As exportações de calçados no Ceará registraram, em julho, o maior recuo na receita dentre os demais estados do País, com uma baixa de 14,2%. O valor comercializado no mês foi de US$ 13,4 milhões para um volume de 2 milhões de pares de sapatos, montante também menor do que o alcançado em julho de 2024 (-9,4%).
O Estado, entretanto, é o segundo maior exportador de sapatos do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul. Ele contabilizou, no acumulado do ano até julho, 19,5 milhões de pares vendidos, com uma alta de 11,2% em relação à igual período do ano passado.
Já, no que concerne ao faturamento, ele registrou uma queda de 1,1% nesses sete meses, somando US$ 117,68 milhões.
Os dados apresentados foram elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base nos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
De acordo com o exposto, no cenário nacional, a tendência de baixas também foi observada em julho. Assim, conforme o divulgado, as exportações no setor, no mês, somaram 7,18 milhões de sapatos e US$ 76,74 milhões, quedas de 7,3% e de 11,8%, respectivamente.
Essa desaceleração no comércio exterior de calçados, no mês, para o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ocorre devido ao acirramento da concorrência internacional impulsionado pelas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos aos outros países.
“Os exportadores chineses estão redirecionando seus embarques para fugir da sobretaxa aplicada nos Estados Unidos. Isso vem impactando o nosso desempenho em mercados importantes na Europa e na América Latina”, destaca o dirigente.
Em julho, dessa forma, o segundo destino internacional do calçado brasileiro, a Argentina e o terceiro, o Paraguai, registraram quedas no faturamento no comparativo com 2024. Diminuindo em 32,8% (US$ 13,34 milhões) e em 23% (US$ 2,2 milhões), respectivamente, o ganho com as comercializações do setor.
Porém, no intervalo de janeiro a julho, foram embarcados para o exterior 59,88 milhões de pares, 6,6% a mais do que em 2024, que geraram uma receita 0,7% maior que a do ano passado (US$ 574 milhões).
No acumulado do ano, assim, o cenário, mesmo em baixa, ainda demonstra crescimento em relação ao ano passado. Confira o volume e a receita das exportações do Brasil para os três principais destinos do País: