 
            O Banco do Nordeste informou que terá US$ 67 milhões para financiar linhas de transmissão e distribuição de energia gerada por fontes renováveis.
As estruturas se tornaram um gargalo para o setor e a Região desde 2023, quando parques eólicos e fotovoltaicos são obrigados a parar a geração, como forma de evitar picos e quedas no Sistema Elétrico Nacional.
Captados no Exterior, os recursos são do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do programa de Integração de Energias Renováveis dos Fundos de Investimentos Climáticos (CIF-REI), e serão operados pelo BNB.
O anúncio foi realizado nesta quarta-feira, 22, durante o evento “O Nordeste é um Brasil”. O evento contou com a presença de Wanger Alencar, anunciado presidente do BNB ontem, após reunião do conselho que aceitou o pedido de saída de Paulo Câmara.
“Queremos expandir a capacidade de transmissão e distribuição das redes elétricas na Região, que é grande geradora de energia limpa. Ao estimular o uso de tecnologias de modernização da rede, esperamos aumentar a flexibilidade do sistema elétrico brasileiro”, afirmou.
A estratégia ainda se alinha aos objetivos da instituição em ser um dos principais estimuladores do powershoring no Brasil. O termo em inglês define a estratégia de instalar indústrias de consumo intensivo de energia em regiões com abundância na geração.
Em comunicado, o Banco do Nordeste informa que não devem ser criadas novas linhas de crédito. Os US$ 67 milhões devem compor programas já estabelecidos.
Ao O POVO, o diretor de Planejamento Aldemir Freire citou FNE Infraestrutura, o FNE Verde e o FNE Inovação como possíveis linhas de abrigo para os recursos internacionais.
“O programa apoiará o financiamento de tecnologias inovadoras, como baterias, hidrogênio verde, redes inteligentes e automação, essenciais para fortalecer a eficiência e a estabilidade da matriz energética”, cita o comunicado do banco.
Com geração renovável excedente, o Nordeste tem levado energia para os grandes centros consumidores do Sudeste há alguns anos, mas a infraestrutura de transmissão tem demonstrado saturação e a renovação é esperada.
Por serem investimentos robustos, financiamentos e leilões são considerados pelo setor cruciais para fazer com que o SIN possa retomar o desempenho.
“Os financiamentos serão destinados a projetos de empresas privadas para aquisição de maquinário, equipamentos, sistemas e instalações associadas, com foco na modernização e digitalização da geração de energia renovável, além da automação e digitalização dos processos de transmissão, distribuição e armazenamento de energia”, completa o BNB.
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Entenda
Powershoring define a estratégia de instalar indústrias de consumo intensivo de energia em regiões com abundância na geração