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II Fórum ESG O POVO: justiça climática precisa estar no centro da COP 30
Economia

II Fórum ESG O POVO: justiça climática precisa estar no centro da COP 30

O evento reuniu empresários, gestores, jornalistas, além de representantes da academia e de movimentos sociais no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec)
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SEGUNDA edição do Fórum ESG OPOVO trouxe a COP30 como tema central (Foto: João Filho Tavares)
Foto: João Filho Tavares SEGUNDA edição do Fórum ESG OPOVO trouxe a COP30 como tema central

Com a aproximação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), os palestrantes do II Fórum ESG O POVO entendem que um tema precisa estar em pauta: a justiça climática.

O evento reuniu empresários, gestores, jornalistas, além de representantes da academia e de movimentos sociais nesta quarta-feira, 25, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

"Não podemos nos autodeclarar nenhuma referência sobre isso (sustentabilidade). Mas, humildemente, procuramos criar esse caminho, colaborar com todos aqui, com toda a sociedade e as demais iniciativas. E estamos comprometidos, determinados a avançar nessa pauta ESG", afirmou o gerente-geral da Fundação Demócrito Rocha, Marcos Tardin, na abertura do evento.

Na mesma linha, Joaquim Rolim, consultor em energia da Fiec, ressaltou que a federação tem reafirmado seu compromisso com a sustentabilidade e entende que o verdadeiro desenvolvimento só acontece quando conseguimos conciliar negócios, planeta e sociedade.

"Nosso esforço é constante para que a indústria cearense seja cada vez mais protagonista na construção de um futuro que respeite o meio ambiente e gere oportunidade para todos."

Já o CEO da Casa Azul Ventures, Rafael Silveira, destacou que há um olhar cada vez mais presente nos negócios de bioeconomia e transição energética. "Não só porque gostamos, mas também porque boa parte do dinheiro do mundo está nisso. [...] E eu, pessoalmente, não acredito que exista lugar melhor no mundo para falar de transição energética do que o Nordeste."

Para o executivo, levando em conta o papel da aceleradora de startups, os princípios de ESG contribuem para valorizar a empresa no mercado e atrair novos investimentos.

Por outro lado, o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan), Artur Bruno, alertou para o contexto de aquecimento global e a emergência climática. Para lidar com essa questão, acredita que uma atuação quádrupla é necessária. "E o que é isso? É a união entre o poder público, a academia, o setor empresarial e a sociedade civil."

Além disso, Juliana Alves, Cacika Irê e secretária dos Povos Indígenas do Ceará, reforçou a importância dos indígenas para a proteção da natureza.

"Nós já lidamos com isso há muitos anos. Quando a gente não deixa uma usina nuclear entrar em território indígena, não deixa o agronegócio avançar, quando não permitimos que grileiros, latifundiários, empresários entrem em um território para exploração, nós estamos cuidando do planeta.

Também explica que a preocupação surge por causa das futuras gerações. "Não somos apenas nós que vamos utilizar desse espaço [...] E aí a gente precisa chamar a sociedade para a responsabilidade. Não é somente papel dos povos indígenas continuar cultivando, continuar protegendo a floresta, a biodiversidade. É um papel de todos nós."

Por fim, a curadora, mediadora e colunista de ESG do O POVO, Carol Kossling, avaliou que ESG não é só para as empresas. "É para a gente também, como pessoa física. Podemos ser mais responsáveis ambientalmente, socialmente e também ter essa governança, essa gerência de todas as nossas atuações."

Tecnologia e ESG | O POVO Tecnologia

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Veja as ações apresentadas por empresas e organizações no II Fórum ESG O POVO

Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC)

O Núcleo ESG-FIEC tem o objetivo de fortalecer o compromisso da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) com o futuro da indústria local. Até o momento, mais 26 empresas já foram qualificadas pelo Programa de Certificação ESG da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, sendo três delas já recertificadas.

Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece)

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) possui um Programa Reciclocidades, que une a beleza do artesanato a técnicas de alto design. Criado em 2009, o projeto tem o objetivo gerar trabalho e renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, são cerca de 80 impactadas, que produzem moda em sete grupos produtivos na cidade de Fortaleza.

 

Instituto Lixo Zero

O Instituto Lixo Zero tem o propósito de que 90% dos materiais produzidos sejam reinseridos na cadeia produtiva e que o envio para aterros ou incineradores seja a última opção na escala de prioridade. Atuando no Brasil há 15 anos, a organização está presente em mais de 270 cidades e conta com mais de 3 mil voluntários. São seis programas centrais: o Calendário Pedagógico Anual, o Cidades Lixo Zero, a Certificação Lixo Zero, o Escolas Lixo Zero, a Academia Lixo Zero, e o Representa Lixo Zero.

Coalizão pelo Impacto

A Coalizão pelo Impacto é um programa nacional que opera simultaneamente em seis cidades brasileiras, abrangendo as cinco regiões do Brasil. Essa iniciativa nasceu da colaboração de doze instituições parceiras, que formaram um fundo filantrópico de R$ 34 milhões a serem aportados ao longo de cinco anos. Suas ações se estruturam em três eixos de atuação: formação, conexão e fomento.

Belém

A COP30, que neste ano será realizada em novembro, em Belém (PA), é um encontro global anual onde líderes mundiais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. É considerado um dos principais eventos do tema no mundo

Mulheres

Os participantes dos painéis continham,

predominantemente,

mulheres. Elas também encerraram todos os debates, com a última palavra nas palestras

Ações destacadas no 2ª Fórum ESG OPOVO

Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC)

O Núcleo ESG-FIEC tem o objetivo de fortalecer o compromisso da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) com o futuro da indústria local. Até o momento, mais 26 empresas já foram qualificadas pelo Programa de Certificação ESG da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, sendo três delas já recertificadas.

Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece)

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) possui um Programa Reciclocidades, que une a beleza do artesanato a técnicas de alto design. Criado em 2009, o projeto tem o objetivo gerar trabalho e renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, são cerca de 80 impactadas, que produzem moda em sete grupos produtivos na cidade de Fortaleza.

Instituto Lixo Zero

O Instituto Lixo Zero tem o propósito de que 90% dos materiais produzidos sejam reinseridos na cadeia produtiva e que o envio para aterros ou incineradores seja a última opção na escala de prioridade. Atuando no Brasil há 15 anos, a organização está presente em mais de 270 cidades e conta com mais de 3 mil voluntários. São seis programas centrais: o Calendário Pedagógico Anual, o Cidades Lixo Zero, a Certificação Lixo Zero, o Escolas Lixo Zero, a Academia Lixo Zero, e o Representa Lixo Zero.

Coalizão pelo Impacto

A Coalizão pelo Impacto é um programa nacional que opera simultaneamente em seis cidades brasileiras, abrangendo as cinco regiões do Brasil. Essa iniciativa nasceu da colaboração de doze instituições parceiras, que formaram um fundo filantrópico de R$ 34 milhões a serem aportados ao longo de cinco anos. Suas ações se estruturam em três eixos de atuação: formação, conexão e fomento.

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