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Sítio Barreiras investe R$ 15 mi em hub de Quixeré para dobrar capacidade
Economia

Sítio Barreiras investe R$ 15 mi em hub de Quixeré para dobrar capacidade

|Agronegócio|Produtora de bananas e cacau, a empresa vai ampliar a atuação na logística da fruticultura
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FÁBIO Régis, CEO do Sítio Barreiras, destacou que o foco é também em agregar mais valor ao produto (Foto: Matheus Amorim)
Foto: Matheus Amorim FÁBIO Régis, CEO do Sítio Barreiras, destacou que o foco é também em agregar mais valor ao produto

O Sítio Barreiras projeta dobrar a capacidade de distribuição de frutas da empresa a partir do próximo mês, quando concluir o investimento de R$ 15 milhões de recursos próprios em um hub de distribuição (CD) localizado em Quixeré, a 196 quilômetros de Fortaleza.

"Estamos trabalhando lá há um ano e vamos inaugurar este hub nos próximos 30 dias, onde a gente vai poder girar 50 carretas por semana com uma tecnologia bastante avançada. Trouxemos materiais da Europa para fazer uma cadeia de frios e uma maturação das frutas muito bem feita", afirmou Fábio Régis, CEO do Sítio Barreiras.

Hoje, além das cerca de 40 mil toneladas de bananas produzidas anualmente e mais 100 toneladas de cacau entre o Cariri cearense e mais duas áreas na Bahia, a empresa também faz o transporte da produção de parceiros entre a lavoura e os supermercados.

A atividade envolve abacate, abacaxi, coco, laranja, maçã e manga em polos fruticultores de inúmeros estados do País. Nesta perspectiva, o hub logístico amplia também a possibilidade de novas parcerias, segundo projetou o CEO durante o seminário Água Innovation Vale do Jaguaribe, que encerrou na sexta-feira, dia 23, no Instituto Federal do Ceará (IFCE) de
Limoeiro do Norte.

O Sítio Barreiras possui, hoje, dois centros de distribuição em operação, um no Recife (PE) e um no Sul do Ceará, onde fica o principal polo de produção de banana. Mas, cada um dos empreendimentos movimenta metade da capacidade do novo hub projetado em Quixeré, que será o mais moderno.

Ao O POVO, Régis destacou que o investimento no manejo das frutas faz parte de um esforço para promover uma valorização da produção, dando mais valor agregado ao item que chega aos consumidores finais.

"Isso implica em melhorias na cadeia, com pessoas mais profissionais. Mas também é um cenário de comércio mais exigente e de mercado mais competitivo, onde não cabe mais aquele produtor que não aprendeu o mínimo. Não só fazer uma fruta boa, mas fazer ela chegar boa até o supermercado. Hoje, este é o principal desafio", reforçou.

Para melhorar a cadeia, acrescentou, o Sítio Barreiras faz um trabalho de assessoria aos produtores parceiros. O objetivo é agregar valor à produção deles, desde o cultivo até o manejo do qual a empresa participa.

Perguntado se tem planos de exportação, Fábio Régis descartou enviar frutas para o exterior e disse estar focado no mercado brasileiro, com a ampliação da participação no Nordeste. Mas admitiu estar de olho no Sudeste a partir da operação do hub logístico de Quixeré e também monitorar o Norte do País.

"A Região tem um potencial muito grande. São solos adequados, temos água para ampliar a produção e acreditamos que, se tivermos mais qualidade, podemos atingir o mercado do Sudeste a partir daqui", ressaltou.

Com a produção de banana e cacau consolidada, ele ainda revelou que não há planos de diversificação de culturas neste momento, voltando a mencionar o foco no hub logístico como estratégia de ampliar o negócio.

*O repórter viajou a convite do Água Innovation

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