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Turismo do Ceará teve o 2º melhor desempenho do Brasil em 2024 até novembro
Economia

Turismo do Ceará teve o 2º melhor desempenho do Brasil em 2024 até novembro

O resultado do Estado foi 8,5 p.p. maior que o do Brasil (9,2%) e 1,4 p.p. menor que o do primeiro colocado, o Rio Grande do Norte (19,1%)
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POR MAIS que na comparação com 2023 o resultado tenha sido positivo, houve recuo no setor de turismo de outubro para novembro
 (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS POR MAIS que na comparação com 2023 o resultado tenha sido positivo, houve recuo no setor de turismo de outubro para novembro

Com crescimento de 17,7%, o Ceará obteve o 2º melhor desempenho no volume de atividades turísticas do Brasil em novembro quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

O resultado do Estado foi 8,5 pontos percentuais (p.p.) maior que o do Brasil (9,2%) e 1,4 p.p. menor que o do primeiro colocado, o Rio Grande do Norte (19,1%).

Os dados são referentes a série com ajuste sazonal e fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entretanto, em relação ao mês imediatamente anterior, o índice recuou 3,7%, a segunda pior taxa do País em novembro.

O desempenho negativo ocorreu após o Ceará ter registrado um acentuado avanço de 10,5% em outubro. Desta forma, quando considerado o acumulado do ano na comparação com 2023, a taxa foi positiva, com um crescimento de 1,9%.

Sobre a receita nominal, foi constatada uma alta de 2,3% na comparação mensal e de 15% ante novembro do ano anterior.

Setor de serviços recua 1,5% em novembro

Outro ponto investigado pela pesquisa é o volume de serviços, que recuou 1,5% no Ceará em novembro de 2024. Com isso, o índice do setor é 0,6 p.p. menor que o registrado nacionalmente.


Porém, tanto em relação a novembro de 2023 quanto aos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, os resultados foram positivos, com altas de 1,8%, 1% e 0,7%, respectivamente.

As taxas positivas também foram acompanhadas pelas atividades de divulgação, apenas uma registrou recuo na comparação com novembro do ano anterior, a de serviços profissionais, administrativos e complementares (-8,6%).

As outras quatro apresentaram crescimento: Serviços prestados às famílias (9,3%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (7,3%), serviços de informação e comunicação (6,2%) e outros serviços (5,4%).

Já no que concerne ao índice de receita nominal, também foi constatada queda na comparação mensal, de 0,6%, e altas nas anuais, com 4,7% em relação a novembro de 2023, 5,7% no acumulado do ano e 5,4% no de doze meses.

Cenário nacional

O volume de serviços prestados no País, em novembro, apresentou uma variação negativa após ter atingido seu recorde na série histórica da PMS em outubro, com uma baixa de 0,9% na comparação com o mês anterior.

Duas das cinco atividades de serviços pesquisadas mostraram taxas negativas frente ao mês anterior: transportes (-2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%).

Por outro lado, os outros serviços (1,8%), os serviços prestados às famílias (1,7%) e as atividades de informação e comunicação (1%) mostraram avanços na comparação com outubro de 2024.

Em contrapartida, em relação a novembro de 2023, o setor de serviços cresceu 2,9%, seu oitavo resultado positivo nessa comparação. Essa alta foi acompanhada por quatro das cinco atividades e por 56% dos 166 serviços investigados.

O principal crescimento nessa comparação veio de informação e comunicação (6,6%) e dos serviços prestados às famílias (5%). As demais altas foram em: Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%).

A única influência negativa veio de outros serviços (-1%), devido, segundo o IBGE, “à redução das receitas de serviços financeiros auxiliares, das atividades de apoio à agricultura e da coleta de resíduos não perigosos”.

No acumulado do ano o desempenho do País foi similar, com aumento de 3,2%, e taxas positivas em quatro das cinco atividades:

  • Serviços profissionais, administrativos e complementares : 6,7%
  • Serviços de informação e comunicação: 6,4%
  • Serviços prestados às famílias: 4,7%
  • Outros serviços: 1,9%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: -1%

No que concerne às atividades turísticas, em novembro de 2024, após chegar ao ponto máximo na série histórica da PMS, o índice de atividades turísticas recuou 1,8% frente a outubro. Dessa forma, o volume dessas atividades está 11,1% acima do patamar de fevereiro de 2020.

No contexto regional, onze dos 17 locais mostraram taxas negativas frente a outubro, com destaque para o Pará (-6,9%) e o Ceará (-3,7%).

O gerente da pesquisa comenta que a alta das passagens influenciaram no resultado do mês.

“A alta dos preços exerceu uma pressão negativa importante sobre a receita real das companhias aéreas, o que acabou trazendo um reflexo negativo relevante sobre o indicador especial de turismo neste mês”, explicou.

Já em relação a novembro de 2023, o índice cresceu 9,2%, sua sexta alta consecutiva. Houve taxas positivas em 15 das 17 Unidades de Federação (UFs).

A PMS também traz informações nacionais referente ao transporte de passageiros, que de acordo com o anunciado, registrou uma diminuição no volume de 3,4% em novembro na comparação com o mês imediatamente anterior.

Com isso, o segmento está 7,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,6% abaixo do ápice da série histórica (fevereiro de 2014).

Já no transporte de cargas, o resultado também foi negativo, com uma queda de 1,4%, a taxa está 6,6% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023) e 34,2% acima do nível pré-pandemia.

Entrevista com o governador do Ceará, Elmano de Freitas | O POVO News

 

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Confira a variação anual de novembro da atividade turística de cada estado em relação a 2023:

Rio Grande do Norte: 19,1%
Ceará: 17,7%
Goiás: 17,4%
Santa Catarina: 15,9%
Bahia: 14,2%
Paraná: 13,6%
Amazonas: 12%
Alagoas: 11,1%
Rio de Janeiro: 10,5%
Pará: 8,6%
Pernambuco: 8,4%
São Paulo: 7,9%
Distrito Federal: 7,6%
Espírito Santo: 7,1%
Minas Gerais: 4,6%
Rio Grande do Sul: -0,7%
Mato Grosso: -1,2%

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