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Indústria do Ceará teve o melhor resultado do Brasil no 1º trimestre de 2025
Economia

Indústria do Ceará teve o melhor resultado do Brasil no 1º trimestre de 2025

Até março deste ano, o aumento foi de 3,5%. O desempenho é melhor do que o registrado no Brasil (0,4%) e no Nordeste (-2,6%)
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DESTAQUE para avanço da produção de produtos químicos, alimentos e metalurgia (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS DESTAQUE para avanço da produção de produtos químicos, alimentos e metalurgia

A indústria do Ceará obteve o melhor resultado do Brasil no índice de média móvel trimestral, com ajuste sazonal. Até março deste ano, o aumento foi de 3,5%. O desempenho é melhor do que o registrado no Brasil (0,4%) e no Nordeste (-2,6%). 

Além disso, na comparação com fevereiro, o avanço foi de 3,4%, sendo a maior alta da Região e a quinta do País. O índice nacional cresceu 1,2% no período.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Contudo, em relação a março de 2024, o Estado apresentou uma diminuição de 2%. No acumulado do ano, sem ajuste sazonal, a queda foi de 0,7%. Por outro lado, os últimos 12 meses tiveram uma alta de 5,2%.

Das atividades que auxiliaram a elevação do trimestre, estão produtos químicos (1,90%), alimentos (1,56%), metalurgia (1,31%) e têxtil (1,06%).

Em seguida, aparece produtos de couro e calçados (0,27%), minerais não-metálicos (0,23%) e produtos de metal (0,01%).

No entanto, vestuário (-2,68%), refino e biocombustíveis (-2,35%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,80%) e bebidas (-0,2%) estão entre as baixas.


O resultado foi comemorado pelo governador Elmano de Freitas (PT), "O Governo do Ceará tem colaborado para o crescimento registrado pela indústria cearense. Com políticas de incentivo consistentes, temos atraído novos empreendimentos e fortalecido ainda mais as empresas já instaladas em nosso Estado."

Cenário nacional

Conforme Bernardo Almeida, analista da PIM Regional, o crescimento de 1,2% no mês de março vem como um movimento compensatório após cinco meses sem avanço significativo.

"Vale lembrar que fatores macroeconômicos ainda impactam a cadeia produtiva, como a inflação acelerada, afetando diretamente a renda disponível das famílias, principalmente, no que tange o setor alimentício e a cesta básica."

"Temos também a taxa de juros em patamares elevados, a redução na concessão do crédito impactando negativamente os investimentos com relação à produção industrial, o que arrefece o ritmo de produção. Isso explica um pouco a trajetória que vem desde outubro de 2024", complementa.

Ao todo, dez dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional expandiram a produção na passagem de fevereiro para março. 

Os maiores avanços foram registrados Amazonas (5,6%), Espírito Santo (4,6%), Pará (4,6%) e Rio de Janeiro (4,5%), enquanto Pernambuco (-5,0%) assinalou a queda mais intensa.

Em relação à média móvel trimestral (0,4%), dez dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas no trimestre encerrado em março, com destaque para os avanços mais acentuados registrados por Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,4%), Espírito Santo (1,2%), São Paulo (1,1%) e Paraná (0,9%).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 3,1% no setor industrial do país, com resultados positivos em onze dos 18 locais pesquisados. Dentre eles, Paraná (15,1%), Santa Catarina (9,3%) e Pará (9,1%) assinalaram os avanços mais intensos.

No acumulado de 2025, a alta de 1,9% da indústria nacional foi acompanhada por resultados positivos em oito dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial avançou 3,1%, com taxas positivas em quatorze dos 18 locais pesquisados.

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Desempenho industrial na média trimestral móvel

Ceará: 3,5%

Rio de Janeiro: 2,4%

Espírito Santo: 1,2%

São Paulo: 1,1%

Paraná: 0,9%

Pará: 0,7%

Minas Gerais: 0,6%

Amazonas: 0,6%

Brasil: 0,4%

Santa Catarina: 0,2%

Bahia: 0,1%

Rio Grande do Sul: -0,6%

Goiás: -0,9%

Mato Grosso: -1,1%

Nordeste: -2,6%

Pernambuco: -10,7%

Fonte: IBGE

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