M2 Têxtil:
1.065 m²
Fonte: SiiLA