O índice do volume de vendas cearense do comércio varejista ampliado foi o terceiro maior do País no 1º quadrimestre de 2025, com um crescimento de 6,1% em relação à 2024, ficando abaixo apenas do Amapá (10,1%) e da Paraíba (6,7%).
Esta categoria, além do varejo normal, inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Com essa alta, o desempenho do Estado ficou 5 pontos percentuais (p.p.) acima do nacional (1%). Confira mais abaixo o desempenho de cada Unidade Federativa (UF) no 1º quadrimestre de 2025.
Os dados foram compilados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira, 12.
De acordo com o levantamento, no período, apenas duas das onze atividades de divulgação analisadas apresentaram recuo: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com - 5,6% e móveis e eletrodomésticos, com - 0,4%.
Nas altas, destacaram-se os materiais de construção (18%) e os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,6%).
Considerando apenas o comércio varejista, o desempenho do Estado também foi positivo no acumulado dos primeiros quatro meses do ano. A alta foi de 3,6%, 1,5 p.p. maior que a do Brasil (2,1%).
Na análise de Assis Cavalcante, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, como o mês de abril antecede o Dia das Mães, a análise é que muitas pessoas antecipam o presente.
"Acho que isso teve uma influência substancial. Levando em consideração também que, agora, no Dia das Mães especificamente, o varejo de Fortaleza teve um crescimento, em relação ao ano passado, em torno de 6%/7%, então, tenho o sentimento que muita gente antecipou as compras para o Dia das Mães."
Outro ponto no que Assis percebe é que não há atualmente grandes demissões no varejo e novas unidades têm contribuído para aumentar o fluxo de clientes.
"Fortaleza também teve um aspecto interessante, agora, no começo do ano, foram muitas lojas de chineses, abertas no Centro. Isso gera um movimento muito grande, porque eles têm uns preços muito competitivos e atrai muitos consumidores."
Ainda no comparativo anual, de abril de 2024 para abril de 2025, o varejo cearense também se destacou, tanto no ampliado quanto no comum.
No primeiro, o resultado do Ceará foi o segundo maior do Brasil, com 7,2%. Já, no segundo, o crescimento no volume de vendas foi de 4%.
Das atividades de divulgação, o que se destacou nas altas, nesse recorte, foram os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,4%). Já, nas baixas, foi a venda de livros, jornais, revistas e papelaria (- 42,4%).
Agora, em relação ao mês de março, a pesquisa aponta que o crescimento do varejo ampliado do Ceará foi o quinto maior do País, com 1,5%. O desempenho foi na contramão do nacional, que registrou uma taxa de - 1,9%.
Entretanto, o volume das vendas do Ceará, sem incluir veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, obteve o quarto pior resultado do Brasil, com uma retração de 1,5%.
Na passagem de março para abril, as vendas no comércio varejista no país recuaram 0,4%, primeiro mês de queda do ano. O resultado vem após o índice ter atingido o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000, em março.
A taxa, segundo o gerente da PMC, Cristiano Santos, é considerado estável e se deve principalmente pela alta que ocorreu no mês anterior.
“Está havendo uma desaceleração, após três meses de crescimento. Existe o efeito base, pois o patamar anterior foi recorde. É muito mais difícil subir”, explicou.
No comércio varejista ampliado, entretanto, o volume de vendas recuou 1,9% frente a março.
Das atividades investigadas, seis foram negativas: veículos, motocicletas, partes e peças (-2,2%), combustíveis e lubrificantes (-1,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%), material de construção (-0,4%) e móveis e eletrodomésticos (-0,3%).
Por outro lado, os resultados positivos foram do grupo de livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%), tecidos, vestuário e calçados (0,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%).
Em relação a abril de 2024, o volume de vendas no comércio varejista cresceu 4,8%, com cinco dos oito setores em alta:
Já as quedas foram observadas em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,8%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,9%).
No varejo ampliado, todas as três atividades adicionais tiveram resultados negativos: veículos e motos, partes e peças (-7,1%), material de construção (-2,7%) e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,4%).